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COLUNA DO JAECI

Galo: vencer ou jogar o ano de 2023 no lixo também

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Nesta quinta-feira, o Atlético Mineiro terá mais uma chance de conseguir uma vitória e tentar ficar em oitavo lugar no Brasileiro, para conseguir entrar na pré-Libertadores, em 2023, ano da inauguração da sua belíssima casa, a Arena MRV.



O time, que para mim sempre foi mediano, e que teve uma belíssima participação na temporada passada, conquistando o Brasileiro e a Copa do Brasil, caiu de forma assustadora, a ponto de ser um vexame, sendo chamado de “time sem vergonha” por parte da torcida. Levei cacete de muita gente por dizer a verdade sobre jogadores medianos que tiveram um ano atípico.

Os atleticanos se gabavam, dizendo que tinham um elenco que valia R$ 500 milhões. Na verdade, uma ilusão, pois não chegou nenhuma proposta e essa avaliação foi feita no calor da emoção. Jamais um time que tem Everson, Mariano, Réver, Alonso, Allan, Jair, Zaracho, Nacho e Vargas poderia valer isso, tanto assim que ninguém se interessou em contratar qualquer um deles, jogadores envelhecidos tecnicamente.

Quando todos pediam a cabeça do Turco Mohamed, fui talvez o único a defendê-lo, pois enxergava nele um ótimo treinador. Eu sabia que a culpa pelos jogos ruins não era dele e não seria do substituto, pois o grupo rendera o que jamais rendeu em sua história em outros clubes.



Jogadores que tiveram um ano atípico, quando tudo deu certo, mas não conseguiram render o esperado e manter a regularidade nesta temporada. Dirigente se gabar de conquistar a Supercopa e o Mineiro é mesmo pra gente rir.

O Flamengo ganhou as duas primeiras Supercopas, a Recopa e o tricampeonato carioca e não vi ninguém enaltecer, pois são competições fracas. O que vale é Copa do Brasil, Brasileiro, Libertadores e Mundial, e, nesse quesito, Palmeiras e Flamengo vêm dominando o país nos últimos cinco anos, com exceção de 2021, que foi do Galo e do Palmeiras, que ganhou a Libertadores.

Tem gente que gosta de ser iludida e tem alguns que gostam de iludir. E quando a gente aponta a verdade e põe o dedo na ferida recebe nota de repúdio, como se fossem esses caras os donos do clube. A instituição Clube Atlético Mineiro é gigantesca, merece todo o respeito e é eterna. Dirigentes, técnicos e jogadores são passageiros.

Há que se enaltecer o trabalho feito na temporada passada, pois os mecenas, que salvaram o clube, investiram, pagaram salários em dia e tudo fluiu. Comemoraram de forma merecida dois títulos da maior grandeza, mas erraram na mão nesta temporada, achando que era só manter os veteranos e a filosofia do ano passado e tudo correria muito bem. Ledo engano. 




 
No futebol é preciso renovação de grupo, de jogadores e o Atlético não o fez. Contratou vários atletas machucados ou sem jogar e isso comprometeu todo o trabalho. E olha que o Turco Mohamed saiu com aproveitamento de mais de 70%, com o Galo em quarto lugar, a quatro pontos do Palmeiras, o que mostra que ele não era culpado. A torcida e parte da imprensa não gostavam dele.

Cuca voltou como o grande campeão da história do clube, e a equipe piorou. Culpe dele? De jeito nenhum. Culpa de um grupo envelhecido, tecnicamente, sem futebol a altura para buscar mais taças. Cuca foi chamado de “mercenário” pelos torcedores, o que é uma covardia. Ele não precisa mais de dinheiro para viver. Está milionário. Voltou para tentar ajudar e, se tivesse ouvido meu conselho, não voltaria, pois eu disse a ele que não conseguiria fazer o que fez na temporada passada. 
 
Foi um ano jogado no lixo, mas ainda é preciso reagir, vencer o Cuiabá, que ainda tenta escapar da queda, e, quem sabe, o Corinthians, na última rodada, para entrar como oitavo ou sétimo e chegar à pré-Libertadores. Se isso não acontecer, será um desastre, pois a Arena MRV, de primeiro mundo, belíssima, será inaugurada com o Galo fora da principal competição sul-americana. Essa torcida apaixonada e sofrida não merece isso. Que os jogadores deem a vida nesses dois últimos jogos. Será a única maneira de salvarem a temporada de 2023, que ainda nem começou.




Neymar não entendeu

A convocação de Martinelli, do Arsenal, foi uma grande surpresa, que nem Neymar, dono da seleção de Tite, entendeu. Eu já disse: Edu Gaspar, que foi chefe de Tite no Corinthians e na Seleção Brasileira, é o executivo do time inglês, e, com certeza, Tite convocou Martinelli, junto com Gabriel Jesus, para agradar a Edu.

Há algum tempo, um repórter da TV Globo disse que “após a Copa, Tite iria trabalhar no Arsenal”. Como o time é líder da Premier League, com o técnico Arteta, no momento é difícil, mas é claro que na primeira oportunidade que tiver Edu vai levar Tite, que não fala inglês, mas tem em seu filho, o auxiliar técnico, que fala a língua inglesa. No futebol a troca de favores é incrível. É para fechar, Martinelli foi jogador do Ituano. Tirem as suas conclusões.