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Estado de Minas COLUNA DO JAECI

COVID-19: futebol só pode voltar após o ok das autoridades médicas

Entendo a dificuldade de dirigentes sérios em manter os compromissos com jogadores, clubes e torcedores, mas, no momento, não há o que fazer


postado em 29/04/2020 04:00

Por causa da pandemia do novo coronavírus, ainda não há previsão para o retorno dos jogos de futebol no Brasil(foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press - 7/3/19)
Por causa da pandemia do novo coronavírus, ainda não há previsão para o retorno dos jogos de futebol no Brasil (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press - 7/3/19)


Economistas do governo brasileiro querem a volta do futebol o mais rapidamente possível. Como se fossem eles médicos ou autoridades sanitárias. A própria CBF, que comanda o futebol no país, com prudência e inteligência, espera as determinações das autoridades médicas para dar um norte ao nosso esporte mais popular. Minha gente, Manaus está enterrando gente em covas coletivas até na parte da noite, São Paulo não tem mais leitos, assim como vários municípios do Rio de Janeiro e do país, e tem gente querendo apressar a volta do futebol. Ah, Jaeci, mas na Europa já há clubes treinando! Sim, lá a pandemia começou três meses antes do Brasil, que agora vê a coisa pegar fogo, sem que o pico da pandemia tenha chegado.

A previsão dos médicos e analistas é de que isso acontecerá em maio e junho. Portanto, meus caros, é prematuro falar na volta do futebol pelas bandas da América do Sul. Entendo a dificuldade de dirigentes sérios em manter os compromissos com jogadores, clubes e torcedores, mas, no momento, não há o que fazer. É necessário sim preservar vidas e esperar o momento certo de voltar.

Os estaduais deveriam terminar do jeito que estão. Não justifica ocupar mais alguns meses para concluir uma competição retrógrada e ultrapassada. O ideal seria começar o Brasileirão, que é rentável e atraente, assim que as autoridades médicas e sanitárias derem o ok, e, se for necessário, que ele invada 2021.

Aliás, sempre fui a favor de igualarmos nosso calendário ao europeu. Quem sabe essa não é a grande chance? O Campeonato Brasileiro começaria em agosto e terminaria em maio. Copiar o que dá certo é sempre louvável. Como os jogadores estão em férias em abril, que tenham uma folguinha no Natal e réveillon e que voltem firmes no começo de janeiro, com a competição em andamento.

Os estaduais já deveriam ter sido extintos do nosso futebol. Competições sem apelo técnico, financeiro, com nível técnico abaixo da crítica. Não sei o motivo de insistirem com tal competição. O Brasileirão, com 38 rodadas, tem sido um sucesso, principalmente para os times organizados: Flamengo, Palmeiras e Grêmio. Os outros, figuram na competição. O Cruzeiro, nem isso. Está na Série B do Brasileiro por causa da roubalheira que fizeram no clube. Caso de polícia e de cadeia.

Tem gente que vive em outro planeta. Vibram com um programa lixo chamado Big Brother, que nada acrescenta em nossas vidas, que faz intriga, fofoca e deseduca as pessoas. Faz festa particular, como a tal de Pugliesi, que eu nem sabia quem era até ela ter sido infectada pelo novo coronavírus, e dá ibope a gente despreparada a desconhecida.

Acho legal a live dos artistas e a doação das pessoas. Só não entendo o motivo de elas não doarem o ano inteiro, pois o Brasil tem mais de 30 milhões de pessoas vivendo na mais completa e absoluta miséria. É “bonito” demais ver as pessoas e empresas doando e tendo o nome divulgado. Quem quer fazer de verdade, não precisa divulgar. Conheço pessoas que ajudam instituições há anos e até evitam ter o nome publicado. Esses sim, fazem por amor e não para aparecer.

Quando vejo um banco dizer que doou milhões para o combate ao novo coronavírus, sinto vontade de vomitar. Sim, esse é o termo. Instituições que tem lucro de R$ 26 bilhões no ano, que tiram o couro do povo, que cobram juros exorbitantes, que mandam no Brasil. Esses bancos merecem o meu desprezo. Estão bilionários às custas do suor do povo e da desgraça de alguns. Banco não têm coração. Toma tudo se você ficar devendo.

Enfim, tem gente usando a frase de Arrigo Sacchi, que eu divulgo há anos, e que ouvi ele dizer quando perdeu a Copa do Mundo para o Brasil, em 1994: “O futebol é a coisa mais importante entre as menos importantes da vida”. Ainda bem que tem até dirigente percebendo isso!

Portanto, que o futebol volte sim, porém, com outra roupagem. Com dirigentes mais sérios e conscientes, que não usem o clube em causa própria, com jogadores mais comprometidos e técnicos ganhando dentro da realidade econômica do Brasil. Que repensem o calendário e que tenhamos jogos de nível, com a base dos clubes fornecendo grandes jogadores, como era no passado. E que volte com a autorização de médicos e sanitaristas. Não é nenhum político ou economista que tem que dizer a hora certa de voltar. Mal, mal, eles entendem da matéria que comandam. Muita calma nesta hora! A vida em primeiro lugar!

Mentirosos ficam com cara de tacho

Há alguns meses eu disse que Jorge Sampaoli pediu o zagueiro, Dedé, além de mais um goleiro, e que dos zagueiros que o Atlético tem, ele só gosta de Gabriel. Pois é, alguns idiotas tentaram desmentir, mas o tempo é o senhor da razão e implacável. Dedé confirmou que foi sondado pelo Atlético e que pode vestir a camisa alvinegra, além de ter dito que reduziu sim, e que o ex-diretor de futebol do Cruzeiro, o tal Bolicenho, mentiu. A imprensa vive noticiando que Sampaoli quer também mais um goleiro, e eu antecipei que Campaña, do Independiente da Argentina, é o preferido. A verdade sempre vem à tona. O único problema é que com a quebra dos clubes, principalmente por causa do novo coronavírus, não há como contratar ninguém, a não ser que parceiros queiram bancar, sem cobrar de volta a grana emprestada.


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