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Pesquisas deixam a dúvida: mais bem avaliado ou melhor avaliado?

Professores, quando ensinam melhor e pior, dizem que as formas mais bem e mais mal não existem. É meia verdade


postado em 11/12/2019 04:00

Na boca do povo
A notícia correu o Brasil de norte a sul, de leste a oeste. A manchete: “Reprovação à gestão Bolsonaro estanca”. Mas o que chamou a atenção foi outro assunto – a aprovação do ministro Sérgio Moro. Jornais, rádios e tevês se dividiram. Uns falavam em “mais bem avaliado”. Outros, em “melhor avaliado”. E daí?

Acredite. A confusão vem de longe. Professores, quando ensinam melhor e pior, dizem que as formas mais bem e mais mal não existem. É meia verdade. Mas os mestres se esquecem de falar na outra metade. Trata-se do particípio – os verbos terminados em -ado e -ido: amado, vendido, partido.

Antes dessa forma verbal, mais bem e mais mal pedem passagem: Na pesquisa, Sérgio Moro foi o ministro mais bem avaliado do governo Bolsonaro. As francesas são as mulheres mais bem vestidas da Europa. A redação mais bem escrita tira a nota máxima.

Ricardo Salles, do Meio Ambiente, foi o ministro mais mal avaliado do governo Bolsonaro. A redação mais mal redigida tira a nota mínima.

Recado

“A língua fala por si.”

>> Gilberto Gil

Melhor e pior
Não se trata de particípio? Relaxe. O melhor e o pior deitam e rolam sem concorrência: Paulo come melhor do que Maria. Saiu-se melhor na prova final do que nos testes parciais. Foi o pior aluno da turma, mas apresentou o melhor trabalho.

Rússia de fora
Que pena! Atletas russos caíram no teste antidoping. Condenação: quatro anos de banimento das grandes disputas internacionais como Copa do Mundo e Olimpíadas. A sentença trouxe ao cartaz o verbo banir. Olho vivíssimo, moçada.

Banir joga no time dos pra lá de preguiçosos. Defectivo, não tem a primeira pessoa do singular do presente do indicativo (eu bano) nem o filhote dela, o presente do subjuntivo (que eu bana, tu banas, ele bana). O boa-vida só se conjuga nas formas em que o n é seguido de e ou i: bane, banes, banimos, banem, bani, baniu, banimos, baniram; bania, bania, baníamos, baniam; banirei, banirás, banirá, baniremos, banirão; banisse, banisse, baníssemos, banissem; banindo, banido. E por aí vai.

Reação
A Rússia reagiu. Disse que se tratava de russofobia. Que bicho é esse? É este: horror aos russos. Fobia aparece em muitos compostos. Em todos, mantém o significado – horror, pavor, aversão, medo: hidrofobia (horror à água), xenofobia (aversão a estrangeiro), claustrofobia (pavor a lugares fechados), hemofobia (pavor a sangue).

É assim
Antidoping se escreve assim – tudo coladinho. Por quê? O prefixo anti- só pede hífen quando seguido de h ou i. No mais, nada de separação: anti-herói, anti-histórico, anti-inflamatório, antiestresse, antiargentino.

Leitor pergunta
Para mais informações ou para maiores informações?

>> Célia Maria, Planaltina

Vamos combinar? Informações não se medem por metro. Adicionam-se: mais informações, mais detalhes, mais comentários.

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