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Estado de Minas COLUNA DO JAECI

Jesus veio salvar o futebol brasileiro

O técnico português está fazendo o futebol brasileiro reviver os velhos e bons tempos. Com ele, o Flamengo faz um gol e quer sempre mais. O time não recua, não há retranca


postado em 28/10/2019 04:00 / atualizado em 27/10/2019 20:06

O português Jorge Jesus, técnico do Flamengo(foto: Mauro Pimentel/AFP %u2013 21/8/19)
O português Jorge Jesus, técnico do Flamengo (foto: Mauro Pimentel/AFP %u2013 21/8/19)
 

 

Multipliquem R$ 20 milhões por 12 meses. O total dará R$ 240 milhões, uma fábula, um prêmio da Powerball, loteria americana. Pois é, senhoras e senhores, esse é o custo anual da folha de pagamento do Cruzeiro. A maior parte dela, destinada aos jogadores. Uma vergonha que um clube, que talvez não fature isso por ano, gaste essa fortuna para manter alguns ex-jogadores em atividade, técnicos ultrapassados e outras coisas mais.

 

E esse time é o mesmo que empatou com o Fortaleza, na noite de sábado, no Mineirão, onde Egídio, Fred e outros jogadores foram vaiados. Salvam-se o goleiraço, Fábio, que veste a camisa como se fosse sua pele, Henrique, Dedé, que passou por nova cirurgia, e Leo, que está machucado. Esses, honram a camisa de verdade e merecem o que ganham. Os demais, lamentavelmente, não têm condições. Alguns são ruins mesmo, não conseguem produzir em cima da expectativa criada em torno deles. Deivid é um exemplo. Egídio é lamentável. O Palmeiras o empurrou, goela abaixo do Cruzeiro, e ficou com Diogo Barbosa. Ele não conseguiu jogar no Leste Europeu, por que conseguiria no Cruzeiro?


A situação continua delicada, e nem mesmo a ajuda do Fluminense, que empatou com a quase rebaixada Chapecoense, em casa, foi motivo para deixar o Cruzeiro com a faca e o queijo na mão para sair do rebaixamento. Com o empate com o Fortaleza, manteve-se na zona do inferno, e parece querer fazer o torcedor sofrer até o final da competição. Eu já disse que Chapecoense, Avaí e CSA vão cair. Os dois primeiros já caíram. O time do CSA é um dos filmes mais horrorosos que já vi no futebol. Portanto, cruzeirenses, resta uma vaga no inferno, a ser disputada por Cruzeiro, Fluminense, Ceará e Fortaleza. Eu já tiro até o Botafogo dessa lista. Não é possível que um time com uma folha de pagamento 10 vezes maior que Fluminense, Ceará e Fortaleza não consiga se safar e se manter na elite. Contrataram Abel Braga, acreditando que ele faria milagre. Gente, ele não conseguiu dar padrão de jogo ao Flamengo, que é um timaço, por que conseguiria fazer o Cruzeiro reagir?


O futebol é um mundo à parte, onde um técnico é demitido por deficiência técnica e vai dirigir outro time, ganhando até mais do que ganhava. E é sabido que os salários desses caras beiram R$ 1 milhão mensais, uma irresponsabilidade total. A única profissão do mundo em que o cara “cai pra cima” é a de treinador de futebol. Ele faz um péssimo trabalho num clube, é mandado embora, e vai para outro, ganhando até mais. Quer dizer: premia-se a incompetência, a falta de qualidade e planejamento. Os técnicos brasileiros, com exceção a Renato Gaúcho, Vanderlei Luxemburgo e Tiago Nunes, são uma vergonha. Preguiçosos, não estudam tática, estão ultrapassados e não sabem fazer uma equipe jogar. Precisou vir um português para, em quatro meses, ensinar como se faz. Alguns técnicos, invejosos, disseram que “ele não ganhou nada na Europa”. Gente, “a inveja é uma merda”, como diz um adesivo que circula em vários carros do país. O cara inovou o futebol brasileiro, fazendo-o reviver os velhos e bons tempos, seu time faz um gol e quer sempre mais, não recua, não há retranca, joga com apenas um volante de marcação, Willian Arão, e os outros todos estão livres para criar. Inclusive o próprio Arão, que tem qualidade e faz muitos gols.

 

Sua equipe pressiona o adversário do início ao fim, e ele jamais poupa jogadores ou privilegia uma ou outra competição. Disse que “o dia da folga é para recuperação, e que em dois dias, os jogadores estão inteiros novamente”. Essa é a cultura europeia, mas, para os técnicos brasileiros, poupar é melhor, pois eles não têm repertório para fazer uma equipe jogar bem em todas as competições. Jorge Jesus não faz milagres. Ele trabalha com o material humano que tem e mostra como as peças devem se encaixar.

 

E não me venham dizer que ele tem uma seleção nas mãos, pois Abel também teve e nada fez.  Todos os grandes técnicos só vencem com um grupo de qualidade. Vejam Guardiola, Klopp e outros vencedores. Sem material humano de qualidade, ninguém faz milagre. Ponham Jesus no Cruzeiro ou no Atlético e ele não conseguirá muita coisa. Porém, deixem ele montar a equipe e verão do que é capaz. Jorge Jesus tem sido uma benção para o futebol brasileiro. Podem torcer contra o Flamengo, não há problema nenhum nisso. Os recalques são aceitos. Mas não torçam contra o futebol brasileiro. O que o Flamengo faz hoje é resgatar o nosso verdadeiro futebol, aquele que sempre teve grandes times e muitos gols. Torcer contra Jorge Jesus é torcer contra o nosso renascimento. Mas, se vocês preferem Tite, Felipão, Dunga e Mano Menezes, esses caras que acabaram com o futebol brasileiro, tudo bem. Leve-os para seus times. No meu Flamengo eu quero Jorge Jesus.

 

Abriria mão dele em prol da Seleção Brasileira, para criar uma nova mentalidade e para termos chances de sonhar com o hexa. Os nomes de Felipão, Mano, Dunga e Tite deveriam ser retranca. Eles são muito bons nisso. 1 a 0 é goleada. 0 a 0, um grande resultado. Para Jesus, não. O futebol está bem além do medo de perder. Ele tem é vontade de ganhar. Por isso, vai se tornar campeão brasileiro e, muito provavelmente, da Libertadores. Sei que os técnicos brasileiros estão torcendo contra, para não dar certo. Porém, já deu meus caros. O torcedor enxergou muito bem a proposta de jogo do português. Ele dá um nó tático em todos vocês. Comemorem os títulos que ganharam no passado, com futebol medíocre, jogando na retranca, pois a partir desse Flamengo, a coisa mudou. Se os dirigentes quiserem enxergar e seguir o caminho, ótimo. Se não, como bem afirmou o eterno e mais vencedor presidente do Atlético, Alexandre Kalil, “acabou o futebol brasileiro”. O Flamengo está arrumado, com um grupo de qualidade e um técnico de dar inveja a qualquer um. O Flamengo é referência no Brasil. Sigam o líder!

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