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Estado de Minas BOLA MÚNDI

Aposto no futebol feminino. E você?

Durante muitos anos, escutei que um dos entraves para o desenvolvimento do futebol feminino era a questão financeira. Essa desculpa não cola mais.


postado em 11/07/2019 04:00


>> fredericoteixeira.mg@diariosassociados.com.br

A Fifa revelou ontem que a audiência no Brasil da final da Copa do Mundo de Futebol Feminino, disputada na França, foi a maior do mundo, superando até mesmo as dos países finalistas, Holanda e Estados Unidos. Nada menos do que 19,9 milhões de espectadores. E isso porque o Brasil já havia sido eliminado pela França nas oitavas de final... Para efeito de comparação, nos EUA foram 15,2 milhões de espectadores (recorde em transmissões de jogos femininos no país) e na Holanda, 5,5 milhões – programa mais visto desde as semifinais da Copa masculina de 2014, diante da Argentina.

Esses números são apenas uma amostra do potencial do futebol feminino mundo afora e como o interesse tem crescido também no Brasil nos últimos anos. Basta dizer que, na melhor participação do país em Mundiais femininos, em 2007, quando chegamos à final contra a Alemanha (e acabamos com o vice), a decisão foi assistida “apenas” por 9,3 milhões de brasileiros.

Durante muitos anos, escutei que um dos entraves para o desenvolvimento do futebol feminino era a questão financeira, já que o esporte não conseguiria captar os grandes investidores nem atrair o público. Essa desculpa não cola mais. Para completar, dentro das quatro linhas é nítida a evolução, com jogos de bom nível técnico.

A festa com que a Seleção Norte-Americana foi recebida em Nova York só comprova como a modalidade conquistou seu espaço de vez. (E que gosto dá ouvir o discurso da sensacional Rapinoe!) Resta agora, a nós, brasileiros, seguirmos o mesmo caminho traçado pelas campeãs, com investimento na base e estrutura profissional para as atletas.

O primeiro passo está no Campeonato Brasileiro, que, após um mês de pausa, foi retomado ontem. E com direito a boa notícia: a volta de transmissões na TV aberta aos domingos. Que dirigentes, torcedores e imprensa também façam sua parte. Elas merecem!


Punição?
Apoiada por seu “Grupo de estudo técnico”, formado por ex-jogadores e treinadores como Pumpido, Maturana, Dorival Júnior, Baldivieso, entre outros, a Conmebol divulgou a equipe ideal da Copa América. Campeão, o Brasil contou com cinco jogadores: Alisson, Daniel Alves, Thiago Silva, Arthur e Éverton. Vice, o Peru teve Trauco e Guerrero. Completam o time o chileno Arturo Vidal, o colombiano James Rodríguez, o uruguaio Giménez e o argentino... Paredes. Messi ficou fora. Tudo bem que La Pulga não repetiu as suas melhores atuações, mas, pelo nível da competição, ficou parecendo mais uma espécie de castigo da entidade que comanda o futebol sul-americano em função da desastrosa entrevista do camisa 10, quando sugeriu que a competição estava “armada” para o Brasil. Lamentável.


Zebra africana?
A Copa das Nações Africanas tem sido complicada para alguns dos favoritos. Marrocos, Camarões e Egito caíram logo nas oitavas de final. Ontem, Senegal, de Mané e companhia, sofreu para superar Benin por 1 a 0 e a Nigéria suou para fazer 2 a 1 na África do Sul. Hoje, Costa do Marfim e Argélia se enfrentam em duelo equilibrado para ver quem enfrenta os nigerianos na semifinal, no domingo. Mas a grande zebra pode ser Madagascar, que encara a Tunísia. Se avançar, já terá feito a melhor campanha de sua história. Os senegaleses estarão de olho.


