Jornal Estado de Minas

TURISMO E NEGÓCIOS

Minas para o Mundo


Minas Gerais tem um patrimônio colonial tão representativo e expressivo que, por muitos anos, as cidades históricas coloniais reinaram sozinhas no imaginário das pessoas e, consequentemente, no fluxo turístico do estado.



Nos últimos anos, a presença do maior museu de arte contemporânea a céu aberto do mundo, o Inhotim, e a modernidade e gastronomia de Belo Horizonte, criaram no estado um contraponto entre o barroco mineiro, a capital como porta de entrada e polo cultural moderno e a arte contemporânea no consumo do turismo no estado.

Só isso já seria suficiente para tornar o estado de Minas Gerais um dos mais atrativos do Brasil. Mas, pasmem, ainda tem muito mais para se conhecer no estado!

E para apresentar Minas para o mundo, com toda sua diversidade, há que se trabalhar com estratégia, e mais, de maneira conjunta. Sem entrar muito em questões técnicas, mas trazendo aqui a reflexão de que, para o turismo acontecer, uma grande cadeia precisa não só ser movimentada, mas articulada. Nesse sentido, olhar estrategicamente para o território, entender quais são os grandes motivos que levarão as pessoas para os lugares e experiências e promover o turismo dentro e fora do Brasil, são táticas essenciais.

Por isso, as ações que vêm sendo trabalhadas no estado, considerando a transversalidade da cultura – o motivo, da economia criativa – o consumo e do turismo – a atividade, transformam e organizam as ideias em ações efetivas, que se traduzem nos números do setor do turismo.



Um exemplo são as ações de promoção internacional com participação em feiras em Frankfurt, Las Vegas e Barcelona, bem como promoção nacional, na feira da Associação Brasileira das Agências de Viagem (ABAV) e Festival de Turismo de Gramado, que o estado vem articulando e participando. 

Esta semana ainda, uma ação bem articulada do estado com Sebrae, CDL Belo Horizonte, Cemig e Visit Brazil Travel Association, em Portugal, apresentou Minas Gerais de uma maneira simples, leve e estratégica para a imprensa portuguesa, influenciadores digitais e agências de viagem. Só não houve simplicidade na apresentação arrebatadora da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, aos pés da Torre de Belém, em pleno 7 de setembro, no bicentenário da independência do Brasil. A apresentação reuniu mais de 3 mil pessoas que se emocionaram com o espetáculo.

A tradição mineira e também sua diversidade foram apresentadas ao público, capaz de apoiar na transformação dos números do turismo no estado, engordando os bons resultados que já podem ser percebidos, como os mais de 400 mil desembarques no estado apenas no mês de junho.



O turismo, que foi claramente o setor mais afetado na pandemia do covid, vem crescendo de uma forma surpreendente. Afinal, o consumidor entendeu que o lazer não é supérfluo, e que precisa entrar no planejamento financeiro das famílias, para garantir não só a saúde física, mas também emocional.

Do outro lado, vemos um setor que já consegue apresentar números e alcançar metas, como a geração de 100 mil empregos no setor, prevista pelo programa de retomada do turismo, o Reviva, para dezembro de 2022, e que já alcançou 96% da meta.

O que no início amedrontou os setores do turismo e da cultura de Minas Gerais, unidos em uma única pasta, hoje já apresenta uma harmonia e maturidade para caminharem juntos, afinal são interdependentes. Para Leônidas Oliveira, Secretário de Estado de Cultura e Turismo, “essa maturidade torna o trade capaz de melhorar o ticket médio do turismo no estado. Por isso, as ações de promoção internacional são tão importantes, como a agenda em Portugal esta semana. Afinal o país é o maior case de turismo do momento e o principal elo entre o Brasil e a Europa”. 





Já não podemos mais acreditar que o turismo profissionalizado irá acontecer no Brasil apenas por suas belezas naturais e arquitetônicas. Isso é apenas o potencial que temos e que, realmente, andava represado. A pandemia trouxe essa urgência em tratar o setor com profissionalismo, e o aprendizado com outros destinos já consolidados é essencial.

É fato que não podemos, nem devemos importar ações prontas, mas pensar o turismo com esses destinos, como foi o caso da experiência em Portugal. Mas isso, já é assunto para os próximos textos.

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