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Mineiros assinam o projeto da Pina Contemporânea, na Pinacoteca de SP

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Desde o início do mês, a Pinacoteca de São Paulo oferece novo espaço para a arte, com a inauguração da Pina Contemporânea. O prédio tem 6 mil metros quadrados de área construída e dois espaços expositivos, Grande Galeria e Galeria Praça.





Com isso, o complexo da Pinacoteca, que inclui a Pina Luz e Pina Estação, é o segundo maior museu da América Latina, perdendo apenas para o Museu Nacional de Antropologia do México.

Obras de arte dialogam com o projeto arquitetônico (foto: André Scarpa/Divulgação)


O projeto foi selecionado entre10 propostas conceituais que participaram de chamamento público. Na fase final, o estúdio mineiro Arquitetos Associados apresentou proposta com outro escritório para o conselho da Pinacoteca, diretoria e órgão de preservação das três instâncias. O primeiro estudo foi feito em 2018. Tudo ia bem até que a pandemia obrigou a fazer mudanças. O escritório ofereceu novo estudo, aprovado pela Pinacoteca.

A coluna ouviu arquitetos envolvidos, que também assinam projetos no Museu do Pontal, em Inhotim e na Bienal de Veneza

André Prado, Carlos Alberto Maciel, Alexandre Brasil, Paula Zasnicoff e Bruno Santa Cecília fazem parte do escritório Arquitetos Associados (foto: Anna Lara/Divulgação )


Em entrevista, Jochen Volz, diretor da Pinacoteca, disse que a abertura do espaço é o maior evento desde a reinauguração do prédio da Pina Luz. Qual é a importância desse projeto?
Carlos Alberto Maciel – É o projeto mais importante que construímos até aqui, por sua complexidade, seu sentido público e a possibilidade de articular muitos tempos. Ele sintetiza respostas para investigações de nossa prática, especialmente sobre o museu contemporâneo. O espaço mais importante é a praça, o vazio que conecta o museu, o parque e os visitantes, ampliando as possibilidades de diálogo entre arte, arquitetura e cidade. Um convite às várias formas de criatividade acontecerem.





A pandemia foi um desafio para todos com projetos em desenvolvimento. Como a crise sanitária afetou o trabalho? No caso da Pina Contemporânea, como vocês driblaram os percalços?
Bruno Santa Cecília – Havia outro projeto, maior, que deu lugar a este, mais conciso, menor em área e mais aberto. Houve redefinição em termos ambientais, o que aumentou a integração com o parque. Nesse sentido, a pandemia foi uma oportunidade de reflexão crítica sobre o que era realmente essencial no projeto.

Silvio Oksman diz que espaço acolhe várias formas de criatividade (foto: Lela Beltrão/Divulgação )


Qual é o grande destaque do projeto levado a cabo na Pinacoteca de São Paulo?
Sílvio Oksman – Oferecer à cidade um espaço inclusivo e aberto, onde o público pode ter contato com a arte de forma livre. É, ao mesmo tempo, um espaço de convívio para livre apropriação que acolhe a criatividade em todas as suas formas.

Depois que Pina Contemporânea foi aberto ao público, entregue à população, o que mais chamou a atenção de vocês?
Paula Zasnicoff – A naturalidade com que as pessoas chegam por todos os lados, mas especialmente pelo Parque da Luz, que ficou mais colorido com a abertura total da praça do museu. E também a espontaneidade no desejo de permanência neste espaço.