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Estado de Minas COLUNA DE JAECI CARVALHO

Flamengo octacampeão no Brasileiro marcado pela COVID-19

Numa Série A marcada pela falta de qualidade, pela incoerência e por jogadores contaminados pelo coronavírus, não há o que comemorar. Mas o Flamengo é campeão


26/02/2021 01:16 - atualizado 26/02/2021 01:23

(foto: Marcello Zambrana/Agif/Estadão Conteúdo)
(foto: Marcello Zambrana/Agif/Estadão Conteúdo)


O Flamengo foi derrotado pelo São Paulo, por 2 a 1, no Morumbi, mas, mesmo assim, conquistou o bicampeonato brasileiro, consecutivo, o seu oitavo título da competição. Ficou com 71 pontos, um a mais que o Inter, que empatou com o Corinthians por 0 a 0, no Beira Rio, e que teve 3 gols anulados e uma penalidade não confirmada pelo VAR. 

Numa competição marcada pela falta de qualidade, pela incoerência, por jogadores contaminados pelo coronavírus, não há o que comemorar. Mas o Flamengo é o campeão, de fato e de direito.

Há tempos eu disse que o Brasileirão seria decidido na última rodada. E não deu outra. Achei que meu Flamengo não tinha mais chances, quando o São Paulo abriu 7 pontos para ele e para o Galo, e 9 pontos para o Inter. De repente, tudo mudou. O Inter abriu 7 pontos do São Paulo, 6 do Galo e 5 do Flamengo. Curiosamente, o rubro-negro só assumiu a liderança da competição na penúltima rodada. Deixou os “flanelinhas”, como dizem os torcedores, guardando lugar, e chegou na hora certa. 

Uma vitória sobre o São Paulo garantiria a taça, sem depender de nada. Se o Inter perdesse ou empatasse com o Corinthians, o Fla seria campeão com qualquer resultado.

 No Mineirão, o Galo jogava para ficar em terceiro lugar e faturar um troco a mais, algo em torno de R$ 29 milhões. Ou seja: pelo menos o salário que ganhou, Sampaoli pagou, com a colocação do Atlético em terceiro ou quarto. Mas só cairia para o quarto lugar se o São Paulo derrotasse o Flamengo, o que era improvável, mas não impossível.

O Galo, como tudo indica, está esperando a final da Copa do Brasil, para persuadir Renato Gaúcho a ir para Vespasiano. Será que se ele for campeão da Copa do Brasil, o Grêmio o perderá? Não sei! Vou antecipar uma coisa aqui, para que fique registrado. Gosto do Renato que é um amigo fraterno, e o acho o melhor treinador em atividade no Brasil. Porém, não acho que dará certo no Atlético. Gastaram R$ 200 milhões em jogadores medianos, e não acredito que darão a resposta em campo. 

Renato sabe que só há um time em condições de contratar, como fez o Flamengo. E esse time é o Galo. Graças ao Mecenas. Mas, é preciso o torcedor entender que essa não é a melhor forma de gerir um clube. É preciso que haja receitas e orçamento baseados no que o clube arrecada. Mecenas é um paliativo, haja vista que com tudo isso a dívida do Galo beira a casa de R$ 1 bilhão. 

O mecenas diz que vai perdoar parte da dívida que o clube contraiu com ele, mas é bom o torcedor saber, também, que há dívidas fiscais e de outras naturezas. Acho que a salvação do Galo será o estádio. Tudo o que girar em torno do espetáculo realizado no estádio doutor Elias Kalil, será revertido para os cofres do clube. Imaginem o Galo vendendo carnês de seus jogos aos torcedores, com 5 anos de antecedência, como acontece na Europa? Será fantástico. Estacionamento, shows, lojas de conveniência e de alimentação. Será tudo do Galo. Não tem como dar errado. 

No Mineirão, o Galo empatava com o Palmeiras. Garantido no terceiro lugar e na fase de grupos da Libertadores, apenas cumpria tabela. No Morumbi o Flamengo não conseguia fugir da forte marcação do São Paulo. O time paulista jogou na retranca e só deu um chute a gol, fazendo 1 a 0. Uma falta na meia lua. Luciano bateu bem, e Hugo falhou feio. Um grande goleiro, mas ainda muito inexperiente. 

No Beira Rio o Inter teve um pênalti anulado pelo VAR, que o árbitro havia marcado, e um gol de Yuri Alberto, muito bem anulado, em posição clara de impedimento. Os placares mantinham o Flamengo campeão, mas se o Inter marcasse lá, seria ele o tetracampeão brasileiro. Faltavam 45 minutos para conhecermos o campeão brasileiro da Pandemia, de 2020, que só terminaria neste 25 de fevereiro de 2021.

O Fla empatou. O São Paulo virou para 2 a 1, em outra falha de Hugo. O Galo fez 1 a 0, com Jair, em cima do Palmeiras. O Inter perdia gols, chutava na trave e obrigava Cássio a fazer grandes defesas. Mesmo com a derrota o Fla ainda era campeão. Sasha fez 2 a 0 no Mineirão. E assim o Galo terminou sua participação no Brasileirão, ficando mesmo com o terceiro lugar, garantido na fase de grupos da Libertadores. 

No Sul, o Inter fez três gols e teve um pênalti anulado. O VAR decidiu a parada. No Morumbi terminou mesmo São Paulo 2 a 1. Com os resultados, o Fla ficou com 71 pontos e o Inter com 70. O Flamengo é octacampeão brasileiro, num campeonato fraquíssimo, sem apelo, sem público, sem um time referência, sem um grande jogador. Uma competição feita diante da tragédia de 250 mil mortos pela Covid-19. Sou flamenguista, mas não tenho o que comemorar. Quero comemorar a vida e a vacina. O resto, é resto. Como diria Arrigo Sachi: “o futebol é a coisa mais importante entre as menos importantes da vida”.

RECESSO

Depois de dois anos sem férias, vou tirar uma folguinha por uns dias, pois estou esgotado. As competições estaduais já vão começar e eu preciso dar uma recarregada na bateria. Dia 8, estarei de volta. Férias mesmo tirarei em julho. Quando a gente faz o que ama, nada é sacrifício.

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