Jornal Estado de Minas

COLUNA DO JAECI

Mesmo remando contra a maré, o Cruzeiro sempre será gigante

Conteúdo para Assinantes

Continue lendo o conteúdo para assinantes do Estado de Minas Digital no seu computador e smartphone.

Estado de Minas Digital

de R$ 9,90 por apenas

R$ 1,90

nos 2 primeiros meses

Utilizamos tecnologia e segurança do Google para fazer a assinatura.

Experimente 15 dias grátis



Vivendo a maior crise de sua história, sem perspectiva de voltar à elite, o Cruzeiro encara o Avaí hoje, no Mineirão, em busca de três preciosos pontos para melhorar sua posição na tabela. Parece que o torcedor, aos poucos, vai se acostumando com a realidade cruel de permanecer mais uma temporada na B, na Segundona. Os resultados têm mostrado isso e, a cada partida, a cada derrota, as necessidades do time ficam mais evidentes. Há os otimistas que acreditam em dias melhores, principalmente com a aprovação do clube-empresa, mas a coisa não funcionará a toque de caixa. Demandará tempo, e esse é o grande problema: o Cruzeiro não tem tempo para nada. Com um time muito ruim, rema contra a maré por dias melhores.



Salários atrasados, principalmente dos funcionários mais humildes, é um duro golpe. Um clube completamente sem rumo, sem o auxílio de seu maior patrocinador, Pedrinho BH, um cara que só fez bem aos cruzeirenses. Com relações estremecidas com o atual presidente, sofre como torcedor azul que é. Quando se tem no comando de um clube alguém egocêntrico e que se acha conhecedor de tudo, realmente fica difícil. Humildade é para poucos, principalmente no momento mais delicado da história do clube. Achar que sabe tudo de futebol e centralizar as decisões dá nisso.

No futebol é preciso ter gente que conheça do esporte. Nem sempre um ex-jogador será esse cara. É preciso ouvir Fábio, Marcelo Moreno, Rafael Sóbis, jogadores experientes e vencedores. Não adianta continuar contratando aos montes, e sem dinheiro, atletas de qualidade duvidosa. Minha filosofia sempre foi a seguinte: para voltar à elite, você tem de ter jogadores de Série A na Série B, e, exceto os três citados, o Cruzeiro só tem jogadores de medianos para baixo. Não é culpa deles – é o que conseguem produzir. Acredito mesmo que o torcedor deva estar conformado e preparado para ser gozado, pois tudo indica que o clube vai ficar mais uma temporada na Segundona. Seria o terceiro ano consecutivo, em 2022. Será que os torcedores azuis, tão acostumados a títulos e vitórias, vão aceitar isso?

Acho bobagem esse movimento para tentar tirar o atual mandatário do cargo. Por mais que ele erre e seja egocêntrico, é cruzeirense e está tentando o melhor. Comete seus erros, mas sempre tentando acertar. Mas é inexperiente para o cargo e achou que seria fácil subir. Foi a minha impressão na única entrevista que fiz com ele, quando assumiu. Depois, é claro, de ele falar com a imprensa de Rio e São Paulo, pois ele privilegiou os caras de fora. Os mesmos que hoje estão metendo o cacete nele. O mundo da bola, como a terra, é redondo, e como é!

Há torcedores imaginando que o Cruzeiro vai se tornar clube-empresa do dia para a noite e, como num passe de mágica, vai voltar à elite. A coisa não é simples assim. Como escrevi acima, há uma série de implicações que demandam tempo e clareza de ações. O fato de ficar três, quatro ou dez anos na Série B não vai tornar o Cruzeiro pequeno. Jamais. É o clube mais vencedor de Minas Gerais, e um dos mais vencedores do Brasil. Cito sempre as seis Copas do Brasil, quatro Brasileiros e duas Libertadores. Contem nos dedos os clubes brasileiros com essas conquistas. Alguns vão dizer que “quem vive de passado é museu”. Eu prefiro dizer que o passado é a história gloriosa dos clubes. Pior é quem não tem nem passado para contar em sua história. Portanto, torcedores azuis, os anônimos e verdadeiros, jamais se envergonhem de seu clube. Um dia, tudo isso vai passar e esse gigante do futebol mundial vai voltar à elite. Pode demorar ou não, mas essa linda história de troféus, taças e vitórias épicas ninguém conseguirá apagar. O Cruzeiro é maior que qualquer dirigente, técnico ou jogador. Pobre daqueles que se acham donos do clube ou maiores que ele. Por enquanto, é encarar a realidade atual. Que venha o Avaí, e que os jogadores respeitem a história cruzeirense, lembrando que somente a vitória interessa.

Ex-jogador critica

Conversei nesta semana sobre a atual Seleção Brasileira e a “geração nutella” com um ex-jogador que foi gênio da bola. Ele disse o seguinte, sem querer se identificar: “Vocês, da imprensa, viajavam no mesmo avião conosco, eram nossos amigos. Criticavam e elogiavam no mesmo tom, pois todos nós sabíamos a importância da Seleção Brasileira. Esses caras de hoje não têm empatia com a camisa amarela nem com o povo brasileiro. Atendem aos caprichos de Neymar, com o consentimento do Tite. Esqueçam Copa do Mundo. Não ganharemos tão cedo”. Esse é o meu pensamento também. É duro constatar isso, mas é a realidade.





Picaretas

Atenção CBF, Fifa e Conmebol. Há vários indivíduos, que compram seguidores nas redes sociais, se passando por jornalistas e se credenciando para coberturas de jogos e competições. São alguns baba-ovos de jogadores da Seleção que querem desqualificar profissionais sérios. Não daremos os nomes aqui, para não torná-los conhecidos. São medíocres, despreparados e estarão sendo processados no devido tempo. Há um aí que vive participando de entrevistas coletivas na CBF. Olho nesses picaretas!

audima