Jornal Estado de Minas

BRA$IL EM FOCO

Como é a energia do Século 21 e suas transformações aceleradas

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Os apagões que atingiram o Amapá e deixaram diversas cidades e milhares de pessoas parcial ou totalmente sem energia por 21 dias escondem as grandes transformações que começam a ocorrer no setor elétrico brasileiro e que especialistas já veem paralelo com o que ocorreu nas telecomunicações nos últimos anos.


E se os celulares foram a mola propulsora das profundas mudanças nas telecomunicações – que seguem em curso com a chegada do 5G –, os carros elétricos podem ser o motor para acelerar as energias do futuro, que serão cada vez mais geradas de forma descentralizada e individualmente ou em pequenas comunidades. A partir do sol, no caso da geração distribuída, e do vento, no caso da eólica, para garantir o atendimento da expansão da demanda de energia com o avanço da mobilidade elétrica.

E essas tecnologias, que prometem revolucionar o setor elétrico, devem ganhar impulso com a eleição do democrata Joe Biden nos Estados Unidos e sua vice Kamala Harris, comprometidos com preservação ambiental e a adoção de conceitos e processos sustentáveis. Hoje, no Brasil, existem 400 mil unidades consumidoras usando energias renováveis (solar fotovoltaíca, hidráulica, biomassa, biogás, eólica entre outras) com mais de 305 mil sistemas de geração distribuída de energia elétrica em todo o país. E a previsão é de que esse número se multiplique nos próximos anos com o apelo da redução na cona de energia e das possibilidades que essas fontes vão permitir.

“Hoje existe uma indústria nova nascendo com serviços competitivos e distribuídos na área de energia, aonde já é possível já ao consumidor comum, seja residencial, comercial ou industrial, o livre acesso à energia renovável”, lembra Cyro Bocuzzi, presidente da ECOee e membro do Instituto dos Engenheiros Eletricistas e Eletrônicos (IEEE). Com essa mudança surgem novas tecnologias que são a base para práticas e processos inovadores. “Tecnologias tradicionais estão no fim do ciclo de vigência e elas vão ser substituídas e já estão sendo substituídas pelos recursos distribuídos de energia, que são as tecnologias que fazem a base da energia do século 21”, observa Bocuzzi.



Para ele, o avanço da tecnologia de armazenamento de energia, o que inclui os veículos elétricos, vai gerar uma mudança radical. “Veículo elétrico é uma energia armazenada pra mobilidade com muito mais desempenho do que o carro a combustão”, destaca Bocuzzi. “No Brasil os carros elétricos estão começando agora, mas em nível global já é algo irreversível, com o mundo caminhando em direção às tecnologias mais sustentáveis”, reforça o CEO da Nansen Instrumentos de Precisão, Alexandre Suprizzi.

A empresa mineira, que há 90 anos fabrica medidores de energia elétrica, vem acompanhando as transformações do setor com o desenvolvimento e fabricação de equipamentos de medição adaptados às novas formas de geração e circulação de energia. E agora aposta nos carregadores e eletropostos para abastecimento dos veículos elétricos. O primeiro eletroposto foi instalado em Nova Friburgo (RJ) em uma das unidades do grupo Energisa, parceira no projeto. Subsidiária da chinesa Sanxing Electric Co., a Nansem está preparada, segundo Suprizzi, para atender à demanda de postos, shoppings, grandes redes varejistas, condomínios e residências.

A Nansen não está sozinha. Se a evolução das comunicações foi acelerada pelos celulares, os carros elétricos vão impulsionar as transformações do setor elétrico no Brasil nos próximos anos, atraindo mais empresas. O grupo EDP, de energia, se uniu à rede de postos de combustíveis Graal, para instalar oito eletropostos em São Paulo até o fim deste ano, dentro do projeto Plug&Go das montadoras Audi, Porsche e Volkswagem. Só neste ano, a venda de veículos elétricos deve crescer 60%. De janeiro a outubro as vendas de carros movidos a eletricidade somam 15.565 unidades.



Assistente


R$ 2,5 BILHÕES - Foram as vendas realizadas pela MRV desde que criou a Mia, sua assistente virtual, com suporte de inteligência artificial em nuvem da IBM

Transformação digital


A IBM do Brasil vai duplicar sua estrutura de data centers no país até o início do ano que vem com a implantação de dois centros de processamento de dados em Vinhedo e Alpaville, no interior de São Paulo para atender à demanda provocada pela aceleração da transformação digital nas empresas com a pandemia do novo coronavírus. Segundo o IDC, até 2022, metade do PIB latino-americano será digital.

Feira de imóveis


Na sua primeira versão online, a Feira de Imóveis vai até domingo com 16 mil imóveis à venda em todas as regiões do país. O evento conta com 488 empreendimentos cadastrados e para atrair os compradores um carro 0 km será sorteado. As unidades, de 24 metros quadrados a 340 metros quadrados tem preços variando entre R$ 100 mil e R$ 1,5 milhão. Na região Sudeste são 298 empreendimentos.