Jornal Estado de Minas

EMBALOS DE SÁBADO À NOITE

O longo aprendizado de Roberto Borges, o Betaum, na noite de BH

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Roberto Borges (Betaum)
Médico

A minha história se inicia no ano de 2003, nas quintas-feiras da boate do Bar da Bohemia, em Lourdes. Ali, os produtores do evento – Daniel Redig, Tiago Zulu e Felipe Teixeira – identificaram em mim, cliente fiel, uma oportunidade na promoção e desenvolvimento da boate. E me convidaram para fazer parte da equipe.





Foram alguns meses de muito sucesso e lotação total da casa, sempre com a presença dos colegas da época em que cursei direito na Faculdade Milton Campos. Tais resultados gerariam grandes frutos, pois nova boate havia feito convite para que a nossa equipe assumisse a promoção dos eventos de alguns dias da semana da casa, o Clube Chalezinho.

Fui recebido por pessoas que conseguiram marcar minha vida: Ralph Marcellini e Frede Andrade. Essas pessoas me ensinaram que, além de gestão e promoção, estávamos lidando com pessoas. Talvez seja o maior aprendizado que levei para a medicina: lidar com pessoas.

Daqui em diante, vamos falar de sentimentos, emoções, relacionamentos e momentos eternos que celebrei durante 10 anos como produtor e cliente da casa. Melhores momentos – quando era localizada no Seis Pistas – junto de amigos, familiares, afetos e até desafetos.





Seguimos com vários aniversários comemorados com as maiores lotações da casa, alegrias e tristezas nas transmissões da Copa do Mundo, todo o cuidado e o carinho nas festas de Natal, o glamour nas festas de aniversário da casa e a festa dos amigos, tão verdadeira e apaixonante, além das quintas sempre mais leves e dos domingos sempre tão badalados.

Promovi todos os dias da semana da casa, com exceção das quartas de “Flash back”. Seguíamos firmes com ideias e criações, agora com a presença do querido e hoje sócio Vinicius Veloso, além da nossa querida Bia Capelaro. Tudo era válido se agregasse para o nosso público, sem perder os valores e segmentos da casa.

Junto do amado DJ Siman, vários passaram por aquelas picapes. E, após tantas reformas e crescimentos, pelos nossos palcos.

A história era sempre a mesma: meus amigos do direito e agora da medicina me acompanhando de quinta a domingo no “Chalé 13”, com direito ao “pré” no postinho ou até mesmo na extinta rotatória logo à frente.





Nesse caminho, segui também como produtor e cliente de alguns eventos na boate naSala, na boate da Torre, no Réveillon Be Happy, em Búzios, e nos aquecimentos e camarotes oficiais do Axé Brasil com participações como a de Durval Lelis. Não nos poderíamos esquecer do tão saudoso e grandioso Axé Brasil. Quanta saudade, quanta alegria!

Sempre terminávamos no Bar do Bolão, em Santa Tereza, para matar a fome da madrugada. Ah, não poderia deixar de citar os eventos na boate do PIC, as festas do Minas Tênis Clube, as terças especiais do Alambique. Afinal, todos fizeram parte da época de ouro dos anos 2000 em Belo Horizonte. O produtor e o cliente sempre foram um só. Saudades.

>> A SEÇÃO “EMBALOS DE SÁBADO À NOITE” CONTA A HISTÓRIA DA VIDA NOTURNA DE BELO HORIZONTE, QUE, ANTES DA PANDEMIA, DEU O QUE FALAR