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Estado de Minas VIRADA DE MESA

Receita de família, suspiro criou nova opção de trabalho para arquiteta

A pandemia afetou também Adriane Feitosa de Toledo Machado, que trabalhava na área de beleza. Animada com os resultados, acredita que vai se manter com os doces


28/02/2021 04:00

Do começo na arquitetura, Adriane Feitosa partiu para a confeitaria: sucesso na pandemia com a produção de suspiros(foto: Fotos: Adriane Toledo/Divulgação)
Do começo na arquitetura, Adriane Feitosa partiu para a confeitaria: sucesso na pandemia com a produção de suspiros (foto: Fotos: Adriane Toledo/Divulgação)

Arte sempre foi a praia de Adriane Feitosa de Toledo Machado, 45 anos. No início dos anos 2000, formou-se em arquitetura pela PUC Minas e, formada, seguiu para São Paulo, onde fez pós-graduação na USP, mas acabou voltando para Belo Horizonte.

Por aqui, com o mercado de arquitetura restrito e, como ela diz, sofrendo nos processos de criação, preferiu dar um tempo. O choque entre os mercados de São Paulo e Minas Gerais influenciou ainda mais a decisão de repensar seu futuro como arquiteta.

Filha da ceramista Sônia Toledo, Adriane foi seguindo por outras praias. Com a mãe, dividiu por um tempo a rotina no atelier, dando aulas. Até perceber que, apesar de curtir o trabalho, ainda não era exatamente o desejado. Veio outra guinada após ouvir elogios das amigas com relação à habilidade para se maquiar. E lá foi Adriane encarar curso profissionalizante no Senac.

As amigas sempre viam nela talento para criar coisas que as mulheres adoram. Às vésperas de um carnaval, Maria Flávia Zech Coelho levou umas conchas e pediu para transformá-las em um arranjo. Foi um sucesso, abrindo novas portas para a arquiteta.

Tudo seguia bem no caminho da beleza e acessórios, até que, de novo, por questões de mercado, o sinal amarelo foi aceso. “Começou a surgir muita garota nova, que aprendeu a maquiar com tutorial, cobrando preços irrisórios”, lembra Dizoca, como ela é chamada pelos amigos.

Bateu a pandemia e não se podia quase nada. “Não dava para fazer adereços, porque não tinha festa”, relembra. Foi aí que renasceu uma ideia adormecida há algum tempo: começar a produzir suspiros com as receitas de família. Dois anos antes, ela pensou em produzir o doce, um amigo até sugeriu o nome, Suspirô, mas, o plano não foi adiante.

A primeira leva dos suspiros foi enviada como presente de Páscoa para alguns amigos. A repercussão foi boa e Dizoca descobria um novo caminho. Entusiasmada, resolveu levar a ideia adiante.  Criou uma página no instagram (@sus.pirou) e, a partir daí, não teve sossego. Ela lembra que trabalhou como uma louca na sexta-feira que antecedeu o Dia das Mães para dar conta do recado.

A partir daí, ela buscou nas receitas da mãe, que tem talento para cozinha, e da avó, Maria Carolina Feitosa, inspiração para os doces e tortas. Os suspiros ganharam destaque com recheios de brigadeiro de nozes. Pavlovas, quindins, tortas folhadas de nozes também entraram no cardápio.

Adriane não acredita que com o fim da pandemia, ela retorne ao mundo da beleza. Com o sucesso na confeitaria, ela quer se manter no mercado com inovações. Tanto que, para a Páscoa, já anuncia que fará ovos com casquinha de suspiro e recheios saborosos.










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