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Estado de Minas BRA$IL EM FOCO

Transporte de cargas ganha tração na pandemia e fretes aceleram

Duas pesquisas divulgadas nos últimos dias mostram que a logística vem ajudando a economia brasileira a resistir aos impactos da pandemia


29/04/2021 04:00 - atualizado 29/04/2021 07:52

Contratação de fretes rodoviários registrou alta de 53% no primeiro trimestre, segundo pesquisa da plataforma FreteBras(foto: Luiz Ribeiro/EM/D.A Press - 3/2/21)
Contratação de fretes rodoviários registrou alta de 53% no primeiro trimestre, segundo pesquisa da plataforma FreteBras (foto: Luiz Ribeiro/EM/D.A Press - 3/2/21)
Serviço essencial, o setor de transportes é um dos poucos que não sofreram os impactos da pandemia de coronavírus, ou pelo contrário, se beneficiou do incremento significativo nas vendas do e-commerce, que explodiram com o isolamento social. Outro fator que impulsionou as transportadoras foi o desempenho positivo do agronegócio, principalmente com as cargas destinadas ao mercado internacional.

A logística para distribuição das vacinas, oxigênio e medicamentos destinados ao combate da COVID-19 também contribuiu para que o setor fosse menos afetado na primeira onda e também agora, quando a doença mostra seu lado mais mortal. Duas pesquisas divulgadas nos últimos dias mostram que a logística vem ajudando a economia brasileira a resistir aos impactos da pandemia.

O Relatório Trimestral FreteBras – o Transporte Rodoviário de Cargas no Brasil mostra que o volume de fretes rodoviários teve aumento de 53% nos primeiros três meses deste ano em relação a igual período do ano passado. Esse crescimento foi fortemente influenciado pelo incremento nos setores de construção e agronegócios, que elevaram, cada um, em 60% o total de cargas trasportadas. De acordo com o estudo, a Região Nordeste, com crescimento de 95% no volume de fretes, foi a que mais acelerou o transporte de carga no primeiro trimestre, seguida pelo Norte (76%), Centro-Oeste (64%), Sul (47%) e Sudeste (44%).

Essa reação do setor de transportes foi detectada pelo Radar do Transporte da Confederação Nacional do Transporte (CNT) e mostra que o volume de serviços no setor de transporte no trimestre encerrado em fevereiro teve crescimento de 8,7%, sendo que os serviços de armazenagem e auxiliares aos transportes, além de correios, tiveram crescimento de 13,2% em fevereiro em relação ao mesmo mês do ano passado.

Os números da CNT fazem parte da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse aumento expressivo em fevereiro ocorreu exatamente com a demanda maior para empresas de logística que prestam serviços de entrega de produtos comprados pela internet.

Mas se o transporte rodoviário de cargas está em alta, o transporte aéreo foi duramente afetado pela pandemia neste início de ano. Em fevereiro, a atividade das empresas aéreas ficou 30,9% abaixo da referência do mesmo mês em 2020, enquanto o setor de cargas rodoviárias operou, pelo segundo mês, acima do nível de fevereiro do ano passado, ou seja, antes da pandemia de COVID-19.

Diretor de operações da FreteBras, Bruno Hacad, observa que o crescimento no volume de fretes ocorreu mesmo com fatores adversos, como o “encalhe do cargueiro no canal de Suez, impactando importações e exportações, o recorde de contaminações pela COVID-19, chuvas inesperadas atrasando a colheita de grãos e aumentos frequentes no preço do combustível”. Para ele, a resiliência da economia brasileira e o desempenho do transporte de cargas devem ser usados para tomada de decisão para a retomada do desenvolvimento econômico do país.

Com a demanda aquecida, as transportadoras se deparam também com pressão de custos. O relatório da FreteBras, plataforma on-line de transporte de cargas, com base na análise em 1,6 milhão de fretes durante o primeiro trimestre deste ano, mostra que o valor médio do frete no Brasil teve aumento de 1,99% entre janeiro e fevereiro, enquanto o preço do diesel comum nas bombas teve alta de 15% no período, segundo a ANP.  “O aumento no combustível é extremamente preocupante porque representa de 40% a 50% dos custos dos caminhoneiros, mas não está sendo refletido na mesma proporção no valor do frete”, comenta Hacad. Apesar dos custos mais altos, a perspectiva do setor é de retomada mais forte nos próximos meses.

Fisco

16,08 milhões

de declarações do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) 2021, ano-base 2020, foram entregues à Receita Federal até as 11h de quarta-feira (28/4)

Impacto

As transportadoras devem estar entre os 20% das empresas que afirmaram que a crise teve impacto positivo nos seus negócios, contra aproximadamente 70% que se disseram impactadas negativamente segundo a Pesquisa Global sobre Crises da PWC. No Brasil, 62% tiveram os negócios prejudicados, contra 33% que foram favorecidas. A pesquisa ouviu 2.800 líderes de negócios (135 no Brasil) de 29 setores da economia e de 73 países.

Confiança

O Índice de Confiança do Comércio da Fundação Getulio Vargas avançou 11,6 pontos em abril, passando de 72,5 pontos para 84,1 pontos. “O resultado positivo de abril é preciso ser visto com cautela. Mesmo tendo sido aparentemente expressivo, ele apenas compensa parte da intensa queda ocorrida em março. O nível dos indicadores sobre o momento presente ainda estão baixos”, avalia Rodolpho Tobler, coordenador do índice na FGV. 

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