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Estado de Minas COLUNA HIT

Receita da avó mudou a vida de Alessandra Gualberto Ribeiro nesta pandemia

Advogada criou a marca Eu Caramelo, produzindo doces como ensina o livro de culinária de dona Beatriz Borges da Costa Martins


09/05/2021 04:00

Alessandra Gualberto Ribeiro se divide entre a advocacia e a cozinha(foto: Florence Zyad/Divulgação)
Alessandra Gualberto Ribeiro se divide entre a advocacia e a cozinha (foto: Florence Zyad/Divulgação)

Cozinha sempre foi interesse da advogada Alessandra Gualberto Ribeiro. As primeiras lembranças vêm da infância. Era ela quem ditava os ingredientes enquanto a cozinheira preparava o bolo. Colocar o recheio também era função da menina. Adolescente, não perdia as aulas de culinária nas colônias de férias do Pampulha Iate Clube (PIC).

Alessandra era presença certa ao lado das primas, tias e irmãs que se reuniam na casa da avó, Beatriz Borges da Costa Martins, para preparar os caramelos que seriam servidos no almoço de família, no dia seguinte. Aliás, esta receita de dona Beatriz ganhou fama em BH.

O tempo passou, Alessandra se formou em direito e seguiu a carreira de advogada, trabalhando em São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília, onde há 17 anos mantém endereço fixo.

Quando veio a pandemia, as coisas mudaram. Isolada em home office no seu apartamento, ela aceitou o convite do tio Paulo Tarso Flecha de Lima e da prima Isabel para uma temporada de 15 dias na casa deles, na capital federal. Aquelas duas semanas se transformaram em seis meses. Nesse período, Alessandra reencontrou o livro “A vida é assim”, com histórias da família e receitas de sua avó.

A advogada não pensou duas vezes antes de ir para a cozinha fazer um de seus doces preferidos, os caramelos. A primeira leva foi presenteada aos amigos. Mas, com apoio de Isabel, percebeu que a brincadeira poderia virar coisa séria. Antes de seguir adiante com a ideia, Alessandra decidiu voltar para Belo Horizonte e cuidar dos pais, Paulo Gualberto Ribeiro e Eliana Martins Gualberto Ribeiro.
Tradição de família, o caramelo é produzido como bala e doce no pote(foto: Florence Zyad/Divulgação)
Tradição de família, o caramelo é produzido como bala e doce no pote (foto: Florence Zyad/Divulgação)

Em sua nova rotina, Alessandra administrou bem os horários, divididos entre a advocacia, ofício que não abandonou, a atenção aos pais e os preparativos para profissionalizar sua marca de caramelos. Revela que o curso de gestão financeira (@facoascontas) foi importante por lhe oferecer lições sobre como empreender.

Aos pouquinhos, o sonho cresceu, ganhou forma e movimentou a família. As sobrinhas Clara e Júlia, por exemplo, participaram com a sugestão do nome da marca e a criação da página no Instagram (@eucaramelo).

No final de 2020, veio o primeiro pedido. Cristiana, irmã de Alessandra, encomendou 50kg de caramelos como acompanhamento do café da Fazenda Cruzeiro oferecido como presente de fim de ano. Tudo ia bem até que a advogada e doceira precisou parar tudo para cuidar dos pais, testados para COVID-19, assim como ela. Felizmente, todos se recuperaram.

Alessandra chega cedo à cozinha, às seis da manhã. Só para de trabalhar no início da noite. Prepara dois tipos de caramelos: a bala, campeã das encomendas, e o doce no pote. “A bala leva mais tempo para ser produzida: uma hora, pois você deve esperar esfriar para depois cortar e embalar. Já o pote está pronto em 15 minutos.”

Enquanto puder conciliar advocacia e caramelos, a mineira pretende manter as duas atividades. A culinária lhe oferece um mundo lúdico, se comparada ao direito. “É muito problema”, comenta, dizendo que está curtindo a fase empreendedora especialmente por poder voltar no tempo e relembrar as reuniões na casa da avó. “Produzir caramelos me remete à família e ao afeto”, diz.

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