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COLUNA HIT

Público lotou o Arena Hall por duas noites, em BH, para ver Lulu Santos

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“Barítono”, a nova turnê de Lulu Santos, oferece muito mais do que os fãs podem esperar de um grande show. A começar pela pontualidade. Três minutos depois do horário marcado, às 22h, a banda tomou seu lugar, ao som de funk. Na sequência, Lulu deu as primeiras notas de “Toda forma de amor”, que ganhou, digamos, atualização. O verso “Eu sou seu homem/ você é minha mulher” foi alterado para “Eu sou um homem/ você é o que quiser”. Empolgada, a plateia cantou com Lulu o refrão “E a gente vai à luta/ E conhece a dor/ Consideramos justa/ Toda forma de amor”.





Se Lulu foi pontual nos shows do último fim de semana, no Arena Hall, na terceira música os retardatários continuavam a chegar. Muito folgados, iam se acomodando perto da área destinada a cadeirantes e pessoas com deficiência. Isso exigiu paciência dos brigadistas para explicar que o local é área de circulação e precisa ficar livre.  Naquela altura do campeonato, Lulu já tinha o público nas mãos, ao prestar homenagem a Rita Lee, interpretando “Caso sério”, um dos hits da roqueira, que morreu em maio.

Lulu Santos e o baixista Jorge Ailton. 'Meu irmão de outro planeta', segundo o cantor (foto: Guilherme Leite/divulgação)


Não bastassem os sucessos que, indiscutivelmente, marcaram algum momento da vida dos fãs, Lulu guardou para quase o final do show a homenagem aos trabalhadores de sua turnê. “Tenho o prazer de trazer à cena e apresentar, para o carinho, reconhecimento e aplausos de vocês, a nossa equipe técnica. São os nossos homens de preto”, anunciou. Lulu contou que esta turma chega 12 horas antes de a plateia entrar e vai embora de seis a oito horas depois de o último fã sair. “São os trabalhadores. Como eles mesmo gostam de se chamar, são a Graxa”, disse. Foram aplaudidíssimos.

O vocalista Robson Sá conquistou a plateia no Arena Hall (foto: Guilherme Leite/divulgação)


A emoção daquele momento remete aos tempos cruéis da pandemia, quando, entre tanta gente que sofreu com a chegada da COVID-19, montadores de palco, roadies, carregadores, técnicos de luz e som foram duramente afetados pela falta de dinheiro e trabalho, devido à suspensão de eventos culturais. Foi uma homenagem simbólica. Curiosamente, o cenário do show não trazia telão de LED. Nada contra a tecnologia, mas os recursos usados em “Barítono” – metros de voil sob o palco, além da luz – criaram a maior sintonia com o repertório. Assinado por Karen Araújo, o cenário foi executado por Clissa Cohem. Lulu elogiou também “as três costureiras fabulosas da zona do Porto do Rio de Janeiro”, responsáveis por aquela beleza.