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Estado de Minas COLUNA DO JAECI

Cruzeiro vence na raça, vontade e qualidade

Time celeste superou o Atlético no clássico por 1 a 0


11/04/2021 18:20

Gol de Airton consagrou o Cruzeiro no clássico(foto: Ramon Lisboa/EM D.A Press)
Gol de Airton consagrou o Cruzeiro no clássico (foto: Ramon Lisboa/EM D.A Press)
O Cruzeiro derrotou o Galo por 1 a 0, no Mineirão, com gol de Airton, contrariando todas as previsões, inclusive de goleada. Foi mais time, mostrou mais qualidade, mais organização e uma garra impressionante. No papel, o Galo é mais time. Na prática, não confirmou isso. Aliás, o time se desestruturou de uma forma impressionante. O torcedor azul lavou a alma. Num dos piores momentos de sua equipe, ganhar do maior rival tem um gostinho sempre especial.

Não hesitei em apontar o Galo como grande favorito. Porém, isso não significava dizer que o jogo já estava ganho. A torcida tinha a esperança de o Galo fazer um grande jogo e até mesmo golear.

Vejam o que é o futebol. Hulk foi contratado a peso de ouro, e está na reserva. Tchê Tchê fazia sua estreia. O Cruzeiro com uma zaga jovem, que seria colocada à prova.

O Atlético teve a primeira chance com Vargas. Livre, chutou da entrada da área, por cima do gol. Ele teve outra chance ao entrar na área e chutar para boa defesa de Fábio. Os goleiros pouco trabalhavam. O jogo era ruim demais. A esperança de goleada por parte dos alvinegros foi se esvaziando pelo pobre futebol apresentado. Sóbis e Bruno José tabelaram de cabeça, até que Igor Rabelo, lento e pesado, solou a jogada. Falta perigosa na meia-lua atleticana. Cobrança em dois toques, Sóbis chutou forte e Everson defendeu no meio do gol.

Os erros de passes eram terríveis. O time de Cuca não apresentava nada. Nacho perdido em campo. Keno sem conseguir receber a bola para tentar as jogadas agudas. O Cruzeiro estava mais organizado e mais ousado. Esperava-se muito mais de quem gastou R$ 300 milhões em contratações. Gente, os caras não conseguiam dominar a bola. De um lado e de outro, erros bizarros.

Guga e Arana não conseguiam um cruzamento sequer. O Atlético não apresentava nada de novo. Um time irreconhecível. A bola batia na canela de Keno. E assim terminou um dos piores 45 minutos de um clássico entre as duas equipes.

Estranhamente, o Galo voltou com a mesma formação. Um time que gastou tanto e fica inerte assim, não dá para entender. Dinheiro é importante no futebol, mas, é preciso ter algo mais, conhecer do esporte bretão. Ter dinheiro e contratar mal é jogar no lixo. Há tempos eu venho dizendo que o Galo tem um time mediano.

E quando o Cruzeiro precisou de alguém, ele apareceu. Nacho lançou Vargas, que diante de Fábio, viu o Paredão Azul surgir na sua frente e fazer uma gigante defesa. Sempre Fábio salvando o time azul. Foi a grande chance que Nacho teve em fazer um lançamento, pois, até então, estava sumido.

Cuca resolveu colocar Hulk na vaga de Savarino. Nacho começava a se soltar mais, buscando as extremidades. Numa cobrança de escanteio, Keno quase marcou, de cabeça. A bola foi para fora. A comentarista de arbitragem, Nadine Bastos, disse que houve um pênalti para cada lado, não marcado.

E o Cruzeiro marcou seu gol com Airton, em tabela com Sóbis. Ele ajeitou, saiu na cara de Everson e fez Cruzeiro 1 a 0. Eu venho dizendo há tempos: com essa zaga o Galo não irá a lugar nenhum. Zagueiros lentos e fracos. O lateral-direito Guga é péssimo. Parece que o Atlético entra com um homem a menos em campo. Hulk e Potker foram expulsos.

Aquela intensidade do Galo, ano passado, com grande volume de jogo, não está sendo vista atualmente. Cuca precisa empregar seu estilo de jogo, pois essa ligação direta defesa com o ataque não vai dar em nada. É cedo? Acredito que não, pois a Libertadores e o Brasileirão vão começar em breve. Cuca vai ter que quebrar a cabeça para montar um time competitivo.

Quanto ao Cruzeiro, pelo jogo que fez, deu uma esperança maior ao seu torcedor. Não há o que contestar. Foi melhor o tempo todo, criou mais chances e fez o gol que lhe deu a vitória. Futebol é assim. No papel, o Galo tem mais time, mais grupo, mais banco, mais técnico, mais dinheiro, mais tudo. Na prática, porém, isso não valeu nada.  O Cruzeiro mostrou que o dono do Mineirão é ele. Uma vitória maiúscula de um time que busca sua identidade e que tem um DNA de campeão.

BICAMPEÃO

Em Brasília, o Flamengo venceu o Palmeiras por 6 a 5, nas penalidades, e sagrou-se bicampeão da Supercopa do Brasil. A disputa acontece entre o campeão brasileiro e o campeão da Copa do Brasil. Mais uma vez, o rubro-negro começa a temporada faturando uma taça. Foi um grande jogo, mas o Flamengo continua com os mesmos erros defensivos da temporada passada. Arão é excelente volante, mas não é um grande zagueiro. Ceni tem que encontrar o cara para atuar ao lado de Rodrigo Caio. O Palmeiras, com seu grupo jovem, valorizou a conquista rubro-negra. O técnico português, Abel Braga, se perdeu ao jogar no árbitro a responsabilidade pela derrota do Porco. O choro do técnico português é livre!

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