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Estado de Minas COLUNA DO JAECI

Dólar dispara, e Neymar quer ser coadjuvante

"Neymar é um grande jogador, não há dúvida. O problema é sua vida extracampo, que o tem colocado no hall das celebridades, aparecendo muito mais nas colunas sociais do que nas páginas esportivas"


postado em 14/08/2019 04:00 / atualizado em 13/08/2019 21:23

Contratado por cinco anos pelo PSG, Neymar deve deixar o clube: destino seria a volta à Espanha(foto: LIONEL BONAVENTURE/AFP - 4/5/19)
Contratado por cinco anos pelo PSG, Neymar deve deixar o clube: destino seria a volta à Espanha (foto: LIONEL BONAVENTURE/AFP - 4/5/19)


Dólar passando dos R$ 4, economia quebrada, país parado, e o povo preocupado sobre onde Neymar irá jogar. Pode ser que tudo tenha sido definido pelo Barcelona quando você estiver lendo esta coluna. Porém, quero retratar aqui a falta de compromisso dos jogadores brasileiros com os clubes europeus. Não é a primeira vez que um jogador faz “beicinho” e não quer jogar pelo clube que o contratou pagando uma fortuna. Neymar chegou ao PSG como a transação mais cara do futebol mundial, 222 milhões de euros (na época, cerca de R$ 850 milhões), pela porta da frente, com honras até dos controladores da Torre Eiffel, um dos monumentos mais importantes da França. Depois de duas temporadas frustrantes, sairá pela porta dos fundos, escorraçado pelos torcedores. O príncipe catariano decepcionado e o plano de tê-lo como garoto-propaganda para a Copa do Mundo do Catar indo por água abaixo. O PSG cumpriu com Neymar tudo o que foi acordado. Desde as centenas de milhões de reais que ele ganha por ano até o status de estrela com regalias. Quem não cumpriu nada do que prometeu foi o jogador brasileiro. Chegou para ganhar uma Champions League e ser o protagonista do time. Não conseguiu nem uma coisa nem outra.

Neymar é um grande jogador, não há dúvida disso. O problema é sua vida extracampo, que o tem colocado no hall das celebridades, aparecendo muito mais nas colunas sociais do que nas páginas esportivas. Em duas Copas do Mundo, fracassou também. Na última, na Rússia, foi motivo de chacota mundial. É mal assessorado e está jogando a carreira no lixo. Sonhou em ser o melhor do mundo, mas não figura nem entre os 10 melhores jogadores do planeta bola. Uma frustração só. Pelo jeito, ele não está muito preocupado com isso, pois foi visto em um show em Lisboa no último fim de semana. Ao voltar ao Barça, assumirá novamente a condição de coadjuvante pois lá existe um jogador compromissado com o clube, chamado Lionel Messi, um craque, um jogador de outro planeta. Com ele Neymar poderá sonhar novamente com a conquista da Champions League, que ganhou em 2015, com Messi de protagonista.

Uns nasceram para comandar, outros, para serem comandados. Neymar se conformou em ser comandado. E agora terá de jogar ainda mais, pois o Barcelona contratou o francês Griezmann, que joga demais. Já existe Suárez, e Neymar será o quarto coadjuvante do time catalão. O importante, porém, é que se sinta feliz. No PSG ele foi um fracasso, com contusões, jogos ruins e nenhuma identidade com clube e torcida. No Barça, mesmo sendo coadjuvante, tem o apreço de parte dos torcedores, pois outra parte o condenou quando deixou o clube. Eu tenho uma admiração grande pelo comportamento ético e correto dos jogadores argentinos. Não me lembro de um que tenha se rebelado em seu clube na Europa e pedido para voltar à Argentina. São mais profissionais que os brasileiros, são mais respeitadores e cumprem à risca seus contratos. Uma pena ver um craque como Neymar pedindo na porta do Barcelona para ser contratado. Não acredito que a negociação mele, pois, como escrevi acima, é possível que a essa altura tudo esteja acertado com o Barça. Porém, se der uma zebra, o príncipe catariano não hesitaria em deixá-lo apenas treinando três anos sem jogar – e recebendo seus salários. Dinheiro para os catarianos não é problemas, e o que Neymar está fazendo é descumprir o contrato de cinco anos, pelo qual ganha uma fortuna, sem justificar. Que ele volte ao Barça, seja feliz, mesmo como coadjuvante, e que possa levar o Brasil aos seus melhores dias. Sem Neymar, as chances de o Brasil ganhar a Copa do Mundo são zero. Enquanto isso, o dólar dispara e o Brasil está parado. Acordem, políticos. O país está quebrado e precisa se reerguer.

Ceni chegou

Não esperem milagre de um jovem treinador disposto a se firmar no mercado, dirigindo um grande clube. Rogério Ceni ainda é uma aposta, mas sem a colaboração dos jogadores não chegará a lugar nenhum. O grupo cruzeirense é bom, mas alguns jogadores estão rendendo abaixo do esperado, e outros não têm futebol para vestir a camisa azul. Ceni pode ser campeão da Copa do Brasil em apenas três jogos. Para isso, bastará vencer o Inter por dois gols de diferença, ou nas penalidades, caso faça 1 a 0, e vencer os dois jogos da final. Seria uma façanha na sua carreira. Acho difícil, mas nada está definido. Boa sorte e que ele consiga pôr o Cruzeiro ofensivo, que é o DNA do clube,

Dívidas

Além da dívida de mais de R$ 10 milhões que o Cruzeiro e Fred têm com o Atlético, agora o ex-lateral Mena cobra outros R$ 10 milhões. O clube precisa administrar sua vida financeira de forma coerente. Chega de aparecer nas páginas policiais, com a diretoria acusada de corrupção, lavagem de dinheiro e outras coisas mais. É preciso uma definição da Justiça, para o torcedor saber em quem confiar. E, mais do que isso, é preciso quitar os compromissos assumidos.

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