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Estado de Minas COLUNA DO JAECI

Cruzeiro: vencer ou morrer na Lagoa da Pampulha

Uma vitória hoje sobre o CSA é obrigação e primordial para que a Raposa consiga se livrar do fantasma do rebaixamento


postado em 28/11/2019 04:00 / atualizado em 27/11/2019 23:10

O Cruzeiro conta com o apoio da torcida para conseguir se livrar do rebaixamento à Série B(foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press - 10/11/19)
O Cruzeiro conta com o apoio da torcida para conseguir se livrar do rebaixamento à Série B (foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press - 10/11/19)


Um time sem corpo e alma. Um técnico que não consegue transmitir aquilo que deseja. Vários ex-jogadores em atividade, ganhando fortunas, e uma torcida com medo de que sujem a história gloriosa do clube com a queda para a Segunda Divisão. Porém, o adversário de hoje é fraco, praticamente rebaixado, mas que deu trabalho ao campeão, Flamengo, no Maracanã, perdendo apenas por 1 a 0. Tem aquele ditado de que “porco magro é que suja a água”. Os ingressos foram postos a preço de banana com o objetivo de encher o Mineirão. Os dirigentes são assim. Quando estão com a corda no pescoço, fazem tudo para conquistar os seguidores na esperança de que apoiem o time. E pedem para que não haja vaia. Aí vai depender do comportamento da equipe em campo. Ela, que é o maior patrimônio esportivo do clube, está de saco cheio de ouvir determinados nomes que ganham fortunas e não resolvem. Jogadores que não têm compromisso com a camisa ou com a instituição. A maioria, de aluguel, que chegou nessa temporada e não conhece a história de grandeza do Cruzeiro. Um clube quebrado financeiramente, com dívida monstruosa e sem perspectiva futura. Ou alguém acha fácil pagar uma dívida de mais de R$ 500 milhões? Sem crédito na praça e com as contas atrasadas, o primeiro objetivo é se manter na elite. Depois, os dirigentes vão pensar no que farão. E as tais eleições em janeiro, vão acontecer? Ninguém fala mais nada sobre a política do clube.

O governo criou uma outra lei, que pune as facções organizadas por até cinco anos fora dos estádios em caso de brigas, mortes e invasão de CTs e aeroportos. Alguém acredita nisso? Já criaram tantas leis que não são cumpridas. O que falta mesmo é alguém com vontade de satisfazer os anseios da sociedade e acabar com essas facções. Um dos dirigentes dessas facções disse que é impossível controlar 110 mil integrantes. Então, que se fechem as portas, pois o que não tem controle não pode existir. O homem-forte do futebol azul, Zezé Perrella, pediu que os torcedores não vaiem os jogadores, que não os recebam em aeroportos e que ajudem o time a sair dessa situação. Ele está certo nos quesitos protestos em CTs e recepção em aeroportos. Porém, no quesito vaia, está totalmente errado. Esse time atual do Cruzeiro, com algumas exceções, só merece ser tratado por vaias e faixas de protestos na arquibancada. E, de preferência, por torcedores anônimos, que pagam seus ingressos por amar o clube de verdade, e não por gente que usa o clube para pagar salas, celulares, ônibus de viagem.

Os jogadores não têm culpa de ter sido contratados. Não bateram na porta do Cruzeiro pedindo emprego. Foram sondados e contratados, alguns com salários absurdamente altos e fora do contexto. R$ 500 mil no Cruzeiro é salário de jogadores medianos. Os considerados medalhões ganham em torno de R$ 1 milhão. E tem aquele que ganha R$ 1,5 milhão, tem premiação extra e outras vantagens mais. A folha está na casa dos R$ 20 milhões mensais, inimaginável para um clube que sempre teve os pés no chão. Há os que merecem ganhar muito bem, casos de Fábio, Henrique, Leo e Dedé, jogadores que realmente se entregam e amam o clube. Outro dia, um internauta me contestou sobre Dedé, porque ele fez uma festa para a esposa no aniversário dela. Ele tem todo o direito. Estava em seu dia de folga e quis fazer uma festa para a esposa. O momento talvez não seja adequado para festas, mas isso não tira o comprometimento de Dedé com o clube. É sim um excelente zagueiro, um profissional exemplar. E eu digo mais: tem jogador que não aparece em festas ou baladas, mas toma todas em casa. Quando a fase é boa, ninguém contesta, mas quando o time vive uma possível situação de queda, a cobrança é imediata.

O problema do Cruzeiro é desorganização, falta de futebol e um grupo fraco. Só que somos culpados também, pois, no começo do ano, todos apontávamos o Cruzeiro como finalista de todas as competições que disputaria. No papel, o time era isso. Na prática, foi um desastre. Já disse que não existe essa de corpo mole entre os atletas. Um ou outro pode até ser, mas a maioria é responsável, chefe de família e tem caráter. Uma queda para a Segundona, por mais que eles não fiquem no clube, sujará suas imagens. Portanto, jogadores, o adversário de hoje é apenas o CSA, com todo o respeito que esse time, que demorou anos para voltar à elite, merece. Uma vitória é obrigação e, com certeza, se ela vier, fará o torcedor respirar mais aliviado, com 39 pontos. Porém, nos últimos três jogos, contra Vasco e Grêmio, fora, e Palmeiras, em casa, o Cruzeiro precisará fazer seis pontos. Será que consegue? E, ainda que não consiga, restará uma alternativa: os concorrentes são tão ruins, caso de Ceará, Botafogo e Fluminense, que os três pedem passagem e licença ao Cruzeiro para voltar à Série B. Botafogo e Fluminense já frequentaram lá algumas vezes, e o Ceará tem cadeira cativa, subindo algumas vezes. Já o time azul jamais esteve, e sua torcida nem quer admitir essa possibilidade, embora seja bem real neste momento!





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