Ao conversar com a plateia, Brown falou da importância da percussão para a nossa cultura. “Ela é a memória dos saberes ancestrais”, filosofou, antes dos primeiros acordes de ECT, cantada por ele e o público. Durante Segue o seco (“um alerta para a desertificação do mundo, não apenas do Nordeste do Brasil”, afirmou), o baiano circulou pela plateia. Repetindo o gesto de Roberto Carlos, distribuiu rosas com seu grito de guerra – “ajayô!”. “Esta aqui vou dar para o maestro, representando a orquestra toda”, avisou Brown antes de voltar ao palco com uma rosa na mão
O melhor da noite foi o convite de Carlinhos Brown a um grupo de crianças no finalzinho de Uma brasileira, sucesso do Paralamas. Um garoto deu para ele a camiseta do Faraó. “É a camisa do bloco onde a minha mãe toca”, explicou Davi, sob aplausos do público. Mas foi Laura quem conquistou o coração do baiano. Depois de perguntar quem queria apresentar uma música, a menina disse que cantaria Já sei namorar. “Vamos acompanhar você”, avisou Brown, puxando o coro e a orquestra. O show ficou ainda mais animado na hora de A namorada, com a performance de João Miguel e sua guitarra de brinquedo.