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Estado de Minas DIDAS DE PORTUGUÊS

Impeachment, a palavra inglesa mais temida no Brasil

O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, foi o último a cair nas garras do termo que apavora os políticos e não tem correspondente em português


postado em 14/06/2020 04:00

(foto: Carlos Magno/divulgação)
(foto: Carlos Magno/divulgação)

Recado

“Comunicação não é o que se diz, mas o que se entende.”
  • Nizan Guanaes


Barbas de molho

Que medão! Governadores receberam sinal verde para fazer compras sem licitação. Produtos necessários ao combate da pandemia têm pressa. Não podem esperar. Oba! Muitos deitaram e rolaram. Fizeram festa com o dinheiro público. As consequências, como diz o conselheiro Acácio, vêm depois. E vieram.
A polícia chegou com força total. O primeiro a cair nas malhas da lei foi Wilson Witzel (foto). Deputados entraram com pedido de impeachment. A decisão foi unânime. Sua Excelência vai ter de se explicar. Fica a lição: a inglesinha impeachment se escreve desse jeitinho.

Sem pedigree

O verbo impichar começou a ser usado no início dos anos 1990. Veio ao mundo quando ocorreu o impeachment do presidente Fernando Collor de Mello. (To) impeachment significa impedir, evitar, prevenir. Não tem correspondente em português no sentido de impedimento legal de ocupar cargo ou exercer o poder. Impichar é ainda neologismo sem pedigree pra ganhar espaço no dicionário. Usa-se na língua de camiseta, bermuda e sandália. Mas não tem vez com a que veste terno e gravata.
Uma palavra leva a outra
Faustino Albuquerque, governador do Ceará, era um arbitrário: fechou rádios, prendeu estudantes, fez e aconteceu. Ventilou-se a hipótese de impeachment. Um chefe político do interior, bem bronco, ofereceu-lhe apoio. Pra fazer média, disse, na presença da imprensa, que “estava contra esses deputados que querem pichar o senhor”. Faustino, raivoso, dedo em riste, gritou: “Pichar? Eu sei quem vão pichar. É a sua mãe”.

Que doooooor

Uma enquete circula na internet: “Cite um erro de português que o incomoda profundamente”. Entrei na brincadeira. Citei rúbrica em vez de rubrica. A trissílaba é paroxítona como fabrica, cozinha, bebida. Torná-la proparoxítona maltrata o ouvido. Dói.

Por falar em pronúncia...

A semana foi pródiga em recordes. Dois sobressaem. Um: o número de mortos pela covid-19 no Brasil e no mundo. O outro: o desmatamento na Amazônia – o maior nos últimos 12 anos. Repórteres falaram no assunto. Maus alunos, esqueceram lição pra lá de respeitosa. Recorde rima com concorde. Paroxítonas, a sílaba tônica de ambas é cor.

A alternativa

Desinfetar ou desinfectar? Os dois verbos estão no dicionário. Você escolhe. A alternativa é acertar ou acertar.
Está em todas
Ufa! É um pega pra capar. Prefeitos liberam abertura de shoppings. Justiça manda fechar. Prefeitos recorrem. Justiça manda reabrir. O vai e vem virou notícia. Alguns escreveram Justiça. Outros, justiça. E daí?
Com a inicial grandona, é o Poder Judiciário. Com a pequenina, os demais casos: A Justiça ordenou a reabertura dos shoppings. Ele não agiu com justiça. Fez justiça com as próprias mãos. Os americanos pedem justiça no caso de George Floyd.

A deusa da justiça

Na Grécia antiga, a justiça era representada por Thémis. Antes, ela tinha os olhos bem abertos, sinal de pleno domínio da verdade. Nada lhe escapava. Segurava uma espada e uma balança. Com o tempo, a deusa começou a aparecer com os olhos vendados. Não para significar que justiça é cega, mas para frisar que trata a todos com igualdade. A balança simboliza o equilíbrio. A espada, a punição de quem desrespeita a lei.

Leitor pergunta

Há diferença entre “ir a Santos” e ir para Santos”?
  • Antônio Galeb, Santos

Ir a  = deslocamento breve: ir ao cinema, ir ao teatro, ir ao Rio, ir a Santos.
Ir para = deslocamento duradouro. Em geral, implica mudança: Foi para Brasília na esperança de conviver com autoridades. Vai para Londres fazer o curso. Na busca de oportunidades, jovens vão para grandes centros.

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