Jornal Estado de Minas

SOMOS TAMBÉM AS NOSSAS REFERÊNCIAS

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Na música, assim como na vida, temos nossos ídolos e normalmente colocamos cada um deles no alto de prateleiras imaginárias. Meu ídolo no piano é César Camargo Mariano, inventor do estilo brasileiro de tocar. Especializou-se em acompanhar cantoras, a mais conhecida delas Elis Regina, foi inclusive a sua mulher. No rock, escolho Jon Lord, tecladista do Deep Purple. Falecido em 2012, era um monstro tocando seu órgão C3 Hammond. Duas referências de artistas que têm como ponto forte construir a base para o brilho dos intérpretes.

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Ao buscar informações no Google, estamos repetindo o que acontece em nossas vidas desde o nascimento. Quando bebês, tentamos copiar os gestos e ações de nossos pais. Mais crescidos, já crianças, queremos algum objeto para tentar incorporar nossos super-heróis. E, ao controlar nossos movimentos, buscamos aprender coreografias, como o moonwalk de Michael Jackson ou outros passos para dançar alguma música de sucesso.

Na adolescência, eu escutava repetidas vezes as músicas que adorava para tirar os solos ou os acordes. Recentemente, vimos algumas fotos na internet em que gorilas, criados em cativeiro no Congo, ficam em pé para ficar mais parecidos com seus humanos protetores.

O mundo tecnológico, que tanto nos observa, está em busca de aprimorar o conhecimento de nossas referências para nos oferecer alguma coisa. No início da carreira do Skank, sabíamos tudo sobre os Paralamas, uma banda que bebe em fontes musicais parecidas com as nossas, principalmente as originadas no Terceiro Mundo, como a Jamaica. Lavoisier já falava sobre a inexistência de algo realmente novo ao dizer: “Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”.

A referência é importante para dar uma noção de aonde você pode chegar ou quem você gostaria de ser. Este jeito de agir aproxima as pessoas que pensam parecido com você ou que gostam das mesmas coisas. As redes sociais, que tanto gastam o nosso precioso tempo, são baseadas nisso. Somos muito previsíveis e repetitivos, mas isso nos dá segurança. Ao sair em busca de algo realmente novo, caímos num vazio que pode ser perturbador. Você já parou para pensar quais são as suas referências?
google/reprodução

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