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Estado de Minas COLUNA DO JAECI

Muricy avisa para dirigentes não entregarem o Galo a Sampaoli

Ou o Atlético enquadra Sampaoli, mostrando que a banda na Cidade do Galo toca diferente, ou se tornará refém de seus caprichos e decisões


postado em 16/04/2020 04:00

Treinador atleticano Jorge Sampaoli, que já dirigiu as seleções do Chile e da Argentina, além do Sevilla(foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)
Treinador atleticano Jorge Sampaoli, que já dirigiu as seleções do Chile e da Argentina, além do Sevilla (foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)


O ex-técnico Muricy Ramalho, tetracampeão brasileiro, três vezes pelo São Paulo e uma pelo Fluminense (o quinto título tomaram dele naquela vergonhosa partida Inter x Corinthians, em 2005, quando Tinga sofreu pênalti e ainda foi expulso, de forma equivocada), dá um aviso importante ao Atlético: “Sampaoli chega e quer mandar em tudo”. Muricy está certíssimo. Já escrevi que quando um técnico é a estrela máxima de um time há algo muito errado. 

O alerta de Muricy é baseado em tudo o que Sampaoli fez no Santos, onde mandava mais que o presidente, exigindo a contratação de 17 atletas, vários estrangeiros que nem sequer usou. “O técnico é empregado do clube, e não dono. O Sampaoli se comportou dessa maneira e, com isso, o Santos errou demais nas contratações”, diz Muricy. Concordo com ele em gênero, número e grau. 

Cá pra nós, o que Sampaoli fez de tão diferente dos outros técnicos? Nós, da imprensa, exaltamos um vice-campeonato brasileiro que jamais foi comemorado por clube nenhum. A carência de treinadores brasileiros fez com que isso acontecesse em relação ao argentino. Não nego que o trabalho dele foi bom e revolucionário, mas ganhou o quê?
Vejo as especulações de mercado dando conta de que o Galo teria oferecido uma fortuna por 50% dos direitos do zagueiro do Santos Lucas Veríssimo, exigência de Sampaoli. Cerca de R$ 30 milhões por 50% de um zagueiro! Pelo amor de Deus! Em que planeta os dirigentes do Galo estão vivendo? 

Se nas divisões de base do clube não conseguem formar um zagueiro de nível, então fechem as portas. Essa história de treinador mandar e desmandar em clubes é um absurdo. Claro que a composição do time tem que passar por ele, que deve indicar o que pretende. Porém, tem que trabalhar com grande parte do material humano que lhe é oferecido. Se não topar isso, que não assine o contrato. 

Acompanhei a contratação de Sampaoli desde os primeiros passos do Atlético, pois tinha um bom informante. Sei que ele pediu o mundo, e os parceiros do clube prometeram cumprir as exigências. Justamente por isso ele aceitou, já que havia recusado o clube na primeira tentativa, em dezembro. Conforme antecipei, ele quer um goleiro que jogue com os pés, e disse aos dirigentes que dos zagueiros do clube o único de que  gosta é Gabriel. Porém, pelo jeito, vai ter que entubar os outros.

A torcida do Galo está achando que Sampaoli tem a varinha de condão e, num toque de mágica, vai tornar o time campeão. Ledo engano! Se tiver time e grupo, poderá fazer algo diferente de seus antecessores. Caso contrário, vai dar com os “burros n'água”. Sabemos que alguns argentinos se sentem “deuses” e querem mandar e desmandar. Além de custar muito caro, Sampaoli não é gentil com ninguém. Parece que é o dono do mundo porque fez um bom trabalho na Seleção do Chile e no Santos. No Sevilla e na Seleção Argentina, foi um fracasso. Parece-me um tanto quanto inconstante. 

Como Jorge Jesus deu certo no Flamengo porque é um técnico altamente competente, um gentleman e um cara de ótimo trato, os clubes brasileiros acham que todos os técnicos estrangeiros são como ele. Primeiro, a língua facilita e os portugueses são nossos irmãos. Segundo, Sampaoli fala muito rápido e será difícil para os jogadores atleticanos entenderem. Sou a favor de um  estrangeiro até no comando da Seleção Brasileira. Prefiro Luxemburgo ou Renato Gaúcho, os melhores técnicos brasileiros no momento. Mas, se a CBF não os vê assim, para o lugar de Tite eu traria um estrangeiro. E esse estrangeiro seria Jorge Jesus, jamais Sampaoli. Eu desfalcaria meu time, Flamengo, mas a Seleção ganharia um baita treinador, em condições de ser campeão do mundo.

O recado de Muricy está dado. Ou o Atlético enquadra Sampaoli, mostrando que a banda na Cidade do Galo toca diferente, ou se tornará refém de seus caprichos e decisões. Com isso, vai passar mais uma temporada em branco – se ainda tivermos competições neste ano, por causa do coronavírus. 

Quando um técnico é contratado, imagino que ele conheça o clube, a forma de jogar e os atletas que estão lá. Portanto, com uma ou outra contratação pontual ele deve transformar esses limões em uma boa limonada. Não acho que Sampaoli vá se comportar assim. A diretoria, que até aqui passou em branco em termos de conquista, aposta todas as fichas num argentino instável, “meio louco” e com um estopim bem curto, uma espécie de fio desencapado.

País da piada pronta

Por causa da pandemia do novo coronavírus, a Justiça brasileira soltou os estupradores, condenados Roger Abdelmassih e o curandeiro João de Deus. Eles estão cumprindo prisão domiciliar. Recebi milhares de mensagens condenando essa liberação, considerada humanitária, pela idade dos condenados.Como ficam as dezenas de mulheres e as famílias atacadas por esses monstros? Na hora em que cometeram os estupros, eles não pensaram no crime que estavam cometendo, e não tiveram nenhum ato de humanidade. Por que agora as autoridades devem ter esse ato humanitário por eles? Não vi nenhum país do mundo pôr estuprador em prisão domiciliar. O Brasil não é mesmo um país sério! Esses monstros tinham que apodrecer na cadeia! VERGONHA! 

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