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Amigos lamentam a morte do empresário Edmundo Lanna, dono do Buona Tavola!

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Edmundo Lanna com Ana França Pinto e Pichita Lanna, sua mãe, em evento social no Far East, em 2012 (foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press)


As manhãs de domingo, no período de pouco mais de meia hora na correria enquanto me preparava para voltar a Sete Lagoas, eram sempre marcadas por encontros com Edmundo Lanna. Ele chegando para abrir o Buona Tavola!, eu, na entrada do prédio onde moro, esperando minha carona. Edmundo, sempre com gentileza e bom humor, ao me avistar ou cumprimentava de longe ou, com tempo, aproximava-se sempre para um dedo de prosa.





Nunca deixou de perguntar sobre minha mãe, que ele não conhecia, mas sabia de toda a minha preocupação e o cuidado que tive para evitar que a COVID chegasse até ela. Os encontros durante a semana também rendiam papos rápidos, mas sempre agradáveis. Edmundo conhecia muita gente e sempre tinha uma boa história para contar. Eu, cronista diário da sociedade, ouvia com atenção. Afinal, era um pouco da história de uma Belo Horizonte que vai ficando na memória.

Sempre encontrava Edmundo com o Jonny, collie que se fazia de bravo até que começassem a brincar com ele. Edmundo tratava Jonny como filho, levando-o ao pet shop, aos passeios. Claro que o cachorro curtia tantos mimos. Jonny e Edmundo eram inseparáveis. Foi num domingo que encontrei Edmundo pela última vez, conversamos rapidinho. No meio da semana, vi que havia reunião de Edmundo com os funcionários no restaurante. E, no dia seguinte, um banner avisava que a casa estaria fechada e voltaria um mês depois. Para mim, eram férias. 

O que não sabia era que aquele seria o meu último encontro com Edmundo, que morreu no final de outubro. Para minha tristeza, só fiquei sabendo depois da missa de sétimo dia.

O trecho da Alagoas onde ficava o Buona Tavola! perdeu o movimento das noites, quando os amigos de Edmundo sempre estavam por lá. Muito mais que apenas 
para tomar umas e outras, mas para 
prestigiar o amigo.





E são os amigos de Edmundo que lembram, com saudade, a importância dele para cada um. "Foi-se um aglutinador, amigo de uma vida toda", resumiu Lincoln Sabino. "Edmundinho reunia os amigos no seu quartel-general, o restaurante Buona Tavola!, junto com seu escudeiro Jonny. Claudia, seu irmão, irmãs e amigos jogam preces para intensificar sua luz na eternidade."

Para Sérgio Gustavo Bias Fortes Pereira da Silva, o Didi, como a maioria dos amigos e amigas o chamavam, era "um cara de grandes amizades, querido, agregador e sempre disposto a orientar todos que o procuravam". Ele conta que “a amizade veio da infância, dos tempos do Instituto Santa Helena, além de ser filho de uma família muito amiga".

Para Aristóteles Drummond, ex-presidente do Conselho Fiscal da Cemig, Edmundo era um amigo encantador. "Foi uma amizade de mais de 40 anos. Devo a ele o convívio com amigos no Buona Távola!, no final de tarde, e com os bolinhos de feijão. Nas comemorações do meu aniversário, sempre trazia bolinho de feijão."

“Com sua memória excepcional e sempre atento a detalhes, repassou histórias e momentos que deveriam e mereciam ter sido escritas. Quem de nós não ligou para ele para tirar uma dúvida, saber de um lugar interessante ou até mesmo um acontecimento desta nossa BH?”, recorda Julinho Pinto Coelho.