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Estado de Minas BRA$IL EM FOCO

Promessas eleitoreiras de Bolsonaro esbarram na realidade econômica

Fora do Brasil sobram promessas mostrando que a economia vai bem, mas no país real, inflação com juros altos e baixo crescimento nos aguardam em 2022


18/11/2021 04:00 - atualizado 18/11/2021 07:39

O presidente Jair Bolsonaro
O presidente Jair Bolsonaro, em viagem ao Oriente Médio, prometeu reajuste aos servidores no ano das eleições (foto: Mazen Mahdi/AFP)
Auxílio Emergencial de R$ 400 e com duração apenas até dezembro de 2022 em substituição ao Bolsa-Família e sem os critérios fixados pelo programa de combate à miséria reconhecido pela Organização das Nações Unidas (ONU); promessa de auxílio no mesmo valor aos caminhoneiros que sofrem com aumentos sucessivos do óleo diesel (no ano o aumento chega a 65,5%) e agora promessa de reajuste para todos os servidores.

São essas as medidas que o governo usa para justificar a necessidade de se aprovar a PEC dos Precatórios, que postergada o pagamento de parte das dívidas de União já transitadas e julgadas que deveriam ser pagas no ano que vem. E na PEC há uma manobra que troca o período da inflação para efeito de fixação do teto de gastos.

Nenhuma delas apresenta uma solução estratégica e visando equacionar problemas enfrentados pelo país há anos. Pelo contrário, todas representam aumento de gastos e no caso do reajuste dos servidores os senadores, que vão votar a PEC dos Precatórios, já avisaram que não há espaço para todas as benesses prometidas pelo presidente no Orçamento de 2022. Fora do Brasil sobram promessas e discursos mostrando que a economia brasileira vai bem, mas nopaís real as coisas não vão muito bem e podem piorar. Inflação com juros altos e baixo crescimento é o que nos espera no ano que vem, indicando que a economia vai continuar preocupando os brasileiros.

A atividade econômica desacelerou no terceiro trimestre, mesmo com maior liberação das atividades a partir do avanço da vacinação contra a COVID-19. Comércio, indústria e serviços perderam tração em setembro e com isso o Índice de Atividade do Banco Central (IBC-Br) caiu 0,27% no mês e fechou o período de julho a setembro com retração de 0,14%, contra alta de 0,12% no segundo trimestre e aumento de 1,64% nos primeiros três meses do ano, sempre em relação ao trimestre anterior. Com esse enfraquecimento, o mercado financeiro reduziu a projeção de crescimento da economia este ano de 5,01% para 4,88%, se aproximando da projeção de 4.7% do BC.

Como o PIB brasileiro levou um tombo de 4,1% em 2020, este ano a atividade econômica vai praticamente igualar a perda do ano passado e como a previsão para 2022 é uma expansão abaixo de 1%, a economia brasileira não é, como acredita Bolsonaro, uma das que melhor atravessou a pandemia de coronavírus. A previsão é que o crescimento global passe de 5,3%. E um dos fatores que afeta a expansão do PIB brasileiro é a inflação, que está em 10,67% no acumulado de 12 meses e deve fechar o ano, nas contas do mercado financeiro, em 9,77%, muito acima do teto de 5,25%.

Como a energia deve subir mais de 20% em 2022 e, no início do ano, mensalidades escolares e tarifas de transporte público serão reajustados para repassar a alta dos custos da conta de luz e dos combustíveis, a inflação iniciará o ano que vem acelerada. Para evitar que o índice de preços estoure por mais de um ano o teto da meta para o IPCA, o Banco Central vai elevar os juros básicos em dezembro para 9,25% e no início do ano que vem para mais de 10%, Mais juros, menos investimentos, menos consumo e menos crescimento do PIB.

Esse cenário desafiador ficou claro nos dois dias do 16º Seminário internacional Acrefi 2021 (SIAC), que debateu “O que esperar da pós-pandemia: prognósticos e desafios”, e reuniu economistas e especialistas para debater os rumos da economia brasileira na terça-feira e ontem. “Vamos trabalhar com uma taxa de juros muito acima da considerada neutra e o resultado disso impacta no crescimento. Temos uma questão fiscal e da expansão de gasto, o que gera baixo crescimento e um câmbio pressionado – mas a percepção é que o risco fiscal é elevado, o que prejudica nossa capacidade de gerar investimentos externo”, sintetizou Alexandre Schwartsman, sócio-diretor da Schwartsman & Associados Consultoria Econômica e Doutor em Economia pela University of California Berkeley, ao falar sobre inflação e crescimento econômico no evento.

Solar

R$ 60 bilhões é o valor dos investimentos na geração de energia fotovoltaíca no Brasil desde 2012, segundo dados da Absolar

Ouro em cena

Uma das mais longevas indústrias do país, com 187 anos de atividade, e uma das maiores produtores de ouro do Brasil, com cerca de 15 toneladas em 2020, a AngloGold Ashanti vai investir R$ 1,5 milhão na parceria firmada ontem com a Fundação Clovis Salgado (FCS). Os recursos serão aportados via Lei Federal de Incentivo à Cultura em projetos da FCS.

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