Dona Judith, matriarca do clã Mares Guia, vai deixar saudades

Dona de alegria e entusiasmo invejáveis, Judith dos Mares Guia morreu aos 109 anos, em Belo Horizonte.

Dona Judith dos Mares Guia com seu bolo 100 anos - Foto: Léo Neves/OswaldoMarra
 
PESAR DONA JUDITH 

A longevidade de dona Judith dos Mares Guia, a matriarca do clã Mares Guia, née Pinto Coelho e natural de Santa Bárbara, ficou famosa em BH e adjacências. Inclusive porque era uma longevidade cheia de alegria, entusiasmo e otimismo, demonstrados com pujança na festa de seus 100 anos realizada na casa de um de seus oito filhos, Walfrido dos Mares Guia, em Santo Antônio do Leite. Na semana passada, aos 109 anos, ela deixou o convívio de familiares e amigos. Completaria 110 em 18 de dezembro. O funeral foi no sábado.

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Viúva do médico José Maria dos Mares Guia, dona Judith teve quatro filhos e quatro filhas: Marcos, Walfrido, Lolinha, Lelete, Zicaca, Leleta, João Batista e José Luiz, que eram seu orgulho e paixão. Marcos faleceu antes dela. A perda está sendo lamentada pela sociedade tradicional de Minas Gerais.


CEMIG
VENDA EM FOCO

Como a privatização da Cemig é um dos assuntos mais badalados no momento, a coluna pede vênia para publicar a opinião do especialista Joaquim Francisco de Carvalho, mestre em energia e PHD em engenharia nuclear, sobre o que ocorreu depois da venda de empresas a partir do governo Fernando Henrique Cardoso. Diz ele: “O programa de privatizações do sistema elétrico em larga escala começou no governo FHC, o qual, hoje, é um setor majoritariamente privado no Brasil.
Só no segmento de geração de energia, cerca de 60% dos ativos estão privatizados. Parte das linhas de transmissão e as principais distribuidoras também foram privatizadas. O resultado dessa quase privatização total foi o oposto do prometido. O setor privado pouco investiu para expandir o sistema, obrigando o governo a fazê-lo.”

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De acordo com o especialista, “em vez de ficar mais baratas, as tarifas para o setor residencial subiram mais de 55% e as do setor industrial aumentaram cerca de 130% acima da inflação, provocando a falência de inúmeros estabelecimentos industriais, desempregando centenas de engenheiros e milhares de operários qualificados.” Joaquim Carvalho prossegue: “O espaço privado é ocupado por empresas industriais, comerciais e outras que têm, obviamente, entre seus objetivos principais o de gerar lucro. No caso, a energia elétrica é um monopólio natural e as tarifas elétricas não podem ser geradas no espaço privado, pois influenciam todos os custos da economia”. E por aí ele vai.
 
SME
INFRAESTRUTURA

Oito pesos-pesados da indústria, administração pública e engenharia participarão do seminário O Desafio da Infraestrutura, que a Sociedade Mineira de Engenheiros (SME) vai promover em 6 de dezembro, em sua sede. São eles o diretor do Conselho Mundial de Energia, José Costa Carvalho Neto, o presidente da Fiemg, Flávio Roscoe, o diretor da Ericsson, Tiago Machado, o presidente do Sicepot, Emir Cadar Júnior, o ex-ministro Paulo Paiva, o secretário estadual de Transportes, Marco Aurélio Barcelos, o presidente do BDMG, Sérgio Gusmão, e o diretor da Engelog, Luiz Felipe Alves. Encontro às oito da matina
 
- Foto:  
 
SON SALVADOR
FIGURA QUERIDA

Não é fácil lamentar a perda de uma figura tão simpática, elegante, amistosa e inteligente como o nosso chargista emérito Son Salvador, que partiu na madrugada de sábado, deixando desolados os amigos do Estado de Minas e de outros territórios. Era um dos melhores do Brasil, com enorme capacidade de trabalho. Fazia seis, sete, oito charges, uma atrás da outra, com sentido de humor e espírito satírico extraordinários, sem jamais apelar para pornografia, recursos pesados ou radicalismos. Jamais recusava trabalho. Era uma porta aberta para todos. Satirizava com elegância.
Cavalheiro mineiro risonho e prestativo, seu único motivo de irritação eram os constantes escorregões do Atlético. Há muita coisa a se falar de Son. Partiu cedo demais.
 
 
DUBAI 2020
EXPOSIÇÃO UNIVERSAL

A Exposição Universal de Dubai vai acontecer de 20 outubro de 2020 a 10 de abril de 2021. Duração de seis meses, portanto. De cinco em cinco anos, a maior mostra das conquistas da humanidade é promovida pelo Bureau International des Expositions. Todas as nações estarão presentes. Projetos dos magníficos pavilhões dos países participantes já foram feitos. Alguns, aliás, começaram a ser erguidos. O brasileiro, data vênia, não provocou muito entusiasmo, como sempre. Tem como tema a água e a sustentabilidade, com direito a “praça líquida”.
Tudo bem. No que toca aos pavilhões europeus, há competição renhida para ver qual país apresentará o mais revolucionário em termos de inovações e arquitetura. Milhões de turistas baixarão em Dubai. As reservas já começaram.

AMÉRICA
PARABÉNS AO DECA

Ça va sans dire, Atlético e Cruzeiro se comportaram de maneira desastrosa e lamentável no Brasileirão deste ano. Ambos estão ameaçados de rebaixamento, com destaque para o Cruzeiro. Como a coluna já ressaltou, o América, disputando a Série B, foi o único a manter a honra do futebol mineiro. Campanha brilhante, saiu do último lugar e está na bica de subir para a Série A. Mesmo que esse objetivo não seja alcançado (sai, Satanás!), o time cumpriu seu dever. O Deca merece a Série A.

AC
JANTAR DE ANIVERSÁRIO

A elegante empresária Martha Cançado, que tem suas origens na nobreza de Pitangui, declarou-se disposta a comemorar seu aniversário em 6 de dezembro. Para isso, promove jantar no Automóvel Clube, com sede principal no Salão Dourado. Encontro caprichado com menu do chef Nélio. Reunião para familiares e um grupo selecionado de convidados.

AÇOS BRASIL
SAIU DA LIÇA

A Aços Brasil, entidade que reúne as principais siderúrgicas do país, registrou uma baixa de grande porte em seu quadro. De certa maneira, a retirada não foi nem bem explicada nem lamentada como se esperava. Trata-se da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), uma das maiores empresas de aço do país, controlada por Benjamin Steinbruch. Empresário que tem fama de brigão, talvez os últimos resultados financeiros da empresa o tenham levado a essa decisão. A CSN registrou prejuízo líquido de R$ 871 milhões no terceiro trimestre deste ano. 
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