Esta semana, o público que lotou o Grande Teatro do Palácio das Artes vibrou com o projeto Música de cinema, executado pela Sinfônica de Minas Gerais. A plateia curtiu tanto que, pela primeira vez em um concerto, a orquestra quebrou o protocolo e atendeu ao pedido de bis. A peça escolhida, claro, foi a suíte de Star wars. Com regência do maestro Sérgio Gomes, o corpo artístico da Fundação Clóvis Salgado levou para o palco trilhas sonoras compostas por John Williams.
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Jovens, crianças e adultos se deixaram levar pelas melodias inesquecíveis dos filmes Harry Potter, Jurassic Park, Superman, Indiana Jones e A lista de Schindler. Uma surpresa para o público foi a invasão “intergaláctica” de personagens de Star wars. Eles fizeram uma “jornada” pelo Palácio das Artes, interagindo com quem estava por lá até chegar ao palco do Grande Teatro.
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A orquestra mineira cumpre com sucesso sua extensa programação de concertos, fato comprovado pelos números de 2019. Até julho, cerca de 17 mil pessoas assistiram às apresentações da ópera O elixir do amor e das séries Sinfônica ao meio-dia, Sinfônica em concerto, Sinfônica pop e Concertos no parque.
REVIRAVOLTA
DANÇA DAS CADEIRAS
Após a polêmica causada pela exclusão da obra José Pinto do Rego, criação de Breno Barbosa, da mostra A dança das cadeiras, o Ponteio recuou. Permitiu a volta da peça (um homem nu numa cadeira) desde que ela ficasse exposta na galeria de Carminha Macedo. “Depois de ter ficado militando com a mídia, o marketing do shopping resolveu voltar atrás. Mas, pra mim, não dá para ficar em cima do muro”, afirmou Breno, que ontem à tarde passaria no shopping para tirar de lá não apenas a sua cadeira. Em comum acordo com Leo Brizola, Ligia Taka, Paulo Vasconcelos e Heloisa Brandão, trabalhos desses artistas também deixariam o Ponteio. Até o fechamento desta edição não foi divulgada a lista de autores que desistiram de expor no shopping.
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O quiproquó começou antes do início da exposição. A peça de Barbosa foi retirada, sob a alegação de que não atendia aos interesses do shopping. A decisão gerou revolta e o gesto foi tachado de censura. Artistas ouvidos pela coluna argumentaram que seria mais indicado deixar a cadeira exposta na galeria de Carminha Macedo. Barbosa definiu sua obra como “uma brincadeira irônica com o glamour e o luxo, uma espetada na hipocrisia social, no falso moralismo e no desejo obsceno por poder tão exaltados atualmente”. Disse também que a cadeira traduz sua paixão pelo trabalho com o corpo humano. Na segunda quinzena de setembro, as peças retiradas do Ponteio ficarão expostas no Grande Hotel Ronaldo Fraga.