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COVID fez produtor trocar Rock in Rio por distribuição de cestas

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Dedé Ávila estava na estrada com Lulu Santos quando a pandemia chegou. Parou tudo. O produtor conta que só com o cantor carioca sua agenda iria até o meio deste ano, com a possibilidade de outros novos shows. Sem contar mais uma temporada do Rock in Rio, pois Dedé é stage management do Palco Sunset.



 

Bateu a preocupação de ficar parado e sem perspectiva de salário no fim do mês. “No primeiro momento, pensamos que seriam apenas 40 dias. Estamos aí, já são 10 meses”, comenta. Ele revela que só não se desesperou porque há três anos, muito antes da pandemia, já trabalhava o autoconhecimento por meio da yoga e da meditação, buscando atingir um nível de consciência mais tranquilo. Dedé está convicto de que todos nós passamos por um momento de profunda reflexão.

 

Com a suspensão das atividades profissionais, o dinheiro sumiu. Para se adequar ao momento, o produtor, que vivia com as duas filhas em Belo Horizonte, entregou o apartamento, mandou as meninas para o Rio de Janeiro, onde elas estão morando com a mãe, e voltou para a casa dos pais.

 

Foi a ex-mulher Tainara quem o inspirou buscar um novo caminho. “No Dia das Mães, ela fez cestas e fui entregar. A partir daquele momento, percebi que havia demanda”, relembra ele, que chamou o irmão, Antero, para montar o negócio. O Cextou (@cextou) vai indo muito bem, mas o produtor não quer se limitar a apenas um ramo de atividades.



 

Graças aos amigos, cientes de que a retomada do mercado do entretenimento não será fácil, surgiram outras propostas para Dedé, como a representação de laboratórios para testes de COVID-19 e de um condutor urinário para que as mulheres possam urinar em pé.

 

Dedé não abandonou definitivamente o mundo da produção. Tem alguns projetos aprovados pela Lei Rouanet, mas, por enquanto, concentra as expectativas em trabalhos paralelos ao showbusiness.

“A próxima edição do Rock in Rio está anunciada, mas ainda é uma incógnita. Amigos me convidaram para fazer sociedade em um restaurante na Pampulha. Porém, antes da vacina, acho tudo uma incógnita. Só a partir dela poderemos vislumbrar como vai funcionar o mercado do entretenimento. Antes do primeiro semestre, nada vai acontecer nesse setor. Por isso, #vacina urgente!”, afirma.