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Estado de Minas COLUNA DO JAECI

Galo ganha, mas é eliminado no Horto

O Cruzeiro está na semifinal da Copa do Brasil. Um time copeiro, com um técnico retranqueiro e um futebol pobre


postado em 18/07/2019 04:00

(foto: Ramon Lisboa/EM/D.A Press)
(foto: Ramon Lisboa/EM/D.A Press)

O Atlético ficou apenas no gostinho. Venceu o Cruzeiro por 2 a 0, gols de Cazares e Patric, mas acabou eliminado da Copa do Brasil. O Cruzeiro foi uma vergonha. Com a filosofia do técnico Mano Menezes, retranqueiro ao extremo, só não foi eliminado porque não pegou um Palmeiras ou um Santos, por exemplo. É inadmissível uma equipe com tantos jogadores caros e folha de R$ 20 milhões jogar tão pouco. Acuado, atrás da linha da bola, sem iniciativa, com um centroavante preso entre os zagueiros, que praticamente não tocou na bola. Não é esse Cruzeiro que o torcedor está acostumado a ver. O Cruzeiro é um time que joga bonito, mas, com Mano, isso é impossível. Entretanto, enquanto estiver ganhando competições mata-matas, o torcedor não vai querer saber. Ele vai amar Mano Menezes caso ganhe a Copa do Brasil pela terceira vez seguida.

O primeiro tempo foi de um time só. Um Cruzeiro acovardado e um Atlético em cima, querendo fazer o placar que precisava. As melhores chances aconteciam pela direita, onde Patric, fazia bom jogo. A barração de Luan deu outra vida ao Galo, que tinha em Otero e Cazares uma dupla afiada. Dois belos chutadores e uma pressão incrível. Só dava Atlético. Mano Menezes, com seu time todo recuado, colocava o Cruzeiro em situação delicada. E com Fred no time, tinha um homem a menos.

A pressão culminou com o gol de Cazares, duas defesas gigantescas de Fábio e vários escanteios a favor do alvinegro. O Cruzeiro segurava a grande vantagem, mas isso preocupava seu torcedor. Nem parecia aquele Cruzeiro do Mineirão. Um time apático, sem corpo e sem alma. No Horto, só dava Galo e o time azul deu sorte de descer para o vestiário perdendo apenas por 1 a 0.

Veio o segundo tempo, a pressão continuou, mas, num contra-ataque, aos 15min, a bola sobrou para Pedro Rocha, que empatou num frangaço de Victor. Porém, o VAR (árbitro de vídeo) chamou o árbitro para apontar falta de Marquinhos Gabriel em Fábio Santos. O juiz anulou o gol e marcou falta para o Galo, na entrada da área do Cruzeiro. Na confusão entre os jogadores, Alerrandro e David foram expulsos.

O jogo caiu de produção. Ricardo Oliveira e Luan entraram em campo. Oliveira fuzilou a trave. A movimentação foi a mesma do primeiro tempo. Um Atlético querendo os gols, no mínimo, para levar para as penalidades e o Cruzeiro querendo o empate. O tempo foi passando e, aos 47, Patric acertou um chutaço, no ângulo, de fora da área, fazendo o segundo gol. Porém, o tempo era curto para o terceiro gol. Nada feito. Não deu.

Eu avisei que era improvável este Atlético se classificar, pela grande vantagem do time azul. Não deu outra. O Cruzeiro está na semifinal da Copa do Brasil. Um time copeiro, com um técnico retranqueiro e um futebol pobre. O Atlético vai passar o ano sem conquistar uma taça sequer. Nem mesmo o Mineiro, campeonato fraco e sem apelo, conseguiu ganhar. Dias sombrios virão. Um time que tornou-se campeão na era Kalil, hoje faz sua torcida sofrer, com eliminação em cima de eliminação.

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