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Estado de Minas HIT

O que seria de nós sem os grupos de WhatsApp?

O ator Henrique Carsalade, com bom humor, escreve mais um capítulo do 'Diário da quarentena', série da Coluna Hit


postado em 28/04/2020 04:00 / atualizado em 27/04/2020 19:45


Hoje, 27 de abril de 2020, completo meu 43º dia de quarentena. Nessa altura do campeonato, todo mundo já falou como tem feito para se aliviar, para não deixar a loucura dominar, para dar os pulos financeiros que serão inevitáveis, etc., etc., etc. Então, vou falar de algo que tem me chamado a atenção: minha vida social e profissional está intensa. E o nome disso é grupos de WhatsApp.

Participo de muitos grupos no WhatsApp. Em alguns como participante, noutros como moderador. Nos grupos em que sou participante, as conversas se tornaram mais frequentes, notícias compartilhadas a todo momento (verdadeiras e/ou fake news). De repente, os grupos ganharam mais força na minha vida. Talvez pela carência afetiva que a quarentena proporciona e pelo trabalho que não pode parar.

No campo pessoal, o grupo da faculdade, por exemplo, ocupou um outro lugar. Um lugar para conversar com pessoas que andavam sumidas e agora compartilham opiniões interessantes de ouvir novamente, 20 anos depois. Existe o grupo dos vizinhos do prédio. Agora as decisões do condomínio são on-line até com o vizinho de porta. E o grupo dos amigos do bar favorito? Esse grupo se tornou o local de acolhimento diário. Estamos criando a playlist para a festa que daremos após a pandemia.

Existe também o grupo da crisma. Sim, este ano resolvi fazer crisma exatamente durante a pandemia, e nossos encontros têm sido via aplicativos. Precisamos cuidar do lado espiritual, não é?!

Existe o grupo do teatro. Além de publicitário, sou ator e resolvi voltar a fazer aulas para não enferrujar. Daí, pimba! Pandemia. Vamos para o on-line, então. E está funcionando, pelo menos nesta fase de construção da cena.

Agora vêm os grupos em que sou moderador. Aí, meu amigo, só com jogo de cintura, como sempre fiz. Mais do que nunca, posições políticas e filosóficas estão em jogo e não – não mesmo – existe uma resposta certa e definitiva.

Isso tudo que falei até agora foi no campo pessoal. Já ficou cansado de ler até aqui? Respire que agora vem o profissional. Em primeiro lugar, acabaram-se as boas e velhas desculpas: estava no trânsito, onde eu estava o celular não pegava, estava em um evento e não pude atendê-lo... Meu caro, você está disponível o tempo todo. E se tem alguém ligando para você, agradeça por isso!

No campo profissional, há o grupo do trabalho, o grupo da retomada (o mesmo do trabalho, mas com outra pegada), o grupo do projeto para o futuro (que já chegou!!!), o grupo dos publicitários (e também os derivados dele)...

Gente, está tão surreal que criei o grupo comigo mesmo. Sério! Nesse grupo, posto lembretes (tipo agenda), faço alguns testes de como ficarão determinadas postagens, testo tal link para ver se funciona mesmo. Batizei este grupo de “Eu, eu mesmo e Irene”.

Minha quarentena tem sido assim. Comunicativa e em grupos, por mais isolado que eu esteja. Acredito que, a cada dia, o contato físico é insubstituível. Os aplicativos ajudam, mas não substituem o abraço, o olho no olho, o aperto de mão.

Ah, faltou falar do grupo da família, da solidariedade, das séries... Mas fiquei cansado e imagino que vocês tb.

#vaipassar
#paz

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