Foram 30 dias de pernas para o ar. Não exatamente como nas férias passadas, mas, ainda assim, período de descanso. Encarar sete meses de isolamento deixa exausto até o atleta com o melhor preparo físico. Cansaço gerado pelas incertezas sobre o futuro (mais ainda do que em qualquer outro momento de nossas vidas), centenas de perguntas e poucas respostas satisfatórias. Sete meses que se multiplicaram em escala exponencial sobre nossas costas. Como disse Silvana Arantes, a editora deste caderno, não dá para chamar de férias, mas bem que uma pausa dá pra descansar a cabeça e atrair novas ideias. Ela tem razão.
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Desde o início da pandemia, acompanhamos diariamente neste espaço as histórias de pouco mais de 200 pessoas, entre artistas, músicos, profissionais liberais e estudantes. O Diário da quarentena foi o Raio X de um período que nem nos piores sonhos imaginamos ter de enfrentar. A vida continua, aprendemos a nos virar. Mas sem essa de que estamos no “novo normal”. Tenho muita preguiça de termos da modinha. O tal “novo normal”, misericórdia... Já falei aqui que nunca vou achar normal não poder abraçar e beijar meus amigos.
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Este espaço sempre foi recheado de notícias sobre festas, baladas e shows que tanto eu quanto você, meu leitor preferido, sempre curtimos. Com o isolamento, esses eventos foram os primeiros a sofrer o impacto da COVID-19. Sete meses depois, começam a voltar timidamente. Com responsabilidade, os nossos registros vão continuar. A coluna mantém o radar ligado em tudo que diz respeito ao coronavírus.
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Voltamos das férias com três novas seções. A primeira delas estreia amanhã. Todas as quartas-feiras, um fotógrafo convidado vai mostrar o que marcou (e ainda marca) seu olhar em tempos de isolamento social, coronavírus e demais variações da peste na capital mineira.
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As edições de sábado trarão depoimentos em primeira pessoa, com lições da pandemia aprendidas na marra ou com bom humor. O domingo merece um bate-papo informal, com histórias em que a criatividade dá o tom, especialmente nestes
tempos caóticos.
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A entrevista de domingo, no estilo pergunta e resposta, que teve mais de 100 edições até o início da pandemia, ganha novo nome (Entrevista de segunda) e novo dia, a segunda-feira. O perfil dos convidados será mantido, e profissionais de todas as áreas abordarão assuntos interessantes.