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Estado de Minas Bra$il em foco

Contas que não fecham desafiam equipe econômica do governo Bolsonaro

Caso decida recriar o benefício sem a contrapartida de corte em outras áreas, o mercado entenderá que a medida representa mais gastos


11/02/2021 04:00 - atualizado 11/02/2021 07:31

A cada centavo que retirar de imposto sobre combustíveis, cerca de R$ 700 milhões deixam de entrar nos cofres da União(foto: Ramon Lisboa/EM/D.A Press)
A cada centavo que retirar de imposto sobre combustíveis, cerca de R$ 700 milhões deixam de entrar nos cofres da União (foto: Ramon Lisboa/EM/D.A Press)
O presidente Jair Bolsonaro colocou pressão sobre a equipe do ministro Paulo Guedes, que pode estar presa em uma armadilha que pode levá-la a dar respostas que atendam ao interesse político sem o efeito econômico que se espera dessas medidas.

Com milhões de brasileiros sem contar mais com o auxílio emergencial, empresas ainda em dificuldades pela lentidão da recuperação da atividade diante de uma segunda onda do coronavírus e pressão sobre os preços, sobretudo com a alta dos combustíveis, sobram demandas para pouco Orçamento.

E os alertas estão sendo dados pelos agentes econômicos e pelo próprio presidente, que ontem lembrou que a prorrogação do benefício pago em virtude da pandemia é endividamento, expondo a dificuldade de caixa para fazer face à demanda de dinheiro para os mais necessitados.

A reativação do auxílio emergencial exigirá recursos da ordem de R$ 30 bilhões a R$ 40 bilhões extras, segundo cálculos de especialistas. Esse montante vai exigir que o governo tire dinheiro de outas áreas (leia-se educação, meio ambiente, etc.) ou lance mão de novo imposto ou aumento da carga tributária para custear o programa.

Caso decida recriar o benefício sem a contrapartida de corte em outras áreas, o mercado entenderá que a medida representa mais gastos, o que pode exigir que o Banco Central eleve as taxas de juros.

Na previsão do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, “a reação à fragilidade na situação fiscal vai superar o benefício de colocar mais recursos na economia”.

Além disso, caso se confirme o valor de R$ 200 por mais três meses, a quantia não será suficiente para custear a alimentação mínima mensal, uma vez que nas capitais brasileiras a cesta básica de alimentos varia entre R$ 450,04, em Aracaju, e R$ 654,15 em São Paulo, segundo cálculos do Dieese.

Para quem está sem renda, é melhor pingar do que faltar, mas para o governo será, como disse Campos Neto, um custo alto do ponto de vista da desconfiança com os rumos da economia para um benefício pequeno em termos de impacto na atividade econômica.

Enquanto busca uma forma ou fonte de recursos para atender ao desejo do presidente Bolsonaro e dos presidentes do Senado e da Câmara, a equipe econômica lida com outra demanda que pode ter impacto no caixa.

Pressionado pelos caminhoneiros, que ensaiaram uma nova greve e continuam insatisfeitos, o Executivo sinaliza para a redução de impostos sobre os combustíveis e alteração na forma de cobrança de tributos estaduais.

O corte de impostos da União na gasolina e no diesel pode gerar uma perda de receita da ordem de R$ 700 milhões a cada centavo a menos de imposto nas refinarias. A briga com os estados vai longe.

Mais uma vez, o custo pode ser maior do que o benefício. Como os preços da Petrobras acompanham valores do mercado internacional e a variação do dólar, novos reajustes serão efetuados neste ano, podendo anular o corte de impostos.

Caso se confirmem as projeções para os preços do petróleo, que pode passar dos atuais US$ 60 o barril para US$ 80 até o fim do ano, só por causa dessa alta os preços da Petrobras terão que subir 25% no ano.

Mas enquanto especialistas veem espaço para novas altas do petróleo, o governo dos Estados Unidos projeta o barril a US$ 50 no fim do ano, o que indica menor pressão por reajustes.

Tanto no auxílio quanto nos combustíveis, o desafio da equipe econômica é colocar na balança custos e benefícios das medidas para atender a essas demandas.

Conta de luz

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Um brinde

O Chile está comemorando o aumento de 24% na venda de vinhos ao Brasil no ano passado, na comparação com 2019. O mercado brasileiro representou uma receita de US$ 184 milhões, ou pouco mais de 10% do US$ 1,5 bilhão em vinhos envasados exportados pelo Chile, segundo dados do ProChile Brasil. No país, 38,6% do vinho chileno foi destinado a Minas Gerais, o que corresponde a US$ 7,6 milhões.

Varejo

Sem o pagamento do auxílio emergencial, as vendas do varejo brasileiro iniciaram o ano em queda. O Índice Getnet de Vendas do Comércio Varejista Brasileiro (iGet), do Banco Santander, em parceria com a Getnet, mostra que em janeiro as vendas do varejo restrito tiveram queda de 12,6% em relação a dezembro, enquanto no varejo ampliado o tombo foi de 10,9%, descontados os efeitos sazonais. No comparativo com janeiro de 2019, o varejo também apresentou queda de 14,9% (restrito) e 12,9% (ampliado).




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