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Estado de Minas BRA$IL EM FOCO

Lições que as chuvas trazem para as cidades e para o setor elétrico

O planejamento da geração de energia para 2031 considera que as hidrelétricas não mais chegarão a patamares tão baixos como os verificados em 2021


17/02/2022 04:00 - atualizado 17/02/2022 07:33

O reservatório da Usina Hidrelétrica de Furnas
O reservatório da Usina Hidrelétrica de Furnas está com mais de 70% da capacidade de armazenamento de água com o período chuvoso (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press - 14/7/16)
As chuvas que provocam tragédias com rastro de destruição e mortes em cenas lamentáveis e que mostram sempre um problema que poderia ser minimizado por gestões urbanas efetivas também estão contribuindo para encher os reservatórios das usinas hidrelétricas do Sudeste e Centro-Oeste. Elas ainda respondem 70% da reserva energética do país, enquanto a fonte hidráulica representa 56,20% de toda a eletricidade produzida no Brasil, seguida pelas termoelétricas, com 25,29% e as eólicas, 11,41%. Na matriz energética brasileira PCHs representam 3,02% e usinas solares fotovoltaicas 2,53%.

Com o período chuvoso, os reservatórios do Sudeste/Centro-Oeste estão com 52,48% do nível de armazenamento de água, o que é mais do que o dobro do volume de 23,24% registrado em janeiro do ano passado e é ainda o melhor patamar desde 2012, quando essas represas estavam com 76,06% no primeiro mês do ano. No Nordeste, o nível das usinas está em 78,07% e chega a 94,47% no Norte. Apenas no Sul, que enfrentou seca no início deste ano as usinas estão com menos água. O volume das represas na região é de apenas 32,68%. Os dados são do Operador Nacional do Sistema (ONS).

Depois da crise hídrica enfrentada em 2021, a mais severa para o país desde o apagão de 2001, a necessidade de assegurar um nível de água nessas represas que garanta usos como transporte, turismo e capitação para abastecimento urbano está sendo incorporada ao planejamento de longo prazo do setor elétrico brasileiro. Está em consulta pública neste momento o Plano Decenal de Expansão de Energia 2031 (PDE2-031), que traça as diretrizes para o aumento da oferta de energia no país considerando um crescimento médio da economia de 2,8% a 3% ao ano.

“O grande destaque nesse plano é o aprendizado em relação à escassez hídrica no ano passado, que foi incorporado ao planejamento em termos metodológicos”, disse o presidente da Empresa de Planejamento Energético (EPE), Thiago Barral, em live no Youtube no canal da TV CanalEnergia, na sexta-feira. Com isso, a expansão do sistema de geração e transmissão de eletricidade será feita considerando um limite referente ao período anterior às medidas emergenciais, ou seja, um volume mínimo operacional das usinas hidrelétricas. “Com isso, nós enxergamos a necessidade de uma expansão adicional da geração de energia”, explica Barral. A expectativa é de que nos momentos de maior exigência de preservação da energia armazenada não haja comprometimento de outros usos da água das hidrelétricas.

Isso representa que o planejamento da geração de energia para os próximos 10 anos considera que as hidrelétricas não mais chegarão a patamares tão baixos como os verificados no ano passado. O PDE-2031 prevê por exemplo, que energia solar distribuída, hoje com 3,8 GW de capacidade chegue a 37 GW em 10 anos. Considerando todas as fontes, a previsão é que a capacidade de geração de energia elétrica do país salte dos 181,5 gigawatts (GW) em dezembro de 2021 para 275 GW em 2031, com uma maior diversificação das fontes. Em termos de matriz energética, a participação das hidrelétricas cai para 45,2%, as térmicas representarão 18,5%, as eólicas, 11% e a solar (geração centralizada), 3,8%. O grande avanço será na autoprodução e geração distribuída, que responderão por 20% da capacidade de geração elétrica do país.

Ao contrário das cidades, que relutam em equacionar os problemas de ocupação desordenada e de falta de moradia das populações que são sempre castigadas pelas intempéries, o setor elétrico busca equacionar seu maior desafio hoje: reduzir a dependência das usinas hidrelétricas e reforçar a complementariedade operacional delas com as usinas térmicas, eólicas e solares. Isso sem contar o reforço no sistema de transmissão de energia, que deve receber investimentos da ordem de R$ 100 bilhões, e o surgimento de novas fontes, como o hidrogênio e as eólicas offshore e até mesmo as baterias, nos sistemas de geração distribuída. O PDE não é uma certeza em relação futuro, tanto que é revisado anualmente, mas aponta caminhos para equacionar a necessidade de garantir o suprimento de energia ao desenvolvimento do país.

Na mesa

A indústria de alimentos fechou o ano passado com crescimento de 3,2% nas vendas, de 1,3% na produção e de 16,9% no faturamento, o que mostra o impacto da inflação na receita das empresas. Os dados são da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (Abia). Em 2021, o setor faturou R$ 922,6 bilhões, o que corresponde a 10% do PIB estimado para 2021. No ano passado, o setor abriu 21 mil postos de trabalho.

Cafezinho

R$ 71 BIIlhões - É a estimativa de faturamento dos cafés do Brasil este ano, o que representa uma alta de 64% sobre 2021, segundo estimativa do Observatório do Café, da Embrapa.

No crédito

Estudo da Zetta, a associação das empresas de tecnologia que atuam com serviços digitais financeiros, mostra que as fintechs têm contribuído para o maior acesso da população ao crédito. Na comparação entre os periodo de 2008-2009 e 2017 e 2018, a fatia da população com cartão de crédito passou de 43% para 51%, o que a entidade atribui ao fato de as startups financeiras isentaram os usuários de anuidade.
 

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