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Transferência da AML para Ouro Preto marca 100 anos de "Revista"

No lançamento do número 81 da publicação, acadêmicos como Ailton Krenak participaram de solenidade que comoveu convidados na Biblioteca Pública de Ouro Preto


30/07/2022 04:00 - atualizado 29/07/2022 17:30

Angelo Oswaldo, Rogério Faria Tavares, Caio Boschi, Luiz Otávio de Lima Pereira e o artista plástico Jorge dos Anjos, de pé, em biblioteca em Ouro Preto
Angelo Oswaldo (à esq.), Rogério Faria Tavares, Caio Boschi, Luiz Otávio de Lima Pereira e o artista plástico Jorge dos Anjos, na sessão solene da Academia Mineira de Letras, em Ouro Preto (foto: Ane Souza/Divulgação)

Rogério Faria Tavares, presidente da Academia Mineira de Letras, definiu bem o encontro dos acadêmicos em Ouro Preto, quando a AML foi transferida para a cidade histórica, na comemoração do lançamento da edição 81 da “Revista da Academia”, que completa 100 anos.

"Foi uma cerimônia muito bonita e de significado muito forte", resumiu. "A minha impressão é de que ela ficará na minha memória por muito tempo - pela sua força, pelo seu significado histórico", acrescentou.

O encontro começou pontualmente no horário marcado, às 11h do sábado, 23 de julho. Um acidente na estrada, contudo, atrasou a chegada de alguns acadêmicos e convidados. Rogério, que abriu a sessão, mostrou que o significado daquele encontro era mais amplo que apenas o lançamento de uma obra literária. "O que nos une é a celebração da memória, da vida, da cultura, da educação, das artes e da literatura", afirmou.

Com 466 páginas, a “Revista” inclui os dossiês "Literaturas africanas de língua portuguesa" (Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe), organizado por Maria Nazareth Soares Fonseca e pelo presidente da Academia, e "Poesia indígena de Minas Gerais", organizado por Ailton Krenak e Maria Inês de Almeida.

Em sua saudação, Rogério Faria Tavares reforçou a importância da liberdade para a construção de um povo. "Povo livre, autônomo, emancipado gera cidades fortes, dotadas de instituições fortes e duradouras, capazes de formular o pensamento e fomentar as ações da coletividade."

Reverenciou a importância das bibliotecas como núcleos irradiadores de amor e entusiasmo pela leitura. "As bibliotecas são centros de formação para crianças e jovens, centros que agregam  as pessoas em torno da inteligência, da reflexão, do debate, da crítica e da paixão pela leitura. Queremos mais e mais bibliotecas espalhadas pelo território brasileiro", disse, elogiando o trabalho de todos os bibliotecários que têm a marca da paixão pelos livros e pela leitura.

Ao passar a palavra para o prefeito Ângelo Oswaldo, definiu o acadêmico como caso raro da atualidade brasileira de político que é, sobretudo, intelectual. "No cenário institucional em que predomina a mediocridade, quando não a indigência mental, a presença de Ângelo é garantia de qualidade e alto nível", elogiou.

Por sua vez, Ângelo considerou importante a transferência da AML para Ouro Preto no momento em que se comemora também o aniversário de 150 anos de nascimento do poeta Alphonsus Guimarães e os 101 anos de sua morte.

"Ele é uma referência na poesia de língua portuguesa, cada vez mais estudado", afirmou. Ângelo disse ter ficado emocionado com as palavras éticas ditas por Rogério ao longo de seu discurso. O prefeito de Ouro Preto reforçou a importância da consciência dos brasileiros para não deixar o país cair no fascismo e na ditadura.

Disse que devemos sempre lutar pela liberdade e pela democracia. Foi aplaudido com vigor. Assim como a homenagem prestada ao indigenista Bruno Pereira, assassinado no Amazonas.

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