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Estado de Minas COLUNA DO JAECI

Crise entre Sette Câmara e Castellar é prenúncio de eleição rachada no Galo

"Não há outro termo que não seja o racha. A eleição de dezembro deverá ser uma das maiores guerras dos últimos tempos"


19/07/2020 04:00 - atualizado 18/07/2020 22:06



O Atlético viveu sua fase de ouro de 2012 a 2014, sob o comando do presidente Alexandre Kalil, com sua equipe fiel, Adriana Branco e Rodolfo Gropen. O momento é conturbado no clube, pois há um racha entre o presidente atual e o presidente do Conselho, Castellar Guimarães. Em entrevista a mim, há alguns meses, Castellar disse que postular a presidência do clube é legítimo, pois preenche todos os requisitos necessários para a disputa. Não sei se ele será mesmo candidato, mas, se for, brigará para vencer. Tenho a certeza de que o verdadeiro atleticano não esqueceu os momentos marcantes nas conquistas, coisa que não acontecia desde 1971. Na hora de pesar na balança entre o poder do dinheiro e o poder de quem conhece realmente futebol, vai tender para o segundo. Há casos de vários clubes no Brasil onde os investimentos financeiros não deram certo. E há casos em que com pouco dinheiro, mas muita competência, os títulos vieram. Foi o que aconteceu em 2013-14, com as conquistas de Copa Libertadores, Copa do Brasil e Recopa. Como escrevi outro dia, acho que a união de correntes seria saudável para o Galo. Entretanto, se as coisas não estão nesse nível, com certeza teremos uma eleição rachada.

Fazer futebol é para poucos. É para quem conhece do riscado. No Brasil, há dirigentes que nem sabem se a bola é redonda, vaidosos, que adoram aparecer na mídia. Uma coisa é fato: o Atlético é dos 8 milhões de torcedores espalhados pelo mundo. Uma gente fanática, comprometida com o clube, apaixonada a ponto de “torcer contra o vento e a tempestade, se a camisa alvinegra estiver no varal”, frase eternizada pelo saudoso escritor Roberto Drummond. Portanto, é preciso cuidado com a instituição, carinho, zelo e comprometimento. Já vi vários filmes de contratações de jogadores que não deram certo. A “Selegalo”, de 1994, é um dos péssimos exemplos. Quando um clube tem alguém que manda de verdade, não se compra um sabonete sem a sua autorização. É lamentável ver que a crise política se instalou no Atlético. Não há outro termo que não seja o racha. A eleição de dezembro deverá ser uma das maiores guerras dos últimos tempos. A única coisa que é preciso ser dita é que o Atlético não está à venda. Uma instituição gigantesca como essa não tem preço!

Força Tardelli

Diego Tardelli foi a notícia triste do Atlético nos últimos dias. O torcedor está empolgado com os reforços e com o técnico Sampaoli. Os reforços têm o objetivo de fazer do Atlético um time vencedor. Não é fácil contratar tantos jogadores e encaixar imediatamente. Diego Tardelli é peça fundamental dessa engrenagem, por ser ídolo da torcida, grande jogador e porque estava afinadinho com Sampaoli. Vi uma declaração dele dizendo que estava contente com os métodos de treinamento do argentino. Uma pena que ele fique fora desse resto de ano. Mas é bem possível que volte no começo do ano que vem, a tempo de ajudar o Galo na busca de uma vaga na Libertadores ou, quem sabe, do próprio título do Brasileiro. Tardelli é um profissional exemplar, cumpridor de seus deveres, que não teve boa fase no Grêmio. No Galo, porém, a camisa é sua própria pele, e não há a menor dúvida de que fará falta, principalmente na orientação aos mais jovens. Tomara que sua recuperação seja mais rápida do que se espera. A cirurgia foi um sucesso e ele já está fazendo a fisioterapia.

Fiz uma enquete no meu perfil no Instagram, jaecicarvalhooficial, na qual perguntei aos atleticanos mais coerentes o que eles pensam do time nesta temporada. Se os jogadores vão brigar pela taça ou se vão apenas buscar vaga na Libertadores. Confesso que houve uma divisão: 50% para cada lado. Não há como negar que uma vaga na Libertadores do próximo ano será uma conquista, pois, ano passado, o Galo brigou até as últimas rodadas para não cair.

Um grande legado

O técnico português Jorge Jesus se despediu do Flamengo na sexta-feira e volta ao clube que o consagrou em sua terra, o Benfica. Amigo do presidente e com um contrato de três anos, vai tentar fazer o time encarnado novamente campeão. Eu não tinha dúvidas de que ele já estava acertado, pois o momento é delicado aqui no Brasil, por conta da COVID-19, quase que sem controle, e pelo fato de voltar para sua terra, Portugal. JJ deixa um grande legado de seis títulos em um ano: Brasileiro, Libertadores, Supercopa, Recopa, Taça Guanabara e Campeonato Carioca.

Teve apenas quatro derrotas, o que representa dizer que o número de títulos é maior que as derrotas. Ele resgatou o verdadeiro futebol brasileiro, da arte, do toque, do drible, da tabela, do gol. Que seja feliz no Benfica. Como flamenguista, fica o meu agradecimento e dos 42 milhões de torcedores espalhados pelo mundo. Obrigado, Mister, você está em nossos corações.

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