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Estado de Minas Bra$il em foco

No pós-pandemia, com a inflação acelerada, a economia estagnou

Hoje, o IBGE divulga o PIB do 3º trimestre, que deve vir muito próximo de zero, para o lado positivo ou o negativo


02/12/2021 04:00 - atualizado 01/12/2021 23:20

Economia desaquecida
Com a economia desaquecida, aumentou o número de trabalhadores na informalidade, mesmo com a queda do desemprego (foto: Juarez Rdorigues/EM/D.A Press - 4/11/18)

Por mais que o ministro Paulo Guedes tente mostrar otimismo em relação ao desempenho da economia brasileira e outros ministros tentem minimizar dados ruins, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) vai confirmar hoje e na próxima semana o quadro que se convencionou chamar de “estaguinflação”, com baixo ou nenhum crescimento econômico e índices de preços acelerando. Hoje, o IBGE divulga o Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre, que deve vir muito próximo de zero, para o lado positivo ou o negativo. Pode ser que confirme a queda de 0,14% apontada pelo IBC-Br no trimestre de julho a setembro em relação ao período de abril a junho. Nesse caso o Brasil já estará em recessão técnica uma vez que no segundo trimestre houve recuo de 0,1%. O certo é que na retomada pós-pandemia de coronavírus a economia brasileira parou.

E parou com o desemprego ainda alto, a renda média do trabalhador em queda, e os preços acelerando, o que o IBGE também está a confirmar. O índice de desemprego caiu de 14,2% no segundo trimestre para 12,6% no terceiro, mas sem motivos para comemorar, porque apesar da queda, ainda falta trabalho para 30,7 milhões de brasileiros, incluindo os desempregados, os desalentados e os subutilizados. Do contingente que tem trabalho no setor privado, 11,7 milhões são informais. Em relação ao total, a taxa de informalidade chegou a 40,6% do mercado de trabalho (37,709 milhões). E para completar o rendimento caiu 4% e o valor médio ficou em R$ 2.549, o menor desde 2012.

A inflação oficial de novembro será divulgada na semana que vem e deve confirmar a prévia medida pelo IPCA-15, que teve alta de 1,17%. Com a taxa em 12 meses acima de 10%, o Banco Central não terá outra opção a não ser elevar a taxa de juros na última reunião do ano do Comitê de Política Monetária, o que desacelera ainda mais a economia, que já está parada. E o impacto da inflação sobre o crescimento é reconhecido pelo próprio Paulo Guedes: “Inflação está subindo, tipo chato, de choque de oferta, subida de custo, de energia, combustível. É do tipo indigesto, muito ruim, desacelera, sim, por isso não vamos crescer 4,5%, 5%, vai crescer bem menos. Mas partir daí para dizer que vamos ter recessão, é de novo da turma da falsa narrativa. Não é isso que vai acontecer”. Guedes disse ainda, num evento com empresários, que não é possível falar em recessão da economia, mas, sim, numa “desacelerada forte”.

“Já estamos com economia no ritmo de crescimento estanque. A economia está sem vitalidade, perdeu tração”, diz o economista Nicola Tingas, consultor econômico da Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (Acrefi). Em relatório divulgado ontem, Tingas reforça as condições de inflação e desemprego em alta, com queda de renda e aumento do endividamento, câmbio pressionado principalmente pela deterioração das expectativas com relação às contas públicas e alerta que “cresce a propensão de que o PIB 2022 seja bem fraco ou até mesmo ocorra recessão”.

Nas projeções da Acrefi, teremos no ano que vem indicadores tão ruins quanto os deste ano. A geração de riquezas do país terá expansão de 4,5% este ano e de apenas 0,2% no ano que vem, enquanto a inflação deve fechar este ano em 10,40% e o próximo em 6,30%, rompendo por dois anos seguidos o teto da meta inflacionária. Nas projeções em seu relatório, Tingas espera juros básicos de 9,75% até o fim de dezembro e de 11,75% em 2022, quando o dólar deve chegar a R$ 6. E a comparação com as projeções do fim de outubro vê-se uma deterioração rápida. Há pouco mais de 30 dias, as projeções para 2022 para o PIB (1,40%), o IPCA (4,40), o câmbio (R$ 5,45) e a Selic (9,5%), se não as ideais, eram bem melhores.

Balança

US$ 1,3 bilhão - Foi o déficit da balança comercial brasileira em novembro, provocando pelo crescimento das importações

Inovação

O brasileiro BeerOrCoffe recebeu investimentos de US$ 10 milhões (cerca de R$ 55 milhões) em rodada liderada pela Kaszek, principal fundo de capital de risco da América Latina. O fundo Valor também participou da rodada de captação. Maior marketplace de coworkings da parte Sul do continente, já havia recebido capital inicial do fundador da Booking.com, Kees Koolen.

Telecomunicações

O roubo de cabos e equipamentos de telecomunicações no país está mobilizando o governo e as empresas, que discutiram propostas ontem na live do Diálogo Conexis Brasil Digital. Ministérios das Comunicações e da Justiça estão definindo estratégias para combater os crimes que em 2020 levaram à interrupção dos serviços para 6,7 milhões de clientes.





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