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Estado de Minas Bra$il em foco

Crescimento econômico maior vai depender da oferta de energia

Custos mais altos de energia elétrica vão impactar as contas dos consumidores e custos das empresas em um momento de renda deprimida e caixas enfraquecidos.


20/05/2021 04:00 - atualizado 20/05/2021 07:38

Nível baixo de reservatórios pode impor tarifa vermelha no patamar 2 para contas de energia elétrica no período seco(foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A Press - 17/8/16)
Nível baixo de reservatórios pode impor tarifa vermelha no patamar 2 para contas de energia elétrica no período seco (foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A Press - 17/8/16)
A percepção de que as medidas de restrição adotadas na segunda onda da pandemia de coronavírus tiveram um impacto menor sobre a atividade econômica do que no início da COVID-19 levou o mercado financeiro e o governo federal a elevarem suas projeções para o crescimento econômico deste ano.

Isso, mesmo com o tropeço de março, que jogou por terra ganhos da indústria, levou o setor de serviços a operar abaixo do nível pré-pandemia e derrubou as vendas do comércio para o negativo no primeiro trimestre.

Esse efeito pode ser percebido nos indicadores prévios do desempenho da economia. O IBC-BR do Banco Central registrou queda de 1,59% em março, enquanto o Monitor do PIB da Fundação Getulio Vargas (FGV) recou 2,15% No fechamento do trimestre, no entanto, o primeiro mostra expansão de 2,27% e o segundo, crescimento de 1,7%.

Com esse abalo menor, o governo elevou a expectativa de crescimento da geração de riqueza do país este ano de 3,20% para 3,50%, enquanto para os economistas e analistas ouvidos pelo Banco Central a previsão passou de 3,21% para 3,45%.

Com a perspectiva de que, ainda que a passos lentos, a vacinação avance, e os setores mais afetados retornem à normalidade – mesmo que em um novo normal – deve propiciar novos ajustes para cima nessas projeções.

Mas há riscos no meio do caminho que podem inibir a expansão dessa taxa de crescimento. Vale lembrar que ela é fortemente carregada de um efeito estatístico, uma vez que o PIB caiu 4% em 2020. Com isso, mesmo sem crescimento este ano, o país terá uma alta do PIB.

No cenário de curto prazo, as maiores possibilidades de entraves vêm de uma terceira onda da pandemia, da escassez de energia para suportar a aceleração da atividade econômica e da fragilidade da situação fiscal do país.

O primeiro problema ficará cada vez mais distante a partir do avanço da imunização da população, o segundo não ameaça o abastecimento, mas deixará a energia elétrica bem mais cara, com a bandeira vermelha podendo chegar ao patamar 2 no período seco. O terceiro é uma questão de há muito tempo no Brasil que precisa ser sanada com o equilíbrio permanente da contas públicas.

Hoje, a energia deve ser o maior gargalo para a aceleração do crescimento econômico. Com o pior período chuvoso desde 1929 encerrado em março, os níveis dos reservatórios preocupam porque as hidrelétricas ainda respondem por cerca de 60% da geração de eletricidade do país.

No Sistema Interligado Nacional (SIN), os lagos das usinas no Sul, Sudeste/Centro-Oeste e Nordeste já sentem os efeitos da seca e começam a baixar de nível, enquanto os do Norte – onde o período de chuva mais intensa ocorre agora – estão enchendo. Sudeste/Centro-Oeste, que geram mais da metade de toda a eletricidade produzida no país, estão com 33,2% da capacidade de armazemento. No Sul, são 55,4%; no Nordeste, 64,8%; e no Norte, 83,8%. Considerando todo o sistema, a energia hidráulica armazenada está em 43%.

O Ministério das Minas e Energia garante que não há risco de desabastecimento e um novo apagão, mas indica que essa garantia terá um custo para os consumidores. No início do mês, o Comitê de Monitoramento do Setor Eletrico (CMSE) decidiu pelo aumento da geração térmica, que pode ser até 50% mais cara do que a hidrelétrica, e pela importação de energia da Argentina e do Uruguai sem limitações “de montantes e preços associados”.

Custos mais altos de energia elétrica vão impactar as contas dos consumidores e custos das empresas em um momento de renda deprimida e caixas enfraquecidos. É um freio caro para a aceleração do PIB neste ano.

Energia

R$ 365 BI - É o montante de investimentos que o setor elétrico brasileiro deve receber até 2030, segundo previsão da Aneel

Farmácias

Com 1.101 lojas em todo o país, a Farmácias Pague Menos acaba de acertar a compra da Extrafarma, que tem 402 unidades e pertence ao grupo Ultrapar. O negócio, da ordem de R$ 700 milhões, que depende de aprovação do Cade, tornará a Pague Menos a segunda maior rede de farmácias do Brasil, com 1.503 lojas, vendas anuais de R$ 9,6 bilhões e uma fatia de 7% no mercado nacional.

Cafezinho

Entre maio de 2020 e abril de 2021, ou seja, durante todo o período da pandemia, as exportações brasileiras de café somaram 45,88 milhões de sacas de 60kg. O valor das vendas ao mercado internacional no período foi de US$ 5,77 bilhões (R$ 30,18 bilhões pela cotação de ontem). O preço médio unitário foi de US$ 125,76, segundo informações do Observatório do Café.
 

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