Jornal Estado de Minas

COLUNA DE JAECI CARVALHO

Cruzeiro não pode ficar refém de um treinador defensivo

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Nesta segunda-feira teremos Cruzeiro x CRB, pela Série B. O Cruzeiro em busca da reabilitação com um time fraquíssimo, um técnico ruim e muitas cobranças.

Entendo que mudar de técnico, nem sempre dá certo, Mas o Cruzeiro não pode ficar refém de um treinador cujo o esquema tático é defensivo. Pode até ganhar do CRB, mas isso não vai tirar dele a responsabilidade por não ter um esquema de jogo de acordo com a tradição do Cruzeiro. Eu já o teria demitido, por achá-lo fraco, técnico de Série B, como sempre coloco. 





Também, jamais deixei de reconhecer que o material humano que ele tem em mãos é fraco, tecnicamente, sem condições de vestir a camisa azul. Sem poder contratar, por punição imposta pela Fifa, a coisa tá feia.

ATLÉTICO

O Atlético derrotou o Coritiba por 1 a 0, no Couto Pereira, e assumiu a terceira posição do Brasileirão, com 15 pontos, e uma partida a menos. É muito estranho ver o Sampaoli colocar Marrony aos 42 do segundo tempo, mantendo o péssimo Keno como titular. Será que alguém está determinando isso? 

(foto: Pedro Souza/Atlético)


Não dá para entender. Marrony foi a melhor contratação feita pelo patrocinador. Keno foi do Palmeiras. Muito estranho! Ele joga mal todas as partidas, mas é intocável. O Galo teve a chance de matar o jogo no primeiro tempo. Não o fez, e tomou sufoco nos 45 minutos finais. Por sorte, o ataque do Coxa esteve mal, e o Atlético conseguiu a vitória.

O Atlético é mais time que o Coritiba, não há dúvidas. Porém, jogando na casa do adversário, tinha que tomar suas precauções. O jogo era muito pegado no meio-campo, embora o Atlético tivesse maior posse de bola, o que é já normal sob o comando de Sampaoli. 





O time da casa usava o artifício das faltas, pois não conseguia parar o ataque atleticano de outra forma. Sinceramente, só não entendo o motivo de Sampaoli manter Keno no time titular. Um jogador, que até aqui, não disse ao que veio. Jogador absolutamente medíocre. 

Vejam que Sampaoli tira todo mundo do time, menos Keno, muito estranho isso. Marrony, que é um baita jogador, já ficou no banco em vários jogos. Eu já disse que refugos do Palmeiras não podem ser titulares no Atlético. 

Não foi um jogo em que o Galo massacrou e que obrigou o goleiro adversário a fazer grandes defesas. Mas, o Galo se impôs, mesmo fora de seu terreiro, mostrando que não poderia perder pontos para time inferior. 





Com o empate do Inter, o Galo pensava grande, já que ele tem um jogo a menos. Uma vitória o levaria aos 15 pontos e ao terceiro lugar, sendo que com um jogo a menos, em caso de vencer seu jogo atrasado, se tornará líder com 18 pontos.

O que o patrocinador fez com o Galo, contratando quem Sampaoli quis, foi realmente para buscar algo grande. Não sei se a conquista da taça, pois o próprio técnico disse que precisa de mais 5 reforços, mas, pelo que tenho visto do Brasileirão, está pior a cada ano. 

Grêmio, Flamengo e Palmeiras, cantados em versos e prosas, estão muito mal. Não passam confiança a seus treinadores. 

Como Sampaoli joga para vencer, ainda que corra o risco de tomar uma goleada, o Galo surge no cenário, no qual não aparecia, antes de o Brasileirão começar. 





E para confirmar tudo o que estou dizendo, Eduardo Sasha aproveitou um rebote de um escanteio e, livre de marcação, fuzilou, para abrir o placar. Galo 1 a 0. O time alvinegro foi para o vestiário com a vantagem.

No segundo tempo, o Coritiba voltou melhor, disposto a empatar. Tentou espremer o Galo, mas faltava-lhe qualidade. Sassá, sempre nervoso, comprou o barulho do companheiro, agredido por Júnior Alonso. 

O comentarista puxa-saco do Atlético, que nem jornalista é, condenou o Sassá quando ele empurrou o Júnior Alonso, sendo que o zagueiro do Galo bateu pesado no atacante do Coxa. Infelizmente o jornalismo hoje está uma brincadeira. Qualquer um fala o que quer, acha que é verdade absoluta.

Graças a Deus eu comento na Rádio Tupi, maior audiência do rádio brasileiro. Lá, todos temos nosso time, mas ninguém veste a camisa quando está trabalhando. Quem nasceu para ser regional jamais será nacional. Segue o jogo. 





O Galo não fez um bom segundo tempo. Sampaoli quis segurar os 3 pontos. O Coritiba tentava, mas era um time muito fraco. O Galo só pensava em chegar aos 15 pontos, assumir a terceira colocação, com um jogo a menos. 

Gente, como esse Savarino é ruim. Velocidade ele tem, falta-lhe talento e qualidade. Quando o Coxa apertou, Rafael salvou o time mineiro. Ele tem sido um grande goleiro e deixa Sampaoli, que queria outro no seu lugar, sem graça. 

Como eu disse, o técnico tem que treinar o goleiro do jeito que ele quer, e, Rafael tem sido muito bom debaixo dos paus, e com muita qualidade na reposição com os pés. O tempo passou, o Galo conseguiu seu objetivo.





Venceu e agora vai para a Vila Belmiro encarar o Santos, num jogo difícil, mas com um Atlético com moral e um técnico que conhece muito bem o time peixeiro.

LUGAR DE BANDIDO É NA CADEIA


O CT do Figueirense foi invadido por bandidos, travestidos de torcedores, que bateram em jogadores e dirigentes. Lugar de torcedor, do bem, protestar, é na arquibancada. Esses caras que foram lá não são torcedores e sim bandidos. O presidente do Cruzeiro recebeu, no fim de semana, uma torcida organizada. Está errado. Torcida organizada não é dona do clube. Que proteste na arquibancada, em paz. Torcedor que vai a CT soltar foguete e que tenta intimidar jogadores, não é torcedor, é bandido. E, nesse caso, cabe a Polícia, prendê-los e entregar à Justiça. 

Enquanto não tiver uma autoridade de saco roxo para acabar com essas facções, vamos ver cenas de violência, recorrentes, rodando o mundo. Uma vergonha! E a culpa é dos dirigentes, que pagam salas, telefone celular e alugam ônibus para essas facções acompanharem seus times. Isso tem que acabar. 

Torcedor do bem é o que paga pay-per-view, que faz o plano do sócio torcedor e que vai para a arquibancada, vaiar ou aplaudir. Ali é o lugar de protesto, não onde os jogadores estão trabalhando. Punição aos bandidos, travestidos de torcedores.