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Moreno chegou para ser feliz. Fred foi embora sem deixar saudades

Fred não vai deixar a menor saudade e entra para a história dos jogadores que ajudaram a derrubar o clube. Já Marcelo Moreno chega com a missão de ajudar na reconstrução do Cruzeiro


postado em 19/02/2020 04:00 / atualizado em 18/02/2020 19:22

Marcelo Moreno foi recebido com muita festa da torcida cruzeirense na sede do Barro Preto(foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)
Marcelo Moreno foi recebido com muita festa da torcida cruzeirense na sede do Barro Preto (foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)

 
Marcelo Moreno chegou, Fred está indo embora. Que seja feliz, provavelmente no Fluminense, que deverá cometer a irresponsabilidade de pagar algo entre R$ 500 mil e R$ 1 milhão mensais. Não vai deixar a menor saudade no Cruzeiro e entra para a história dos jogadores que ajudaram a derrubar o clube, sujando sua história. Fred foi um grande artilheiro. Até 2012, conhecia as redes como poucos, embora nunca tenha sido campeão da Champions League, por exemplo, ou se destacado na Europa.
Jogou no Lyon e foi apenas campeão francês. Eu adoro os europeus e sua frieza. Os ídolos por lá são valorizados, mas, quando se trata de jogadores que não conseguem mais render o esperado, fazem uma homenagem e o dispensam. Aí, os clubes brasileiros, com mania de grandeza, repatriam os conterrâneos pagando salários irreais. Vejam o caso de Daniel Alves no São Paulo. R$ 1,5 milhão por mês para jogar aquela “pedrinha” que está jogando. Como consequência da irresponsabilidade dos dirigentes, o clube atrasa salários e vive grave crise financeira. E olha que o tricolor paulista sempre foi referência nesse quesito. Fred tem uma dívida com o Galo, segundo a Justiça, que gira em torno de R$ 13 milhões. O Atlético não vai abrir mão e vai até a última instância para receber o que lhe é devido. Quem sabe o jogador faz um acordo com o Flu e consegue a grana para quitar a pendência? Como o presidente Mário Bitencourt é apaixonado pelo futebol de Fred, ídolo tricolor, talvez cometa essa insanidade. Por isso os clubes brasileiros estão quebrados, de pires na mão, reféns das TVs que transmitem seus jogos. E, a continuar essa política de pagar salários astronômicos e irreais, vão continuar mendigando cotas de TV antecipadas.
 
O Brasil é um país com 13 milhões de desempregados e 30 milhões vivendo do subemprego. Faço questão de repetir isso a cada vez que abordo esse assunto para o torcedor entender que não se deve pagar salários absurdos a jogadores, num país onde o salário mínimo é de R$ 1.045, um dos menores do mundo. Se dividirmos pelo dólar a R$ 4,50, vamos perceber que o brasileiro vive, em média, com US$ 320, um salário de fome que envergonha todos nós. A economia em frangalhos e os clubes com mania de grandeza, contratando ex-jogadores em atividade, pagando o que têm e o que não têm. Será que os dirigentes não sabem o que é um ex-jogador em atividade? Vou explicar: são jogadores que atuaram bem até um certo ponto da carreira e, que no fim dela, fazem contratos milionários, “enganando”, como eles próprios dizem. Como o dinheiro não sai do bolso do dirigente e ele não tem responsabilidade fiscal pelos atos que comete, os contrata e faz média com a torcida. Já passou da hora de o futebol brasileiro voltar aos velhos e bons tempos, quando as divisões de base dos clubes eram comandadas por gente que conhecia do riscado, onde os empresários não entravam e de onde saíam grandes jogadores, que defendiam os clubes por várias temporadas. Depois que começaram a pôr na base amigos, que de bola nada entendem, o futebol virou essa promiscuidade que a gente vê. Há clubes que gastam fortunas nas divisões inferiores e não conseguem revelar nem um centroavante sequer. Há algo muito errado, realmente.
 
Quanto a Marcelo Moreno, que tem 32 anos, ele ainda tem muita lenha pra queimar, é artilheiro e tem amor pela camisa cruzeirense. Vai ganhar R$ 250 mil mensais, conforme me relatou, nesse primeiro ano, para ajudar seu clube a subir. Moreno abre mão de um contrato de R$ 50 milhões. Ganharia isso entre salários e prêmios nos dois próximos anos, de acordo com o que me disse. Sua volta tem dois motivos: a epidemia do coronavírus – ele não poria sua família em risco pelo dinheiro – e seu amor pelo clube. Ele sempre me disse que queria jogar pelo Cruzeiro no ano do centenário. Terá, então, sua grande chance. Levar o Cruzeiro de volta à elite e disputar a Série A em 2021, quando o clube do Barro Preto completará um século de fundação. Boa sorte, Moreno. Você é um grande ídolo da China Azul.


Mundo de ódio e frustrados

As redes sociais, principalmente o Instagram, se transformaram numa arma perigosa para os odiosos e frustrados do Brasil. É impressionante o ataque que eles fazem às pessoas públicas sempre que acontece alguma coisa que os desagrade. Já passou da hora de o Instagram, Facebook e outras ferramentas exigirem CPF, identidade e endereço daqueles que querem fazer parte das redes. Os crimes cibernéticos ainda são punidos timidamente. Garanto que no dia em que houver uma condenação dura, os revoltados, odiosos e frustrados vão pensar 10 vezes antes de mandar mensagens ofensivas. Fiquei com dó dos companheiros Tiago Leifert e André Rizek. O último foi ameaçado de morte por uma facção organizada porque criticou algo no Corinthians. É preciso identificar os que ameaçam e puni-los com os rigores da lei. Sugiro aos companheiros bloquearem os odiosos. É a melhor resposta.

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