Quem sobrevive?
O equilíbrio foi a tônica dos 16 duelos de ida da primeira pré-eliminatória da Liga dos Campeões. Entre as equipes que disputam essa fase estão algumas mais tradicionais como Cluj (Romênia), Celtic (Escócia), Estrela Vermelha (Sérvia), Quarabag (Azerbaidjão), BATE (Ucrânia), Rosenborg (Suécia) e Maribor (Eslovênia). Os jogos de volta serão nos dias 16 e 17. Quem sobreviver avança à segunda pré-eliminatória, fase em que já estão Maccabi Tel-Aviv (Israel), Copenhague (Dinamarca), APOEL (Chipre),  Olympiacos (Grécia), PSV (Holanda), Dínamo (Croácia ), Plzen (República Tcheca) e Basel (Suíça). Seja como for, é quase impossível a alguns desses clubes conseguir repetir o feito do Ajax, que enfrentou as fases eliminatórias e chegou à final da última edição.


De dar inveja
No embalo da conquista da Copa Ouro (vitória por 1 a 0 sobre os EUA na final), o Campeonato Mexicano começa amanhã com duas partidas e promessa de muita emoção entre os 19 participantes. E há motivos para tal. Como os times funcionam como franquias, são administrados como empresas. E dinheiro não falta (que o diga o empresário Carlos Slim, que investiu no Pachuca e no León). Isso atrai jogadores de diferentes continentes. Para completar, os estádios são modernos, o calendário acompanha as “datas Fifa” e há uma cota para jovens – os clubes são obrigados a conceder ao menos 1.000 minutos em campo para jogadores menores de 21 anos. Em consequência, a média de público supera os 24 mil torcedores, maior do que a do Brasileiro, por exemplo.
 
 
Quem te viu...
Na abertura da 17ª rodada do Campeonato Chinês, o brasileiro Renato Augusto voltou a deixar sua marca na vitória, de virada, por 4 a 1, do lider Beijing Guoan (45 pontos) sobre o Chongqing Lifan (5º colocado, com 24). De pênalti, fez seu oitavo gol na competição (dos 37 marcados pela equipe). Além disso, já tem seis assistências (atrás apenas de Oscar, com sete). O Beijing só foi campeão chinês em 2009. Se liderar a equipe ao título, Renato Augusto vai virar rei por lá. Quem diria...


Adeus
O brasileiro Jonas teve uma despedida arrepiante ontem. Ovacionado pela torcida do Benfica no Estádio da Luz, durante amistoso de pré-temporada contra o Anderlecht, da Bélgica, o atacante de 35 anos não conteve as lágrimas. E o reconhecimento não é por acaso: em cinco temporadas, foram nove títulos com a equipe lusitana e impressionantes 137 gols em 183 partidas (média de 0,75 por jogo). Só faltaram mais chances na Seleção Brasileira. Com a amarelinha, foram apenas 12 partidas e três gols. Mano Menezes (2011/2012) e Dunga (2016) foram os únicos a lhe dar oportunidade. Merecia mais.


Tudo dominado
Quem olhar rapidamente a lista de artilheiros da JLeague, no Japão, pode até pensar que está acompanhando o futebol brasileiro. Dos seis principais goleadores, cinco são brasucas. Com 10 gols, Diego Oliveira divide o topo com ninguém menos que o espanhol David Villa. Logo atrás, estão Edgar Júnior, com nove e Anderson Lopes, Douglas e Marcos Júnior, que já balançaram as redes oito vezes. Mas enquanto o Vissel Kobe de Villa está apenas na 13ª colocação, o Tokyo de Diego Oliveira é o líder e o Yokohama Marinos de Edgar Júnior e Marcos Júnior é o vice-líder. Pode ter brasuca campeão na terra do Sol Nascente.

(foto: PAUL ELLIS/AFP 27/11/18)
(foto: PAUL ELLIS/AFP 27/11/18)

DE OLHO
Michael Obafemi
Filho de pais nigerianos, o atacante Michael Obafemi (foto), de 19 anos, nasceu em Dublin e foi criado em Londres. Habilidoso, se destacou cedo e passou pela base de Chelsea, Arsenal, Watford, Leyton e, por fim, Southampton. No ano passado, antes mesmo de atingir a maioridade, já estreou pelo time principal, sendo o mais jovem a marcar um gol pelo clube na Premier League. Podendo escolher por Nigéria, Irlanda ou Inglaterra, estreou pela Seleção da Irlanda, em novembro de 2018. Baixinho (1,69m), mas forte e com boa presença de área, pode trilhar bom caminho no futebol na terra da rainha.

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