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Estado de Minas BRA$IL EM FOCO

O fundo do poço e a taxa de juros mais baixa da história

No caso dos serviços, que respondem por cerca de 70% do Produto Interno Bruto (PIB), o dano é ainda maior porque a queda é a terceira consecutiva


postado em 19/06/2020 04:00 / atualizado em 19/06/2020 07:31

Operadores em callcenter: setor de serviços teve queda de 18,7% de fevereiro a abril deste ano, segundo o IBGE(foto: Weber Pádua/Divulgação - 16/1/13)
Operadores em callcenter: setor de serviços teve queda de 18,7% de fevereiro a abril deste ano, segundo o IBGE (foto: Weber Pádua/Divulgação - 16/1/13)

Abril de 2020 ficou marcado como o pior mês para a atividade econômica brasileira nas últimas décadas, pelo menos até agora. Depois de os dados mostrarem uma retração de 18,8% na produção industrial no início de junho, esta semana se conheceu de fato o estrago feito pelo coronavírus no comércio e nos serviços, que recuaram respectivamente 16,8% e 11,7% em abril, na comparação com março. E no caso dos serviços, que respondem por cerca de 70% do Produto Interno Bruto (PIB), o dano é ainda maior porque a queda é a terceira consecutiva depois de uma alta de apenas 0,4% em janeiro. Nesse período, a retração no setor bate em 18,7%. São esses números, associados ao fato de a inflação oficial estar abaixo de 2% nos 12 meses encerrados em maio, que explicam a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de reduzir mais uma vez a taxa básica de juros ontem de 3% para 2,25% ao ano, o patamar mais baixo na história do país.

E a perspectiva é de que a taxa permaneça nesse patamar por um bom tempo, diante da expectativa de que a recuperação econômica seja lenta e gradual no pós-pandemia da COVID-19. “Nós acreditamos que a taxa permaneça nesse patamar pelo menos até o final de 2021.” A afirmação é do economista-chefe da Ativa Investimentos, Étore Sanchez. Para ele, os números de abril mostram que, do ponto de vista do impacto do coronavírus na economia, abril pode ter representado o fundo do poço. E esse fundo fica claro vendo que serviços estão operando 27% abaixo do pico (novembro de 2014), comércio, 22,7% (outubro de 2014) e indústria, 38,3% (maio de 2011). Todos operam num nível anterior à crise de 2015 e 2016, quando o PIB caiu cerca de 7%.

Pelo Índice de Atividade Econômica (IAE) da Fundação Getulio Vargas (FGV), a economia brasileira encolheu 8,8% em abril em relação a março e 12,9% sobre mesmo mês do ano passado. No trimestre móvel encerrado em abril, a retração foi de 5,8%. Como abril foi o primeiro mês cheio de medidas de isolamento social e paralisação de atividades para conter a propagação do coronavírus no país e a economia desabou, os indicadores de maio, na relação mensal, não devem mostrar quedas tão acentuadas, embora na comparação com 2019 ainda possam superar os dois dígitos. Já os juros podem cair mais um pouco e chegar a 2%.

Para Étore Sanchez, o indicativo é de que o pior já passou, com junho e julho sendo marcados pela retomada gradual e a partir de agosto por uma volta das atividades, dentro de um novo normal. Diante dessa perspectiva, a Ativa Investimentos aposta numa retração de 5% para o PIB este ano. Bem mais otimista do que a previsão do Boletim Focus do Banco Central (6,51%).

“As projeções são construídas num cenário de grande volatilidade e incerteza e nossas divergências não são pelo impacto da COVID-19 na economia, mas pelo período. Para nós, chegou ao fundo do poço em abril”, afirma o economista-chefe da Ativa para justificar a projeção do PIB deste ano. Ele ressalta, no entanto, que novidades em relação a um novo lockdown mudam as variáveis das projeções. Por ora, como reconhece Sanchez, há apenas hipóteses e a sensação de que, ainda que num patamar alto, a pandemia está se estabilizando no país.

Prévia do PIB

9,73% Foi a queda da atividade econômica brasileira em abril, segundo o IBC-Br do Banco Central. É o segundo tombo seguido. Em março, caiu 6,16%


Bons sonhos

A alemã Emma Colchões chegou no Brasil no fim do ano passado e nem parece estar num país abalado por uma pandemia. As vendas da marca cresceram mais de 200% mês a mês e já somam R$ 4,3 milhões, resultado 43% da previsão inicial, que era de R$ 3 milhões. A empresa, que só atua no e-commerce, viu o número de visitantes crescer 122% em março e abril. A meta é faturar R$ 48 milhões no Brasil este ano, ou 2% do faturamento global.


Mais testes

Para atender à explosão da demanda, a Thermo Fisher Scientific expandiu sua capacidade de produção de testes da COVID-19 pelo método RT-PCR e vai destinar parte desse aumento para o Brasil. De 100 mil kits de testes por semana, a empresa vai passar para 15 milhões, com 3 milhões sendo destinados semanalmente para atender aos laboratórios e órgãos de saúde brasileiros. Os testes rápidos da Thermo Fisher são aprovados pela Anvisa.
 

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