E eu, que um dia achei que iria controlar tudo que envolvesse a minha mente, tudo que dizia respeito ao meu trabalho e família. Eu, que me sentia blindado mentalmente e com uma saúde impenetrável. Eu, que achava que já usava o nós do coletivo, acabei desmoronando e aprendi a ficar realmente vivo. Um sentimento misto de impotência, pequenez perante o mundo e de grandiosidade e generosidade com as pessoas, com a comunidade.
Não poderia ser melhor o tempo para ressignificar. Os valores, as dores, os amores, os objetivos e, principalmente, nossa empatia.
Tudo fez mais sentido quando, finalmente, fomos obrigados a dar uma freada brusca na insana vida de aceitar o mundo como ele é, cheio de surpresas. E daí em diante começar a olhar para dentro, evoluindo para ser melhor para fora.
Importante dizer que não há como comparar nenhum tipo de dor, mas podemos e devemos fazer muito por aqueles que precisam. Em diferentes esferas e camadas da sociedade. Ficou ainda mais óbvio que podemos e devemos fazer mais pelos outros.
Criar o impossível se tornou quase que rotina, pois estamos de fato vivendo o impossível.
Há um sentimento altruísta que conquista cada vez mais adeptos. O mundo pode, sim, ser mais legal, mais justo e, ainda assim, se desenvolver.
Eu acredito que já deu certo, não por simples otimismo, mas pelo bem-querer de todos.
Há a parte mais legal de todas, que se resume à jornada do descobrimento, o tal do novo normal já nem é tão novo, e podemos chamar de evolução.
O mais lindo de tudo é que todos temos grandes motivos para sorrir. O Sol continua nascendo e cedendo lugar para a Lua; sorrisos continuam aquecendo mais que a tristeza; a solidariedade anda lado a lado com o desenvolvimento.
A evolução com que sempre sonhamos veio inesperada e a galope, agora temos um papel a cumprir, viver intensamente o momento e deixar o legado que tanto discursamos.
Um Brasil mais simples e grandioso é o que todos queremos. Que o mundo acompanhe!