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Estado de Minas COLUNA DO JAECI

Cruzeiro está a três jogos do inferno ou do céu

Apesar de depender de tropeços do Ceará, principalmente, time celeste ainda pode se safar. Resta saber se Adilson Batista e os jogadores serão capazes


postado em 30/11/2019 04:00

Torcida não perdoou o armador Thiago Neves por ter perdido pênalti contra o CSA(foto: Ramon Lisboa/EM/D.A Press)
Torcida não perdoou o armador Thiago Neves por ter perdido pênalti contra o CSA (foto: Ramon Lisboa/EM/D.A Press)


Quatro técnicos em uma única temporada. Uma diretoria envolvida em acusações de corrupção, lavagem de dinheiro e outras falcatruas. Ex-jogadores em atividade ganhando R$ 1,5 milhão mensais, R$ 900 mil, e por aí afora. Um time que mais parece um bando em campo. Lamento por jogadores que realmente vestem a camisa do clube como segunda pele, casos de Fábio, Henrique, Dedé e Leo, além dos jovens que entraram na fogueira, tentando salvar o clube. Esses, citados, merecem o respeito da torcida e de todos nós. Os demais, na elite ou na Segundona, que o Cruzeiro os ponha para fora, e que nunca mais os empregue. Sei que as multas rescisórias serão altíssimas e que o clube está quebrado e endividado, devendo mais de R$ 500 milhões na praça. Porém, algo precisa ser feito, de forma urgente. Não há mais condições de o Cruzeiro viver essa angústia. Um time que não ganha do CSA e do Avaí, no Mineirão, vai ganhar de quem? Quando Abel Braga foi contratado para o lugar de Rogério Ceni eu avisei aqui que Abel era um ex-técnico em atividade, que não se modernizou, não se reciclou. Demoraram dois meses para enxergar isso e a vaca está dentro do brejo. Uma fonte me revela que os treinamentos dele eram dignos de pena, de quem realmente parou no tempo e no espaço.

Adilson Batista chega com a responsabilidade de fazer, em três jogos, o que Mano, Ceni e Abel não conseguiram durante a passagem deles. Abro um parêntese para falar sobre a responsabilidade de Mano, caso a queda se concretize. Mano poupou vários jogadores em partidas importantes, priorizando Libertadores e Copa do Brasil. Não ganhou uma nem outra, e acabou de afundar o Cruzeiro no Brasileirão. Mano é aquele mesmo que disse não a Zezé Perrella para assumir o Corinthians na Segundona, e o mesmo que saiu e largou o Cruzeiro na mão na gestão de Gilvan para ganhar dinheiro na China. Depois, voltou, ganhou duas Copas do Brasil, com futebol pífio, e deu um pé na bunda do Cruzeiro quando viu que o barco estava afundando. Se o Cruzeiro cair, 50% da queda poderão ser atribuídos a ele. Quando a diretoria contratou os jogadores, em dezembro e janeiro, eu avisei que eram todos fracos para vestir a camisa azul. Não deu outra. Os caras ganham fortunas e se omitem nas horas mais difíceis.

O áudio que vazou de Thiago Neves cobrando salários atrasados ao homem-forte do futebol, Zezé Perrella, é um direito legítimo dos jogadores. Salário é coisa sagrada e tem que ser pago em dia, como determina a lei. Porém, o momento da cobrança foi inoportuno. Thiago dá a entender que se o dirigente “pagasse 60% dos salários, os jogadores venceriam o CSA. Caso contrário, não”. E, como não pagou, o Cruzeiro perdeu, e, curiosamente, Thiago Neves bateu a penalidade máxima, que daria o empate e a possibilidade de virada, para fora. Não posso crer que ele fez aquilo de propósito, mas, pelo áudio vazado ontem, muita gente acha que sim. Thiago Neves foi campeão no Fluminense, jamais foi alguém na Seleção Brasileira e ficou no mundo árabe muitos anos. Quando foi contratado, eu disse que era ex-jogador em atividade. Ele é aquele que gosta de sacanear companheiros de profissão e jornalistas nas redes sociais. É o mesmo que fez gracinha com a tragédia de Brumadinho, fazendo um paralelo com o Atlético num post desrespeitoso e agressivo. Tá aí, Thiago Neves, a justiça dos homens pode falhar, mas a divina não. Você brincou com o sentimento de centenas de famílias que tiveram seus entes mortos naquela tragédia. Você quis zoar um clube da grandeza do Atlético, você não mediu suas palavras. Agora, está perto de provar do próprio veneno. Aqui se faz, aqui se paga. O inferno é aqui!

Conheço Adilson Batista desde os tempos de jogador do Cruzeiro, quando eu trabalhava na Globo. Quando ele quebrou a perna, fui o único jornalista a fazer matéria com ele e pôr no Globo Esporte, dando-lhe força. Por isso, é grato a mim até hoje. Gosto muito do trabalho dele e de sua pessoa, mas acho que não há mais jeito de salvar o Cruzeiro. A única esperança é o Ceará perder seus jogos, pois, se depender de o Cruzeiro ganhar, esqueçam. Esse time está fadado à queda e isso só não acontecerá se o Ceará tropeçar tanto quanto. Não acredito que o Cruzeiro vença Vasco e Grêmio, fora de casa. E nem o Palmeiras, na última rodada. Os desmandos foram muitos e a conta chegou. Um clube que se orgulhava de ser organizado financeiramente e campeoníssimo dentro das quatro linhas está agonizando, com uma dívida de mais de R$ 500 milhões, uma folha salarial de R$ 20 milhões, salários atrasados e na zona de rebaixamento. O que falta para que o ano de 2019 seja o pior da gloriosa história do clube? Só mesmo a queda para a Série B, que vai manchar a história vencedora do Cruzeiro Esporte Clube. Enquanto há vida, há esperança. E aos agressores, que invadem CTs e vão a aeroportos bater e xingar os jogadores, vai aqui um recado: viram como a violência não resolve nada?. O que resolve é atitude dos jogadores, dos dirigentes e do técnico. O resto é só balela! Ainda está nas mãos do Cruzeiro, mesmo dependendo de outros resultados. Porém, com três vitórias ele escapará da queda. Adilson Batista e os jogadores serão capazes disso? Dia 8 de dezembro, ou até mesmo antes disso, a resposta será dada!



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