(none) || (none)

Continue lendo os seus conteúdos favoritos.

Assine o Estado de Minas.

price

Estado de Minas

de R$ 9,90 por apenas

R$ 1,90

nos 2 primeiros meses

Utilizamos tecnologia e segurança do Google para fazer a assinatura.

Assine agora o Estado de Minas por R$ 9,90/mês. ASSINE AGORA >>

Publicidade

Estado de Minas BRA$IL EM FOCO

Bolsonaro tem razão: a inflação vai baixar, mas a economia vai desabar

Embora tente minimizar o problema da aceleração dos reajustes, Bolsonaro não escapará de uma inflação acumulada perto de 26% em quatro anos de governo


20/01/2022 06:00 - atualizado 20/01/2022 07:39

Com o petróleo em alta, os combustíveis continuarão em alta. Mesmo com IPCA mais baixo, pesaram mais no bolso da população
Com o petróleo em alta, os combustíveis continuarão em alta. Mesmo com IPCA mais baixo, pesaram mais no bolso da população (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press - 9/10/21)

O presidente Jair Bolsonaro afirmou recentemente que a inflação “vai baixar neste ano”. Estatisticamente ele não está errado, mas ocorre que um índice abaixo dos 10,06% do indicador medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2021 significará ainda assim uma inflação com peso no bolso da população.

O mercado prevê para este ano, um IPCA em 5,09% este ano, o que vai significar que pelo segundo ano seguido a inflação vai estourar o teto da meta fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) em 3,5% com limite de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos, ou seja, o teto é 5%. E mais, embora tente minimizar o problema da aceleração dos reajustes, Bolsonaro não escapará de uma inflação acumulada perto de 26% entre o primeiro e o último dia dos quatro anos do seu governo.

Não é maior do que a registrada nos governos anteriores, mas eleva o percentual acumulado no período, tornando o valor dos produtos mais caros na percepção da população. E mesmo que seja um fenômeno mundial, tem suas particularidades no Brasil.

Efeitos climáticos no Sul deve afetar as previsões de safra, com aumento dos preços de produtos agrícolas, majorados também pelo câmbio. Com os mercados atentos a crises em regiões produtores, o preço do petróleo deve continuar pressionando os combustíveis, e a energia continuará em alta, mesmo com as chuvas chegando de forma mais firme no Sudeste e Centro-Oeste.

O decreto publicado pelo governo há alguns dias autoriza um empréstimo de até R$ 16 bilhões para as distribuidoras cobrirem os custos extras com o acionamento das usinas térmicas mais caras em 2021.

Com a inflação pesando mais sobre custos das empresas e orçamento das famílias e para não correr o risco de se explicar por mais um estouro da meta de inflação, o Banco Central elevará os juros.

“O desafio atual é voltar a níveis mais baixos de inflação, o que exigirá política monetária contracionista, afetando, portanto, o crescimento econômico. As perspectivas para a economia em 2022 seguem desafiadoras, diante da expectativa de que a taxa Selic, que saiu de 2% em março de 2021 para 9,25% em dezembro alcançará os dois dígitos em fevereiro, a 10,75%”, escreveu a economista-chefe da Veedha, Camila Abdelmalac, na carta mensal da empresa de investimentos.

E a previsão de crescimento econômico do Brasil este ano aponta para uma estagnação, o que reduzirá o avanço do PIB no acumulado do governo Jair Bolsonaro. Para o mercado financeiro, a economia brasileira fechará 2022 com avanço ou queda entre 0 e 0,5%. Isso depois de a geração de riqueza em 2021 ter praticamente empatado com o recuo de 4,4% em 2020 e ter avançado segundo estimativas, 4,5% em 2021 (o resultado será divulgado pelo IBGE em fevereiro).

Com esse crescimento no ano passado e considerando que este ano o PIB avance 0,5%, Bolsonaro chegará de dezembro com um crescimento econômico acumulado de menos de 2%.

A ducha de água fria para a economia brasileira foi dada na semana passada pela ONU, que, com projeção de alta do PIB de 0,5% para o Brasil, colocou o país nas três últimas posições de um ranking com 170 nações. A economia brasileira só não terá desempenho pior do que Mianmar e Guiné Equatorial.

E pesquisa da PwC divulgada na segunda-feira revela que o Brasil caiu da 3ª para a 10ª posição na preferência das empresas de investimentos de todo o mundo. Bolsonaro está certo, a inflação vai baixar, mas para isso a economia vai desabar e sem renda para alavancar o consumo e investimentos para gerar empregos, o Brasil terminará o período de janeiro de 2019 a dezembro de 2022 com inflação acima da meta e economia estagnada.


Saneamento

R$ 43 bilhões

Foi o investimento na melhoria dos serviços de água e tratamento de esgoto no Brasil no ano passado, nas contas do governo

Baterias


Baterias de lítio podem ser a autonomia necessária aos sistemas de geração de energia solar e eólica, dependentes de fenômenos naturais e intermitentes. “Na ausência de energia da concessionária, as baterias de lítio podem suprir a demanda, diz Gabrielle Silva, consultora técnica do IEEE. As baterias de lítio duram mais e são 90% mais eficientes do que as comuns. Mas ainda são mais caras.

Investimentos


A Reag Investimentos anunciou a aquisição da Rapier Investimentos, uma boutique de gestão com sede no Rio de Janeiro. O negócio faz parte da estratégia da Reag de crescer nos próximos anos. Com gestão de aproximadamente R$ 67 bilhões, a Reag é a 17ª no ranking geral da Anbima. A Rapier, com apenas 1 ano e meio de existência, conta com cerca R$ 200 milhões sob gestão.


p

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)