Praticamente os únicos estabelecimentos comercias a permanecerem abertos durante todo o período da crise provocada pela COVID-19, os supermercados sentiram de forma positiva os efeitos das medidas de isolamento social adotadas para combater o novo coronavírus. As vendas no primeiro semestre tiveram aumento de 6,53% em todo o país e de 9,34% em Minas Gerais. Mas tanto no país quanto no estado o resultado do último mês do semestre foi inferior ao de maio. Esse resultado expõe o comportamento dos consumidores durante a pandemia: com mais pessoas trabalhando em casa e filhos sem escola aumentou o consumo de alimentos e itens básicos para a alimentação no lar. Com o início da flexibilização, mais pessoas retomaram suas atividades fora de casa o que reduziu a necessidade de alimentação no ambiente doméstico.
O valor e o número de beneficiários do programa de ajuda aos impactados pela paralisação das atividades desde o início de março serão menores nas três últimas parcelas do benefício. Como já foi prorrogado por uma vez, o auxílio deve ser reduzido para caber no Orçamento do governo federal. A expectativa é de que as novas parcelas sejam de R$ 300, mas o valor será definido pelo presidente, que deve inclusive anunciar sua decisão na terça-feira, junto com outras ações, como o pacote de obras do Pró-Brasil.
Hoje, de acordo com o Ministério da Economia, são gastos R$ 51,5 bilhões mensais com o auxílio. Com a redução apenas do valor, esse gastos cai para R$ 25,75 bilhões. Considerando que o número de beneficiados também caia pela metade, o custo mensal da ajuda será reduzido para cerca de R$ 13 bilhões.
Para os supermercados o cenário será de menos dinheiro circulando numa conjuntura de desemprego ainda alto em função dos postos de trabalho exterminados pela pandemia com o fechamento de empresas do comércio e serviços. Além disso, o aumento expressivo de itens básicos como arroz, feijão, leite e óleo de soja reduz a capacidade de consumo dos beneficiários do auxílio emergencial. Os aumentos passam de 10% para uma inflação de apenas 2,3% em 12 meses. Demanda maior e crescimento das exportações explicam os reajustes do arroz. Os varejistas estão conversando com o governo para encontrar uma saída para o desequilíbrio na oferta procura do produto. A pandemia se estabilizou e a vida vai voltando ao normal, mas as incertezas permanecem.
Participação
R$ 26,57 milhões
É quanto o Sicoob Credicom vai depositar na conta dos seus cooperados
na semana que vem.
Aposta em BH
Depois de adquirir o Instituto Mineiro de Nefrologia, a alemã Frensenius Medical Care inaugura em BH, na Savassi, sua primeira unidade foro do eixo Rio/São Paulo. Com 1.500 metros quadrados, a Fresenius Savassi é a 35ª unidade própria da multinacional alemã no Brasil. A empresa definiu como prioridade para este ano expandir suas atividades em Minas Gerais.
Solidariedade
A Kinross Brasil Mineração está investindo R$ 2,5 milhões em ações de combate ao novo coronavírus em Paracatu, no Noroeste do estado. A mineradora, que produz ouro no município, acaba de patrocinar a entrega de ventiladores pulmonares para a prefeitura da cidade. O pacote de ajuda inclui 6 mil kits de testes rápidos e 1,7 mil do tipo PCR e 31,4 mil máscaras.