Com a pandemia de COVID-19 provocando mais mortes e paralisações de atividade econômica do que era previsto no início deste ano, economistas e analistas começam a rever projeções e jogam para baixo a previsão de crescimento econômico e para cima as de inflação e taxa de juros.
E pior, com a extensão no tempo dos efeitos negativos da pandemia, como fechamento de grande parte do setor de serviços e desequilíbrio nas cadeias produtivas, com falta de peças e matéria-prima para algumas indústrias, que pararam de produzir, já há quem coloque em cheque a capacidade de reação da economia brasileira.
E pior, com a extensão no tempo dos efeitos negativos da pandemia, como fechamento de grande parte do setor de serviços e desequilíbrio nas cadeias produtivas, com falta de peças e matéria-prima para algumas indústrias, que pararam de produzir, já há quem coloque em cheque a capacidade de reação da economia brasileira.
Depois de passar pela maior recessão da sua história e ver a economia encolher cerca de 7% em 2015 e 2016, a economia brasileira não conseguiu ganhar fôlego, apesar de reformas e promessas, em função de sucessivas crises políticas e cresceu pouco mais de 1% em 2017, 2018 e 2019, voltando a desabar com os efeitos na primeira onda da COVID-19 e caindo 4,1% em 2020.
Ou seja, o Brasil ainda não se recuperou da recessão ocorrida há cinco anos. Este ano, com a base fraca, a expectativa inicial era de um crescimento entre 3,5% e 4%, mas já há um consenso de que a segunda onda do coronavírus vai travar a economia no primeiro semestre, espalhando incerteza quanto à recuperação no segundo semestre.
Ou seja, o Brasil ainda não se recuperou da recessão ocorrida há cinco anos. Este ano, com a base fraca, a expectativa inicial era de um crescimento entre 3,5% e 4%, mas já há um consenso de que a segunda onda do coronavírus vai travar a economia no primeiro semestre, espalhando incerteza quanto à recuperação no segundo semestre.
No mercado financeiro, as instituições ouvidas pelo Banco Central reduziram a projeção de crescimento de 3,41% na primeira semana de janeiro para 3,08% agora. Em relatório mensal, o economista Nicola Tingas, consultor econômico da Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (Acrefi), revisou a projeção de crescimento de 3% para 2021 feita em janeiro para uma expansão de 2,5% agora. Esse avanço – que ainda precisa se confirmar diante de um cenário de juros e inflação em alta e desemprego elevado jogando a renda para baixo –, não será suficiente para recuperar o tombo do ano passado.
E o auxílio emergencial, que foi um dos carros-chefes que evitaram que a queda do PIB fosse maior do que os 4,1% de retração em 2020, não tem a mesma força agora. As quatro parcelas de valor médio de 250 somam R$ 1.000, o que é menos do que apenas duas parcelas da primeira rodada de ajuda aos mais necessitados, que chegou a R$ 1.200.
Além disso, menos pessoas vão receber agora. Aliado ao valor menor está a inflação mais alta, que corrói a renda, o que não ocorria em 2020 como acontece agora, depois da forte reação da atividade econômica no último trimestre do ano e da manutenção do dólar valorizado e do aumento dos preços do petróleo, que pressionaram os valores dos combustíveis no país.
Além disso, menos pessoas vão receber agora. Aliado ao valor menor está a inflação mais alta, que corrói a renda, o que não ocorria em 2020 como acontece agora, depois da forte reação da atividade econômica no último trimestre do ano e da manutenção do dólar valorizado e do aumento dos preços do petróleo, que pressionaram os valores dos combustíveis no país.
Some-se a isso o ambiente político mais tumultuado e o fato de chegarmos ao início do segundo trimestre sem um Orçamento aprovado para o ano e com uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) instalada para investigar as ações e omissões do governo federal na pandemia de COVID-19 e os repasses para estados, o que inclui governadores
Essa corda esticada entre governo e oposição pode se arrastar e levar consigo a perspectiva de aprovação de reformas importantes para destravar a economia brasileira, como a administrativa e a tributária. Ou pior, no afã de mostrar serviço, o Congresso pode aprovar mudanças que não vão representar alterações estruturais. Com a vacinação em ritmo lento e o risco de que surja uma variante do coronavírus que drible os imunizantes, sobram incertezas sobre a retomada da economia brasileira.
Essa corda esticada entre governo e oposição pode se arrastar e levar consigo a perspectiva de aprovação de reformas importantes para destravar a economia brasileira, como a administrativa e a tributária. Ou pior, no afã de mostrar serviço, o Congresso pode aprovar mudanças que não vão representar alterações estruturais. Com a vacinação em ritmo lento e o risco de que surja uma variante do coronavírus que drible os imunizantes, sobram incertezas sobre a retomada da economia brasileira.
Saúde
Considerando que, segundo a OMS, o atendimento primário é capaz de resolver até 80% das demandas por cuidados de saúde, o Bradesco Saúde e a Mediservice estão implantando esta semana, em Belo Horizonte, o programa Meu Doutor Atenção Primária. Lançado em Florianópolis em 2020 com 30 mil beneficiários, o programa deve chegar a 68 mil atendidos com ações que buscam prevenir doenças e melhorar o atendimento clínico em BH.
Algodão
O Brasil aumentou em 58% as exportações de algodão em março deste ano em relação ao mesmo mês de 2020. Foram 221.948 toneladas de pluma. Nos oito primeiros meses da temporada de exportação 20/21, foram embarcadas 1,943 milhão de toneladas, com a China recuperando a posição de principal destino da vendas externas do setor algodoeiro brasileiro. Do total exportado em março, 57,6 mil toneladas foram para o mercado chinês.
Empréstimo
R$ 370 milhões é o valor do financiamento do BNDES para a Tereos Açúcar e Energia Brasil, maiores produtoras de açúcar e etanol do país