Em busca do tempo perdido

"Mustang se tornou um nome tão forte que não seria surpresa se se transformar em marca independente no futuro"

Mustang March-E terá versões com tração nas rodas traseiras ou 4x4, potências entre 258cv e 465cv, com autonomia de 370 a 480 quilômetros - Foto: David McNew/AFP

 
 
A Ford até que foi rápida quando começou a oferecer híbridos no mercado mundial. Mas estava atrás de outros fabricantes no tocante a modelos 100% elétricos. Agora, descontou a diferença com o novo Mustang Mach-E, que acaba de ser apresentado em Los Angeles, na Califórnia.
Mustang é uma marca icônica de cupês de alto desempenho. O modelo vendeu nada menos de 113 mil unidades no mundo em 2018, das quais 76 mil nos EUA. Aliar essa grife a um SUV cupê, e elétrico, pode configurar algo chocante. Porém, a fabricante sabe que aquele cupê não é o único automóvel na garagem do comprador. O segundo modelo certamente é um SUV e a empresa confia em atrair interessados em sua própria marca e aquelas dos concorrentes.
 
Suas pesquisas apontam os principais receios de potenciais clientes: 64% acham que há poucas estações de recarga; 59% que o alcance é insuficiente; 51% apontam o longo tempo de recarga; 43% preocupam-se com escassez de oficinas especializadas. A Ford afirma ter atacado todos esses pontos.
Até 2025, espera que 8% dos modelos novos nos EUA, 15% na Europa e 14% na China sejam elétricos somados aos híbridos plugáveis em tomada. Não fez estimativas para o resto do mundo.
Mach-E só estreia nos EUA daqui a um ano, fabricado no México e na China, e previsão de 50 mil unidades/ano. Terá uma gama de cinco opções lançadas em etapas, com tração nas rodas traseiras ou 4x4, potências entre 258cv e 465cv, alcance de 370 a 480 quilômetros, e preços de US$ 44 mil a US$ 60 mil (R$ 180 mil a R$ 250 mil, em conversão direta). Preços atraentes, dependendo dos equipamentos incluídos. Importação para o Brasil considerada certa.
 
Mede 4,72m de comprimento e 1,88m de largura, dimensões equivalentes às de um Porsche Macan. Visto ao vivo, o estilo é bem atraente, com teto pintado de preto, que realça as linhas de cupê, e uma traseira bem resolvida. A “grade” das versões de menor preço já não atrai tanto, à exceção da versão GT, mais elaborada e com iluminação de LED do perfil do famoso cavalo selvagem galopante. Maçanetas externas são embutidas, com comando elétrico por um discreto botão ou destravamento automático via aplicativo de celular.
 
Internamente, a tela atrás do volante tem desenho retangular, de pequenas dimensões e apenas com informações básicas. Em compensação, há um verdadeiro e estiloso monitor vertical, de 15,5 polegadas, multifunção, alta conectividade e tecnologia de ponta de autoaprendizado. Espaço interno é muito bom, inclusive para quem vai atrás, e também colocação de objetos em nichos espaçosos. Como ainda está em nível de protótipo, a versão GT tinha o interior inacessível no dia da apresentação mundial, mas promete se destacar nesse quesito.
 
Porta-malas traseiro, mesmo sem estepe, não é dos maiores, mas há um segundo na parte dianteira. Também não foi possível dirigir o carro, apenas acompanhar um piloto da Ford ao volante. Além de acelerações bastante convincentes, a prova de zigue-zague entre cones na pista não deixa dúvidas sobre o comportamento ágil e seguro de todo carro elétrico com baterias no assoalho.
Mustang tornou-se um nome tão forte que não seria surpresa se se transformar em marca independente no futuro.
 
alta roda
 
ONZE modelos e versões a GM prometeu lançar em 2019. Até agora, foram oito e na próxima semana o nono, Onix hatch, de nova geração. Em dezembro, duas versões do Equinox: Midnight e outra (a coluna antecipa) de preço menor, motor turbo de 1.5 litro. Quanto ao novo Spin, no 
fim de 2020, vai evoluir de minivan a crossover 
de cinco e sete lugares, levemente inspirado 
nas linhas do elétrico Bolt.

DEPOIS de vários anos estagnados na faixa de 35% de participação, os motores 1.0 litro começaram a avançar de novo na preferência dos compradores, graças às versões de três cilindros com turbocompressor. Em setembro e outubro, subiram para 40%. Com lançamentos atuais, os próximos podem chegar a 45% em 2020. Em 2001, representavam 70% das vendas.

BMW Z4 M40i é um roadster (conversível de dois lugares) que carrega tradição e ao mesmo tempo um conjunto mecânico bem acima da média. Nenhum motorista fica indiferente ao ronco do motor turbo, seis cilindros em linha, de 340cv e nada menos de 51kgfm. Comportamento em curvas passa total segurança e os bancos são perfeitos. Ótima vedação da capota de lona.

NOTÍCIAS da Argentina indicam que o SUV médio da VW (na faixa do Compass, Tucson, RAV4, CR-V e outros) ficou mesmo para 2021.
Só que não se chamará nem Tarek e nem Tharu: nome por decidir. A picape concorrente da Toro, nome provisório Tarok, chegará só em 2022. A empresa (ainda) não confirma que produção será 
no país vizinho. Mas será.

AÇÃO inédita da Peugeot oferece até o fim deste mês carros usados, adquiridos nas concessionárias, com garantia de fábrica por um ano. Atualmente, o prazo usual para modelos usados é de três meses e o vendedor assume a garantia. Iniciativa vale para veículos a partir do ano/modelo 2015 e no máximo 80 mil quilômetros rodados. A marca busca imagem de maior confiabilidade. 
.