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Estado de Minas COLUNA DO JAECI

Quem é o favorito para o clássico entre América e Cruzeiro

'Nunca tive medo em apontar favoritismo de A ou B. Futebol é momento, por que não apontar?'


01/12/2020 12:00

Cruzeiro e América vivem momentos diferentes na Série B(foto: Montagem com fotos de Bruno Haddad/Cruzeiro e Mourão Panda/América)
Cruzeiro e América vivem momentos diferentes na Série B (foto: Montagem com fotos de Bruno Haddad/Cruzeiro e Mourão Panda/América)


América e Cruzeiro se enfrentam nesta quarta-feira (02/12) pela Série B. O Coelho, melhor e mais bem-treinado time do Estado, vive um grande momento. Vice-líder da B, é o favorito.

Nunca tive medo em apontar favoritismo de A ou B. Futebol é momento, e se neste momento o América é o time mais bem treinado, mais equilibrado, sobrando na competição, por que não o apontar?

O Cruzeiro, que vive seus piores dias, desde sua fundação, até melhorou com Felipão, mas ele chegou tarde demais. A cada rodada vem a certeza de que o time vai permanecer na Série B, ano que vem, o que será vergonhoso para um clube tantas vezes campeão.

Somente o Fluminense, em 1996, caiu e não voltou à elite. Ao contrário, foi rebaixado para a C. E, vale lembrar, que Botafogo e Vasco estão prestes a cair, com campanhas sofríveis, abaixo do ridículo.

Imaginem a Segundona, ano que vem, com Cruzeiro, Vasco e Botafogo! Vejam que as 3 equipes têm dívidas que superam a casa do R$ 1 bilhão. Por isso, a cada dia, fico mais confiante de que somente o clube-empresa poderá salvar o nosso futebol, tão maltratado por dirigentes incompetentes e amadores.

O Botafogo tem um novo presidente e já se movimenta para tornar-se empresa. Com um passivo gigantesco, não há outro caminho. É sabido que a maioria dos clubes brasileiros vive a mesma situação. Alguns contrataram jogadores com salários de Europa e a conta chegou. Não há como faturar R$ 300 milhões e gastar R$ 500 milhões. A conta não fecha e o passivo só aumenta.

O clube-empresa vai tornar as associações de futebol fortes, regidas por leis rígidas, com responsabilidade fiscal dos dirigentes, que deverão ser remunerados. O presidente de um clube-empresa deverá ser o CEO, muito bem preparado, capaz de entender como funciona a engrenagem de uma grande empresa. Esse negócio de dirigentes amadores, que nada recebem, e trabalham por amor ao clube, não cabe mais. Profissionalização é a palavra de ordem.

Voltando ao clássico, como dá gosto ver o América jogar. É um time intermediário do nosso futebol, mas, que neste momento, trabalha como time grande. Lisca é um baita treinador. Talvez o apelido de “doido” não o tenha permitido treinar as grandes equipes do país. Porém, depois desse belíssimo trabalho no Coelho, já é possível que ele sonhe mais alto. E teve um baita caráter ao recusar propostas de times da Série A e do mundo árabe. Ele vai cumprir seu compromisso, provavelmente, até garantir o América na Série A, e, quem sabe, levar o time à final da Copa do Brasil. Nada é impossível no futebol, ainda mais, quando se tem um time organizado e de muita qualidade. Garotos que acreditaram no trabalho de Lisca e se propuseram a mostrar que uma das soluções para os clubes brasileiros são as divisões de base. Sempre foi assim. Os maiores times da nossa história foram construídos em casa, nas divisões inferiores. É preciso resgatar esses velhos e bons tempos.

O Cruzeiro pode até vencer, pois o futebol é o único esporte coletivo em que o mais fraco pode vencer o mais forte. E, nesse momento, o time do Cruzeiro - vejam bem, o time, não a instituição -, é mais fraco que o time do América. Por isso, não tenho medo em apontar o favorito. Isso não implica dizer que o América já venceu. Nada disso. Mas que as chances são bem maiores, não há a menor dúvida.

O Coelho vai disputar as semifinais da Copa do Brasil dias 23 e 30 deste mês. Sim, os jogadores terão que abrir mão do Natal e révellion, ou comemorar sem exageros. Por causa da pandemia do novo coronavírus, esta temporada está atípica, exigindo sacrifícios de todos nós.

Aliás, vai aqui um apelo aos jogadores, que servem de exemplo, principalmente para os jovens. Por favor, usem máscara e evitem aglomeração, principalmente em lugar público. A doença do coronavírus é terrível, não tem vacina ainda, e é preciso cuidar da sua saúde, da sua família e do outro. Responsabilidade é a palavra de ordem.

No mais, bom clássico aos torcedores do bem, em suas casas, é claro. Enquanto não tivermos a vacina, nada feito. Jogos sem público ainda são a melhor opção. A juventude deveria repensar seus valores. Baladas, festas, praias lotadas é tudo o que o coronavírus quer, para contaminar mais a mais pessoas. Vamos nos preservar. A sociedade de bem agradece. A máscara ainda é a o melhor remédio. Ela protege você, sua família e o próximo.

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