(none) || (none)

Continue lendo os seus conteúdos favoritos.

Assine o Estado de Minas.

price

Estado de Minas

de R$ 9,90 por apenas

R$ 1,90

nos 2 primeiros meses

Utilizamos tecnologia e segurança do Google para fazer a assinatura.

Assine agora o Estado de Minas por R$ 9,90/mês. ASSINE AGORA >>

Publicidade

Estado de Minas DIáRIO DA QUARENTENA

'O corona chegou no meu coração, mas não me contaminou'

No 'Diário da quarentena', a administradora Fernanda Zatar Bicalho revela como vem enfrentando o isolamento imposto pela pandemia


postado em 04/04/2020 04:00

Fernanda Zatar Bicalho
administradora

%u201CA possibilidade deter visto o papa Francisco rezar a missa Urbi et Orbi já me faz devedora de usar toda a capacidade que tiverpara participar doque for necessário%u201D


O corona chegou por aqui no ano em que farei, junto com minhas melhores amigas, 50 anos... as nascidas em 1970.

O corona chegou por aqui num momento cheio de esperança e possibilidades na empresa junto aos colegas de trabalho, com projetos em ascensão...

O corona chegou por aqui com a Gabi iniciando a pré-adolescência, com seus 13 anos... E o Dudu comemorando seus 11, em quarentena, recebendo abraços pelo WhatsApp, pelo zoom, pelas redes sociais.

O corona chegou por aqui com meus pais separados de mim, dos netos, da vida social e do meu irmão, que é superintendente do Sindicato dos Médicos de Minas Gerais e nos apresenta boletins diários com FATOS, sem especulações. E dá o exemplo, ficando em casa sozinho, em quarentena.

O corona chegou por aqui, no meu coração, nos meus sentimentos, nos meus pensamentos, no meu dia a dia, mas não me contaminou. Pelo menos psicologicamente.

Sou apaixonada pelas pessoas... Sou o povo, eu sou Minas Gerais... Acredito e quero muito vencer o que está por vir. Mesmo que o filme seja terrível, prefiro e desejo resistir. Minha vontade é de reconstruir, ajudar, fazer (fazer é meu hobby favorito) e refazer sob novas e melhores bases.

A possibilidade de ter visto o papa Francisco rezar a missa Urbi et Orbi, por si só, já me faz devedora de usar toda a capacidade que tiver para participar do que for necessário. É o que me fará feliz, é o que poderei deixar para meus filhos...

Como será o que está por vir?

Ainda não sabemos exatamente.

Temos sinais não muito bonitos. Seja o que for, será o que me fa rá levantar todos os dias. Uma espécie de missão interna. Uma forma de agradecer por ter recebido a vida e por querer e dever lutar muito por ela. Pela minha e pela vida de quem estiver ao meu alcance. Que assim seja.

Obrigada, obrigada, obrigada!







*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)