Jornal Estado de Minas

JAECI CARVALHO

De volta à elite com liderança e empate no Recife

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Líder isolado da Série B e já garantido na elite para a temporada 2021, o América visitou o Náutico, no Recife, querendo aumentar sua distância para a Chapecoense, pois o título da competição interessa demais ao Coelho, que quer se tornar tricampeão. O time mineiro que já se planeja e pretende manter o técnico Lisca. Pelo lucro que o treinador deu ao clube, chegando à semifinal da Copa do Brasil, ele está valorizado, e merece um substancial aumento. 

 
É pretendido por vários clubes brasileiros, mas a sequência do seu trabalho será fundamental para as pretensões do América este ano. Mas foi o Náutico quem deu trabalho, desde o começo. Kieza perdeu um gol feito, depois de driblar o goleiro. Em seguida, Dadá recebeu na marca do pênalti e chutou forte. 




 
Messias salvou, de cabeça. O América chegou com Ademir e Felipe Augusto. O Náutico corre do rebaixamento. Tem os mesmos 34 pontos do Paraná, primeiro na zona de rebaixamento, mas com saldo de gols melhor. O jogo era muito disputado no meio-campo, com boa marcação.
 
O Náutico chutava mais. Tinha a obrigação de vencer. O América conseguia segurar o ímpeto do adversário e equilibrou o jogo a partir dos 25 minutos. O 0 a 0 acabou sendo justo na etapa inicial. Veio o segundo tempo e o jogo continuou igual. 
 
Não havia muitas chances claras de gols. O América teve grande oportunidade em bola parada, na meia-lua. Felipe Augusto bateu forte, mas a bola explodiu na barreira e foi à córner. O jogo era disputado de uma intermediária à outra. Os goleiros pouco trabalhavam. Kieza pediu falta na entrada da área, quando Messias o tocou. 




 
O árbitro ignorou. No último lance da partida, Jorge Henrique fuzilou e o goleiro americano fez grande defesa. O jogo era muito ruim, mas o América, com esse pontinho, mantinha-se na liderança da competição, com 67 pontos, já garantido na elite nesta temporada. Lisca, jogadores e diretoria estão de parabéns. O América é um orgulho para Minas Gerais. O time que mais honrou o nome do estado na temporada 2020, que só terminará em fevereiro.

CRUZEIRO

Praticamente cumprindo tabela, já que a volta à elite não vai acontecer, o Cruzeiro recebe o Oeste, em BH, nesta quarta-feira. O clube mineiro vive seu calvário, com dívidas gigantescas, salários atrasados, e sem perspectivas para esta temporada, que deverá começar em março, já que as competições terminam em fevereiro. Jogadores entrando na Justiça, pedindo rescisão indireta de contratos, Dedé, pedindo R$ 35 milhões, e por aí afora. 
 
Nem mesmo a permanência de Felipão está garantida, já que uma das promessas da diretoria era a de manter os salários em dia, e ela não está conseguindo isso. Sinceramente, não vejo uma luz no fim do túnel para o Cruzeiro. 
 
A cada dia, a cada mês, a situação se agrava. Não sei por quanto tempo o clube suportará viver assim. Ganhar títulos é fundamental, porém, quando há responsabilidade. Contratar de forma irresponsável e inflacionar a folha salarial, é um grave problema. A conta chegou, e para o Cruzeiro ela chegou bem dolorosa. O clube vive quase uma situação de insolvência. Um gigante, combalido!




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