Jornal Estado de Minas

BOMBA DO JAECI

Não há defesa para cobiça de Jorge Jesus por cargo no Flamengo

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O técnico português Jorge Jesus (foto) provou ser antiético e imoral ao pleitear a vaga do compatriota Paulo Sousa, atualmente técnico do Flamengo. Em conversa com o jornalista Renato Maurício Prado, um dos meus ídolos no jornalismo, Jesus disse que “quer voltar ao Flamengo, dando prazo até o dia 20 para ser contratado”. Ele se esqueceu de que o Flamengo tem um técnico no cargo e que, além disso, é português, como ele. Imaginem o que faria se o técnico do Fla fosse um brasileiro? JJ deu uma banana para o Flamengo tão logo renovou seu contrato, voltando ao Benfica, de onde foi chutado no fim de 2021. Agora, desempregado, faz juras de amor ao rubro-negro. Ele fez belíssimo trabalho em 2019, quando revolucionou o futebol brasileiro, porém, quando saiu, o Flamengo já não estava jogando bem.






(foto: VINCENZO PINTO/AFP %u2013 7/1/22)


Landim descartou


Não se esperava outra atitude do presidente Rodolfo Landim que não fosse a de descartar Jesus no Flamengo. Ele garante Paulo Sousa (foto) no cargo e diz que não abre mão dele. A torcida ficou dividida com as declarações de JJ. Metade é a favor da volta dele, ainda que isso represente a falta de ética e a imoralidade, o cara querer tomar o emprego de um companheiro de profissão. É o mundo no qual vivemos, onde as pessoas só pensam em levar vantagem. Particularmente, acho o trabalho de Paulo Sousa ruim, não pelos números, mas pela forma de o time atuar. Porém, jamais compactuaria com uma sacanagem dessas. Sousa pode até cair, mas não agora, para a volta de JJ. O português, tão vencedor no Fla, caiu no meu conceito e das pessoas que têm dignidade e caráter.


A conta chega


Não adianta dirigentes espernearem e darem chilique quando jornalistas que não são atrelados aos clubes dão informação sobre a tamanho da dívida. A conta chega e, normalmente, revela valores assustadores, por mais que tentem justificar. Quando não se arrecada mais do que se gasta, é claro que a dívida só aumenta, e não adianta querer maquiar com venda de jogadores para cobrir rombos existentes. Dívida é dívida. Se você arrecada X e gasta X+Y, é claro que o rombo vai aumentando. Viver de empréstimos, sem ter um plano de trabalho adequado, gera mais dívidas, e vira uma bola de neve. Vender ativos para pagar dívidas também nunca foi uma boa solução. Gestão austera e eficiente é o que o torcedor espera.


(foto: PIERRE-PHILIPPE MARCOU/AFP)


O maior clube do mundo


O Real Madrid é respeitado por ser o maior clube do mundo. Não à toa, tem 13 Champions League, seis a mais que o Milan, segundo colocado, e vai em busca da sua décima quarta Orelhuda, em Paris, dia 28. Um clube de futebol se torna conhecido e respeitado pelo número de taças, pela camisa e história que construiu. Quem fala o contrário é por despeito. O bilionário Manchester City, bancado por um grupo da Arábia Saudita, tinha o jogo nas mãos, mas faltavam-lhe camisa, taças e história. Em dois minutos, o Real desfez a vantagem do time inglês, levou a decisão para a prorrogação e matou logo no início dela, com gol de Benzema (foto). Guardiola é um grande técnico, reconheço, mas até hoje só dirigiu equipes milionárias e só ganhou a Orelhuda quando teve Messi no Barça, em 2009 e 2011. Gostaria de vê-lo comandando um time mediano, para saber se ele é mesmo isso tudo que eu penso e que falam.