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Lanço o meu segundo livro. Estou felicíssima

Coisa difícil, né? Escrever sobre a nossa (cada vez mais) desvalorizada língua e, milagrosamente, entrar na lista dos mais vendidos...


postado em 09/03/2020 04:00 / atualizado em 09/03/2020 08:45

Nesta semana (nesta, com “t”, por se se referir à semana presente), lanço o meu segundo livro. Se estou feliz? Felicíssima. O primeiro se tornou best-seller. Coisa difícil, né? Escrever sobre a nossa – cada vez mais – desvalorizada língua e, milagrosamente, entrar na lista dos mais vendidos... Justamente no país em que mais se consomem bundas, peitos, literaturas baratas e livros de pseudoautoajuda. Acho que até mereço um óscar (sim, com letra minúscula e acento. “Oscar”, leitor, é o nome da estatueta que representa o prêmio em questão).
 
Mas acalme-se, que não se trata de um texto de autoelogio. Faço-lhe, na verdade, um convite à reflexão. Quantas gramáticas empoeiradas estão esquecidas nas nossas prateleiras? Quantos Cegallas foram trocados pela consulta ao Doutor Google? Quantas Barsas (agora eu escancarei a minha idade) foram preteridas em favor da pouco confiável Wikipedia? E tudo isso por quê?
 
Bem, o porquê é óbvio: tornamo-nos reféns do nosso pragmatismo e da nossa agilidade. Simplesmente não temos tempo a perder. Ler, procurar o significado das palavras no dicionário, ter o trabalho de encontrar fontes confiáveis para sanar as nossas dúvidas? Pra quê? Temos tudo a tempo e a hora, da comida à informação, ainda que insípidas. Um viva à “uberização” da nossa rotina! Estamos de parabéns.
 
E o que os meus livros têm a ver (e não haver) com isso tudo? A resposta é simples: travestidos de literatura autobiográfica, eles ensinam as principais regras da língua portuguesa. Certamente, se eu falasse apenas de português, não lograria êxito. Aliás, se eu não mastigasse, como um ruminante, as normas da nossa inculta e bela língua, a casa, como se diz por aí, cairia para mim. A minha sorte é que eu amo essa miscelânea. E você, querido leitor, ganha com isso. Mas atentemo-nos para os exageros, para a preguiça disfarçada de praticidade. No mais, deseje-me sorte no meu novo lançamento. Vixe... Novo lançamento é pleonasmo? Acabei de encontrar o tema do nosso próximo artigo.

Até lá!
Cíntia Chagas, beijos!

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